Como Uma Maré...

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Pov: Narrador

Cohen corria pela casa, tentava vestir a sua camisa, enquanto comia a torrada que seu pai lhe trouxe, caçava a chave de casa que simplesmente desapareceu e o garoto acreditava fielmente que ela havia evaporado! Enquanto corria contra o tempo, o garoto também pensava no que iria escrever na sua redação e quando ia poder parar para escrevê-la, já que no dia anterior não pensou nosso.

- Filho, você realmente não quer ajuda? - Cristopher perguntou vendo o cabeludo correr para cozinha com a roupa suja e voltar com uma xícara de café na outra.

- Que...? - Falou sem prestar muita atenção no que foi dito anteriormente. - Cadê essa desgraça de chave!? - Correu em direção da entrada, terminando de por o sapato. - VEIO UM DOENDE E ROUBOU MINHA CHAVE!? - Gritou da porta, fazendo Cris soltar um risinho e parar na batente da porta encarando o mais novo.

- Você pode faltar a aula hoje se quiser. - Disse calmo, cruzando os braços e vendo o garoto parar a sua "procura" por alguns segundos, seu pai chamaria de "desorganização da casa".

- Eu quero, mas mão posso. - Cohen disse olhando em volta, tentando pensar em uma desculpa rapidamente. - Tem trabalho para entregar hoje... - Terminou e voltou a procurar a chave.

- Não que eu esteja te incentivando, menino. Mas você nunca ligou para esses trabalhos de escola e você está um caco hoje. - Cruzou os braços e continuo encarando o garoto, analisando seu cabelo que estava intupido de creme, sua roupa amassada e camisa ao contrário, tênis com a língua pro lado, ele nem parecia que tinha se arrumado. O cabeludo parou por um instante e levantou a mão, segurando algo.

- EU ACHEI ESSA PORRA DE CHAVE! - César quase gritou sacudindo o obejto em sua mão, mostrando-o para seu pai animadamente.

- Olha a boca, menino! - Deu um peteleco na cabeça do mais baixo, que resmugou baixinho e foi em direção da porta.

- Tchau, pai! - Cohen abriu a porta e saiu correndo pela rua, ele iria chegar atrasado novamente na aula.

A realidade é que o moreno não conseguiu cair no sono direito de noite, ele dormiu em algum momento da noite sim, mas por poucos minutos e logo acordou e seus pensamentos voltaram, dominando e sumindo com o pouco sono que restava no mesmo. O garoto simplesmente desistiu em certa parte da madrugada de tentar dormir, aceitando que sua mente estava ocupada de mais pensando em como foi idiota pelo o que fez durante o dia e como encararia o Jouki na manhã seguinte. Era ridículo como seu lado impulsivo dominava seu corpo por completo por horas e seu lado consciente teria que se ferrar para lidar com as merdas feitas por esse outro lado. O garoto pensava em soluções, talvez voltar a tratar o japonês como foi na semana anterior, ele iria se afastar e pronto, ninguém lembraria daquele dia, porém fez um acordo com o Thiago, então ferraria totalmente seu plano.

Entrou correndo na escola, com os pensamentos a mil ainda. Por sorte o portão não havia fechado e o garoto conseguiu entrar, foi em direção da sala, os corredores já estavam vazios neste momento. Parou em frente a porta da sua sala, não havia nenhum professor lá dentro ainda, para a sorte do mesmo.

Thiago estava sentado lá atrás, na carteira ao lado da de Cohen, o garoto ficou aliviado ao ver aquela cena. Liz e Joui conversavam em suas respectivas carteiras, Jouki parou a conversa no mesmo instante que viu o César parar na porta da sala, o japonês abriu um sorriso de orelha a orelha e acenou para o mesmo. Cohen sem jeito apenas acenou de volta e abaixou o olhar, se recusando a encarar o japonês.

- Eae, Kaiser! - Cohen da um pulo ao sentir as mãos de Samuel segurando seus ombros. - Cê' tá bem, cara? - O garoto perguntou, vendo o olhar avoado de Cohen.

- Ahn? Oi, Samuca. - Deu um sorriso genuíno, ficando feliz ao ver que Samuel o salvou daquele desastres que se encontrava.

- Que que você tava fazendo parado ai? - Samuel falou um pouco confuso, soltando o garoto e coçando um pouco a nuca. Cohen se virou para encarar o mesmo.

Sim... Eu te amo // JoesarOnde histórias criam vida. Descubra agora