Uma festa?

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Pov: Narrador

- Não. - César respondeu de forma simples, cruzando os braços, enquanto batia o pé incessantemente no chão.

- Porque!? Vai ser legal, César! - Cervero respondeu fazendo biquinho para o outro, que encarava até o fundo de sua alma com o mais puro ódio.

- Esse evento é estúpido! - Revirou os olhos vendo a expressão triste que Arthur fez após sua fala, sim ele já estava quase cedendo.

- Não é um passeio estupido, eu vou estar lá com você! - Abriu um sorriso de orelha a orelha. Aquele era um bom argumento.

Nesta semana, a escola se programou para comemorar o Halloween, teria uma festa a fantasia durante a tarde e os alunos marcaram de irem buscar doces após a festa. Essa ideia não deixou Cohen muito animado, veja bem, o moreno odeia com todas suas forças locais com muitas pessoas, isso o deixa ansioso. Agora imagine uma festa escolar, cheio de pessoas levando bebida escondida, dançando, garotas no cio e acima de tudo, com fantasias ridículas! Isso poderia ser chamado de purgatório, até mesmo de inferno para o Cohen e ele se recusava a ir naquela festa a quase uma semana. Tanto Arthur, como Thiago, insistiram todo santo dia para o garoto ir, nem que ficasse cinco minutos e partisse para casa de novo.

- Eu nem gosto de festas, Arthur! - Reclamou, começando a andar de um lado pro outro. - Porque quer tanto que eu vá!?

- Sem você vai ser chato, gracinha. - Cervero responde, se aproximando do moreno e o sentando em uma cadeira, percebendo que o mesmo estava começando a ficar nervoso. - Vai ser legal, eu prometo! - Deu sorriso para o outro, que ainda tinha uma cara emburrada. - Mas se não quiser ir tudo bem... - Fez uma expressão triste e se afastou. - Eu já estou acostumado, você nunca vem para as festas comigo. - Cruzou os braços e fez um biquinho.

- Tá, tá, eu vou, capeta! - Arthur riu da frase do moreno e quase pulou em cima do outro em um abraço.

- Obrigado! - Dizia quase esmagando o garoto em seus braços, que batia em seus ombros na tentativa falha de se soltar do aperto.

- Eu preciso respirar... - Cohen forçou a voz e sentiu o outro solta-lo. - Ah... Eu vou indo, até Arthur.

- Não esquece a fantasia em! Qualquer coisa pega com o loirinho oxigenado! - Arthur gritou antes de se virar e ir embora também. Cohen soltou um ar pelo nariz com aquele apelido tosco que deram ao loiro.

César se afastou e foi em direção de sua casa. Passou o caminho todo pensando no que faria, já que a festa ocorreria nesta noite e o mesmo não tinha a menor ideia do que vestir e nem o que faria para o tempo lá passar minimamente mais rápido. De toda forma, era uma festa a fantasia, ou seja, ele teria que comprar um fantasia. Além do mais, Cohen sabia que maioria das pessoas usariam roupas combinando, de uma forma bem "cringe", como o mesmo dizia, então queria usar algo mais único, por assim dizer.

Decidiu passar na casa de um conhecido que poderia lhe ajudar com aquilo, Nathaniel. Cohen não gostava nada do garoto, mas sabia que o mesmo "era estilista", não que ele trabalhe verdadeiramente com isso, mas é maneira com que os outros o veem. Caminhando pela rua do mesmo, viu a casa de Joui, sim, eles moravam na mesma rua. Cohen até se lembrou que no inicio do ano, ele e Nathaniel disputavam pelo Joui, era uma competição bem idiota para ser sincero e o garoto agora sabia disso. Bateu na porta da casa do loiro e depois de alguns minutos recebeu um garoto de olhos escuro, fios loiros e lambido para trás e uma roupa de certa forma ousada, era uma camisa apertada e brilhosa, uma calça jeans também apertada.

- Olha só quem está aqui, César! Ou eu chamo de Kaiser, latinha de cerveja? - O loiro se pronunciou após alguns segundos, com o mesmo sorriso de canto de boca de sempre.

- Para você é Oliveira. - Sorriu de volta e olhou o loiro de cima a abaixo. - Que roupa é essa Nathaniel? - Cruzou os braços e fez uma cara confusa.

- Eu estou um gatinho, eu sei. - Falou enquanto passava a mão no cabelo, fazendo uma cara convencida. - Eu vou assim para a festa de hoje. - Sorriu e agora Nathaniel quem encarou César de cima a baixo. -  E você vai assim? Quanto desleixo, latinha de cerveja.

- Primeiro, não me chama de latinha de cerveja, segundo, preciso de uma fantasia para ir nessa festa idiota, sei que você deve ter algo ai. - Desviou o olhar, era de certa forma vergonhoso para o moreno pedir alguma coisa o Nathaniel.

- Sempre tenho, vem entra. - Sorriu e deu espaço para o garoto entrar. - Só aviso que estou sem tempo agora, então não enrola.

Os dois subiram para o segundo andar, entrando no quarto do loiro. O quarto era bem organizado, era em tons brancos com amarelo. Nathaniel guiou Cohen para o closet que tinha, que diga-se de passagem, era bem grande e luxuoso, havia diversas roupas lá, inclusive uma muda de roupa que pareciam fantasias pelos tons chamativos e cortes. Nathaniel pegou a muda e entregou na mão do moreno, que o olho confuso.

- Tenho essas roupas ai, pode levar, não gostei de nenhuma. Mas talvez combine com você, latinha. - Caminhou para fora do closet, deixando o Cohen sozinho e confuso.

Era para ele pegar aquelas roupas e ir embora, ou só se trocar ali? Cohen pensava, mas logo saiu do closet com as peças em suas mãos e viu que o loiro não estava no quarto. Saiu da casa e foi caminhando com as roupas na mão. Ele viu que havia varias fantasias ali, uma de vampiro, outra que parecia ser um urso ou lobo, também tinha um maid, porque Nathaniel havia comprado roupas tão feias? Obviamente Cohen não usaria nada daquilo e entendia por que Nathaniel também queria aquelas coisas, porém ao enxergar a última peça mudou de ideia, aquele roupa chamou a atenção de Cohen, a roupa era chamativa, César odiava ser o centro das atenções, mas ela era de certa forma bonita e única, como o mesmo queria. Foi até sua casa e dormiu um pouco antes de se arrumar, o garoto nem havia dormido direito naquela noite e ir cansado para uma festa seria o caos.

Acordou as 21:34, bem atrasado já que a festa era as 20:30. Correu para o banheiro e vestiu a roupa, tentou arrumar o cabelo, o que não deu muito certo. Percebeu que sua cara estava amassada e então colocou a mascara de outro conjunto. Antes de sair, o garoto se olhou no espelho e se sentiu muito bonito, algo bem incomum, se sentiu até mesmo satisfeito com aquele conjunto. Por sim, saiu de casa e foi rumo a festa...

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Quem é morto sempre aparece, né não? Eu acho...
Sim, meti o clichê de festa a fantasia, desculpa, mas não resisto em por os meninos em fantasia fofas e ousadas veeeeeeeeeei
Provável que o próximo cap seja "Pov:Joui" em.... ADIOS!

Sim... Eu te amo // JoesarOnde histórias criam vida. Descubra agora