De um lado amparado por Molly e do outro pelo avô Dexter adentrou ao hospital.
A recepcionista levantou o olhar encontrando-os quase que frente ao balcão.
-Oi. -Molly diz atraindo sua atenção que até então estava direcionada a Dexter que ainda retem uma expressão de dor. -Olá, em que posso ajudar? -O doutor Émerson está de plantão?
-Sim. -Poderia chamá-lo, por favor.
-Claro. -Logo após ela pega o telefone, disca o número do ramal onde o doutor se encontra e e em questão de poucos instantes retorna o telefone ao guancho e torna a fitar Molly.
-Ele já está vindo.
-Obrigada.
Ainda com o auxílio de seu avô e de Molly ele se dirige até os bancos disponíveis na área de espera.
-Molly. -A voz rouca de Émerson soou atrás da moça que se virou sorrindo de forma contida
-Oi. -Não resistiu e teve de verificar como estão as coisas por aqui? -O homem alto com os cabelos negros e perfeitamente cortados diz em um tom mais descontraído.
-Quem me dera, na verdade um amigo caiu da escada. Eu o examinei, acho que quebrou uma ou duas costelas, mas enfim é melhor trazê-lo para cá.
-Certo. -O olhar do médico recai sobre Dexter que parece incerto sobre sua segurança em estar num hospital. Odeia hospitais.
-Vamos levá-lo ao raio-x, você me auxilia?
-Claro.
Émerson pega uma cadeira de rodas onde Dexter pôde se sentar e de certa forma se sentir aliviado por não ter que caminhar, parecia que a dor se intensificava quando o fazia. Céus, por que foi atrás daquela mulher? Mas como não iria? Ela era o amor de sua vida, pelo menos era isso que ele tentava se convencer enquanto caminhava em direção a sala de raio-x.
Chegaram a sala, Émerson, Molly e o técnico em radiografia o auxiliaram a deitar. Não demorou muito até que o procedimento terminasse, logo Dexter estava em um quarto do hospital recebendo a devida medicação, enquanto Émerson está do lado de fora ao lado de Molly.
-Obrigada por nos atender. -Ela agradece fitando-o.
-Qualquer coisa por você. -Responde sorrindo da famosa forma que faziam as enfermeiras suspirarem pelos corredores, porém não era bem isso que ocorria com Molly, todas as vezes em que lhe dava aquele sorriso sedutor não sentia as borboletas no estômago, na verdade se sentia estranha, para infelicidade de Émerson.
Então ela se limitou a dar um sorriso quase que forçado, aquilo estava começando a ficar estranho visto que eles trabalham juntos.
-Eu vou indo, mas muito obrigado. Vou me despedir dele. -Disse sem lhe dar a chance de dizer algo, ela adentra ao quarto encontrando um Dexter sonolento devido ao medicamento.
-Eu tô indo embora, vou levar seu avô também. Você vai ter que ficar aqui por um tempo. -Ela diz fitando, agora tendo o mesmo mais relaxado consegue fitá-lo e percebê-lo de uma forma diferente.
Caramba, talvez ele fosse um dos homens mais bonitos que ela já tenha visto com os cabelos loiros claros, olhos castanhos e intensos, além de lábios carnudos... Ainda bem que se concentrou em examiná-lo de primeiro momento. Quase que instantaneamente se repreendeu por estar se sentindo um tanto atraída por ele, visto que há cerca de pouco tempo atrás o vira correr atrás de outra mulher. Seria ela uma pessoa ruim?
Não lhe respondeu tal questão, mas afastou tais pensamentos de si mesma e se concentrou no sorriso fraco que o homem a sua frente lhe dava.
-Você vai embora?Não vá. Eu tenho medo de hospital.-A fala enrolada dele fez com que um sorriso contido surgisse nos lábios dela, mal o conhecia.
-Não vai estar só, tem muitas enfermeiras aqui, e tenho certeza que elas cuidarão muito bem de você, Dex. -Tentou acalmá-la.
-Dex... Acho que agora somos oficialmente intimos, apenas os intimos me chamam assim. -Ele disse sorrindo, mas estava com tanto sono que mal conseguia permanecer com os olhos abertos.
-Estou indo. Mas seu avô provavelmente voltará amanhã. -Disse vendo-o assentir.
-Obrigado por me ajudar. -Dexter diz com certa dificuldade.
-Não há de quê. Melhoras!
Então ele fechou os olhos e Molly viu a deixa perfeita para se retirar.
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-Achei que não voltaria hoje! -Emma disse assim que viu a amiga adentrar pela porta.-Vamos logo, uma maratona de friends e brigadeiro é tudo o que eu preciso agora. -Ela diz permitindo que seu corpo caia contra o sofá macio.
-Você manda. -Emma diz colocando o play e logo a minissérie começa a ser transmitida na televisão. -Hmm, quem é esse neto do senhor Jones?
-Eu achei que fosse uma criança, mas ele é mais velho que eu, provavelmente.
-E é bonito? -Ela pergunta arqueando as sobrancelhas.
-Muito
-Acho que isso tudo é um sinal. Quase certeza.
-Você e sua mania de achar que tudo é um sinal.
-Porque é Molly, acha que ele apareceria na sua vida do nada? Tô dizendo, talvez daqui um tempo eu seja madrinha do filho de vocês.
-Tá, você já tá delirando, além de que seu plano vai por água abaixo já que ele caiu da escada correndo atrás da namorada.
-Se tava correndo atrás dela é porque ela não queria falar com ele, talvez tenham terminado...
-Você é louca, foca na série que a gente ganha mais.
Emma lhe dá um sorriso e se vira para a televisão.
-Bem, pelo menos é outro homem, tem o Rogério do andar de cima, o Harry do andar de baixo e agora ele no nosso, como é o nome dele?
-Dexter.
-Nome de galã, deve ser bonito mesmo.
Molly sorri sabendo como é difícil tirar algo da mente da amiga quando a mesma encasqueta com algo.
Após quase que uns treze episódios Molly sente dificuldade de permanecer com os olhos abertos.
-Preciso ir dormir, amanhã o Adam vai me buscar cedo pra gente ir almoçar na mãe dele. -Emma diz referindo-se ao namorado.
-Nossa, boa sorte, você ama aquela mulher. -Molly ironiza.
-Valeu.
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Obsessiva Paixão (Pausado)
RomancePlágio é crime!!!!! Obra registrada!!! D E G U S T A Ç Ã O Ela desejava esquecer seu passado. Ele nunca a esqueceu. Ela desejava nunca se lembrar dele. Ele ansiava pelo reencontro... Dois lados de uma mesma lembrança que está encoberta pelo tempo.