Capítulo 18!

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Queridos leitores, trago-vos a parte 18 de Alter Ego, boa leitura e espero que gostem. 

Anteriormente em Alter Ego:

A Universidade Das Santas Luzes encontra-se sob os cuidados da Inspetora, entretanto, o diretor do Ministério Público de Tommenham contratou um novo Inspetor para supervisionar a incompetência da Inspetora Megan Brooke, entretanto, tudo não passa de uma forma de controlar o rumo das investigações para proteger o seu filho contra as alegações de abuso sexual. 

Samanta e Caroline estão mais unidas do que nunca. As crises de Samanta estavam cada vez piores, as memórias do seu pai voltam à tona e ela está prestes a surtar. 

O assassino não foi visto desde o encerramento da Universidade. 

- C.S  Fukuda 

Ela suspirou, o ar quente e úmido saiu por entre os seus lábios numa nuvem de vapor. Samanta aguardava por Caroline do lado de fora da residência dos Walker, apoiando-se contra uma das vigas de madeira que sustentava o telhado da pequena varanda nos fundos da casa. Samanta, impaciente, desceu as escadas cautelosamente para não escorregar na água que se acumulara ali durante a noite, o gramado ainda estava lamacento e exalava o cheiro do orvalho.

Caroline fechou a porta da varanda e aproximou-se do carro dos seus pais, rodando a chave do automóvel no seu indicador. Samanta puxou do seu bolso uma lista de compras escrita num pedaço de um envelope velho.

— Então... Só precisamos de cebolas e manjericão? – Confirmou Samanta.

— Os meus pais, sim. Eu vou usar o cartão deles para comprar mais coisas.

Samanta fez uma cara de desaprovação e puxou a porta do carro. Caroline soltou um risinho.

O Ford cinzento dos senhores Walker desceu a alameda cinzenta, onde o caminho era adornado por árvores carecas cujos troncos e ramificações apontavam para o céu escuro. Ali as casas eram todas gêmeas, todas feitas de tijolinhos alaranjados e telhados pretos. A vizinhança da casa de Caroline era distante do centro comercial de Tommenham e para até lá chegar, tinham de cruzar o subúrbio do bairro universitário.

— Olha. – Disse Caroline.

Samanta avistou os muros da Universidade das Santas Luzes, os camburões e viaturas da polícia municipal cercavam a instituição e os portões que permaneciam trancados desde o dia em que a inspetora encerrou as atividades estudantis. Caroline pegou a segunda saída e o carro acelerou, abandonando as redondezas do campus, entretanto, Samanta mantinha os olhos fixos no complexo universitário pelo retrovisor, enquanto os muros e as viaturas eram engolidos pelo nevoeiro.

O shopping de Tommenham destacava-se mais do que qualquer outro edifício. Era uma grande caixa branca, a única construção completamente a parte de tudo que o circundava, enquanto as lojas do centro da cidade mantinham-se fiéis à arquitetura vitoriana, o shopping era um grande borrão moderno naquela cidadezinha húmida construída em blocos de pedra escurecidos.

Estacionar seria um problema, já que o estacionamento estava abarrotado com outros veículos que, assim como Caroline, caçavam por uma vaga. Samanta estalou os dedos e depois juntos as mãos suadas sob o seu colo, ela afundou-se no banco, olhos fechados e respirando profundamente.

— O que você tem? – Perguntou Caroline com os olhos fixos na movimentação de carros na sua frente. Samanta não respondeu.

Eram as pessoas – relembrou Caroline – Samanta tem dificuldade em lidar com ambientes cheios de pessoas. Aquele silêncio despertou-lhe a memória de Samanta no banheiro do seu dormitório desfazendo-se em lágrimas e vômito, Caroline esquecera completamente. Estava se sentindo péssima por tê-la trazida ali, mesmo não sabendo que encontrariam o shopping repleto de pessoas.

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⏰ Última atualização: Nov 04, 2023 ⏰

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