Capítulo 14

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Christian

Tudo tem o cheiro dela; o ambiente, os lençóis, os travesseiros, eu.

E é gostoso pra caralho.

Toco a pele macia com as pontas dos dedos e abro os olhos, admirando a deusa que dorme tranquilamente em cima de mim. Anastasia parece tranquila e relaxada, suspirando enquanto acaricio todas as partes que consigo alcançar.

Ainda é cedo, os primeiros raios de sol aparecem tímidos no horizonte e eu deveria sair para correr alguns quilômetros mas não existe lugar melhor para se estar agora do que aqui, com ela.

Sei que Anastasia provavelmente vai surtar quando acordar e se lembrar do sexo alucinante que tivemos, mas por enquanto prefiro me apegar ao sonho de que ela vai levar tudo com tranquilidade e alegria.

Afasto alguns fios de cabelo do rosto bonito e traço a linha da mandíbula com a ponta dos dedos, sentindo a maciez da pele dela.

Não existe no mundo coisa mais bonita que Anastasia Rose Steele.

Ela é forte mas também é frágil.

É doce mas também é sexy como o inferno.

Só ela tem o poder de me levar do extremo da irritabilidade à insanidade do prazer num estalar de dedos e porra, isso é fantástico.

A vida ao lado dela nunca será monótona.

Nós não falamos muito ontem, estávamos ocupados demais gemendo e gritando os nomes um do outro mas agora precisamos colocar as cartas na mesa e resolver os nossos impasses.

Eu sei o que eu quero e eu quero com ela.

Quero desde que tatuei as iniciais dela seis meses depois de fugir como um covarde nojento.

Só basta Anastasia reconhecer que também quer e dizer sim.

E por um momento me permito sonhar com a resposta positiva dela.

Mera utopia, Christian.

Bufo para a negatividade do meu subconsciente e continuo tocando a belíssima senhorita Steele, memorizando cada centímetro de pele da mesma forma que fiz naquela manhã enquanto ainda estávamos em Cambridge.

A manhã que saí sem dar explicações para ela.

Sempre reconheci o meu erro em relação a esse acontecimento e me arrependi da atitude por muitos anos, — me arrependo até hoje para ser honesto — mas o meu ego gigantesco não permitiu que eu a procurasse, explicasse a situação e pedisse desculpas.

Anastasia não está errada de me chamar de idiota, afinal.

Suspiro e esfrego os lábios avermelhados dela, sentindo a suavidade da pele. Tudo nela desperta os meus demônios mais sedentos e eu só consigo pensar em como seria delicioso rolar sobre ela e acordá-la com um boquete.

Anastasia parece sentir o rumo indecente que meus pensamentos tomam e se mexe, coçando os olhos antes de abrí-los. Ela pisca para mim e sorri, se mexendo sob os lençóis até estar grudada em mim.

Deus, que bastardo sortudo eu sou.

Rolo de lado e agarro a cintura dela, afundando meus dedos na carne macia enquanto esfrego meu nariz no dela.

— Bom dia, Coelinha. — Anastasia sorri de olhos fechados e depois faz biquinho, esperando um beijo.

Como o escravo filho da puta que sou eu faço o que ela quer, pressionando meus lábios nos dela delicadamente. Anastasia suspira e abre os olhos, piscando freneticamente.

Mr. PresidentOnde histórias criam vida. Descubra agora