Fui Abduzido!

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Comecei a abrir os olhos lentamente, parecia descansado, eu podia jurar que dormir por duas semanas inteirinhas. Meus olhos repeliam a claridade.

Mas um susto me tomou, estava em um caixa de vidro aberta, com máquinas sobre mim. O quarto parecia de um milionário com tudo de última geração, paredes negras brilhantes com desenhos dourados, fiquei imóvel e muito assustado.

Sequestraram a pessoa errada... ninguém vai pagar pra me resgatar... tô fudido!

Controlei a respiração, olhando ao redor e fui até uma janela imensa que tinha ali. Era o céu azul que eu conhecia, mas havia prédios com uma arquitetura impossível e tinha objetos flutuantes no céu.

Eu estava em casa desmaiado como vim parar aqui? Que lugar é esse?

Um barulho chamou minha atenção, a parede se moveu com a facilidade de uma porta. Uma mulher de cabelo castanho e pele alaranjada arregalou os olhos ao ver a caixa de vidro vazia.

_Senhor volte para a cápsula, não está totalmente curado.

Eu gritei tão alto ao ver aquela mulher estranha.

Puta que pariu... fui abduzido!

_Por favor não grite, seu par já irá chegar para vê-lo.

_Q-quem??

_Já faz meia vida que o supremo ministro vem aqui lhe ver, mas hoje será especial, ele poderá levá-lo, se deixar eu te analizar. -estendeu a mão em minha direção.

_N-NÃO!! -a empurro.

Tento bater na parede procurando a porta pelo qual ela passou, minha mão agilmente percorre a textura grotesca daquelas paredes, percebo que só pela aproximação ela abre.

Observo a mulher caída se levantando, não espero a porta abrir por completo passo pela fresta e corro sem direção.

Me escondo de mais pessoas estranhas, observo por onde elas passam e as sigo logo depois. Um alarme impede meu próximo passo, uma pulseira no meu braço pisca de modo escandaloso, corro o mais rápido tentando me livrar daquela coisa barulhenta.

Os corredores ficam cheios de homens grandes parecidos com gladiadores com o uniforme de ferro pesado.

Precisava de um plano ou ia morrer.

Notei que vestia um camisolão branco até os joelhos isso ia me entregar. Mas nunca soquei alguém para roubar suas roupas, então desisti desse plano.

Cheguei em um lugar que tinha coisas estranhas que subiam para o ar, toquei em uma mais algum alarme disparou me causando um susto. Só não bati a bunda no chão porque alguém me segurou.

_P-por faa-vor...me solta f-foi sem querer eu j-juro!!

Derramei lágrimas como um bezerro sem a mãe, meus pés falharam indo ao chão, fiquei de joelhos.

_Sshii... vou levá-lo para casa, está tudo bem!! -o homem misterioso disse com uma voz tão grave que parecia um rugido, derramei mais lágrimas.

Não sei em qual momento, mas apaguei.

🛸

Jungkook

Fiquei louco ao saber que ele havia fugido, bem no dia de minha visita. Já havia passado tempo o bastante com ele para reclama-lo com minha posse. Era muito tarde para desistir dele, aquela criatura havia me domado sem dizer uma palavra.

Nossa casa já havia sido ornamentada com as mais belas jóias, tapeçarias e servos que qualquer companheiro poderia querer.

Mas minha raiva me toma ao saber que ele fugiu em um lugar desconhecido para ele, poderia ser machucado ou raptado sem uma identificação.

Corri seguindo seu cheiro por todo o lugar. O encontrei assustado com o alarme de uma nave, devia está com medo de tudo que viu, ele suplicou que o soltasse, estava muito assustado, e isso me deixou triste. Logo ele apagou nos meus braços.

_Supremo Ministro! Que bom que o encontrou, a sala de exame já está pronta vamos fazer uma análise antes que o leve. -diz a mulher que o assustou.

_Não! Mande os equipamentos para minha residência, ele será atendido lá.

Levei-o no colo, os guerreiros estavam curiosos sobre a criatura pálida em meus braços, ficava ainda mais chamativa pelo contraste com meu corpo dourado. Seu cheiro era muito bom.

_Supremo Ministro, aqui estão as frutas que trouxe para o seu parceiro. -entrega um guerreiro.

Tentei acorda-lo para comer, a viajem estava lenta então passaríamos mais tempo na nave, devia alimenta-lo.

Sinto ele se remexer no meu colo buscando calor, só agora reparo nas roupas que veste. Mudo a posição deixando sentado, com as pernas cruzadas em volta da minha cintura. Tento acorda-lo fazendo carinho em suas costas.

Seus olhinhos se abrem lentamente, sinto o corpo enrijecer, o cheiro de medo exala na cabine.

_Esta tudo bem, só quero alimenta-lo, está com fome? -digo quase sussurrando.

Sua barriga faz um barulho o deixando vermelho. Pego uma fruta o dando na boca, ele nega virando o rosto, pega com sua mão e começa a comer. Ele me encara, reparando nos meus olhos, desviando o olhar logo em seguida.

_O-onde eu estou?? -pergunta com uma voz doce.

Tento sorrir sem mostrar as presas, estávamos progredindo.

_No império de Hybe, o trouxeram para cá pois é meu par ideal, fiquei cuidando de você enquanto se recuperava. Sente-se melhor?

Ele balança a cabeça em concordância.

_Q-quero voltar para minha casa. -diz decidido.

_Se não me aceitar em duas voltas lunares eu o levo de volta e ainda lhe ofereço riquezas como pagamento pelo tempo que ficou aqui. Concorda?

Ele pensa olhando para os cantos da nave.

_Quanto tempo tem duas voltas lunares?? -questiona sem entender.

Dou uma pausa pesquisando no meu aparelho.

_É um ano e meio terrestre.

_Se não tem outra opção.

_Farei o melhor para que me aceite. -aproximo nossos corpos beijando sua testa.

Ele se encolhe afastando meu corpo e se levanta do meu colo sentando no lugar vazio a meu lado.

Não demorou para um guerreiro abrir o compartimento avisando a chegada. Rosno para que olhe somente para mim, ele reparava muito no meu companheiro.

_Me perdoe Supremo Ministro! -joelha aos meus pés.

_Saia, não faça mais isso é diga aos outros para manter a postura.

_Sim senhor.

Ajudo ele a descer da nave, seus olhos vagavam pela nossa casa surpreso, ficou um tempo parado olhando tudo que podia.

_Reformei a residência para seu conforto, não deve estar conhecendo por isso. -digo dispensando os guerreiros.

_Como sabe que conheço esse lugar? -me encara apreensivo.

_Tentamos injetar conhecimentos deste território junto ao nosso dialéto, mais foi demais para você, optamos só pela língua nativa, o que o deixou inconsciente por um tempo.

_M-mas eu estava em minha casa quando vi isso.

_Devia estar sobre efeito do soro que tomou para vim a este lugar, lembrou só depois.

_Está igual. -disse ainda encolhido.

_Poderá mudar se quiser. Vamos entrar.

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