Capítulo 16

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Christian

Anastasia caminha pelo corredor ao meu lado de cabeça baixa e corpo tenso enquanto segura o Carter firmemente contra o peito.

Eu mordo o lábio inferior para não rir do quão deslocada ela parece mas porra, as bochechas coradas dela são adoráveis.

Mia e Elliot foram para os quartos do andar de cima e eu secretamente agradeci por isso. Planejo fazer muito barulho com a Ana essa noite e não me agrada muito a ideia da minha irmã e amigo ouvirem a nossa festinha particular.

— Não precisa ficar tão tensa, Anastasia. Eu não vou te comer. Pelo menos não no sentido literal. — pisco para ela e as bochechas antes coradas ficam pálidas.

— Não tem graça, Christian. Já estou aqui contra a minha vontade, não me faça sair debaixo de chuva com o Carter nos braços.

Levanto as mãos num pedido silencioso de desculpas e abro o última porta do corredor, empurrando-a e dando espaço para ela entrar.

Anastasia força um sorriso que não alcança os olhos e se expreme para passar sem encostar em mim. Ela observa tudo ao redor discretamente enquanto muda o gato de braço.

— A decoração do seu apartamento é muito bonita. — sorrio agradecido e fecho a porta, girando a chave na fechadura.

— Obrigado. Acho que combina comigo, sabe. Etéreo e sereno, sem muitos detalhes. — Anastasia bufa e revira os olhos, deixando a bolsa cair sobre o divã.

— Você não tem absolutamente nenhuma célula etérea no seu corpo e serenidade é um adjetivo que não combina com a sua personalidade.

Enfio as mãos nos bolsos e olho diretamente para ela, olho no olho.

— E quais adjetivos você atribuiria à mim, Anastasia? — ela engole e dá de ombros, desviando os olhos para o carpete.

— Inteligente, talvez. Sagaz, obstinado, observador, eu diria até modesto as vezes. Não é todo homem que aceita a opinião de uma mulher com tanta facilidade. — me sinto um pouco envergonhado, as palavras dela esquentando o meu rosto.

— Você é a mulher mais inteligente que eu conheço, seria uma burrice sem tamanho não te ouvir. — Anastasia me dá um sorriso contido. — E o que mais?

— Mais o quê?

— O que mais você pensa de mim? Que outros adjetivos combinam comigo? — ela engole e dá um passo para trás quando avanço na direção dela.

— Eu... É... Eu... Só consigo pensar nesses agora, é difícil qualificar uma pessoa quando ela está na sua frente.

Assinto como se realmente acreditasse no que ela diz e fecho a distância entre nós com três passos largos. Envolvo meu braço ao redor da cintura dela e a puxo para mim, Carter sendo a única contra entre nós.

— Vamos lá, Ana. Você pode fazer melhor que isso, baby. — esfrego meu nariz do dela e deslizo até o ouvido, chupando o lóbulo. — Pode admitir que eu sou gostoso, tenho um pau que te faz delirar e que a nossa transa é a melhor coisa da sua vida.

Anastasia arfa, o colo ficando avermelhado e eu sorrio, passando os lábios levemente pela pele cheirosa do pescoço.

— Acho que realmente esqueci um adjetivo. Prepotência.

Baby.

Eu rio da falha tentativa dela de parecer brava e continuo o meu caminho até os ombros, afastando a alça do vestido com o nariz. Mordisco delicadamente e Anastasia suspira alto, sutilmente tombando a cabeça para o lado.

Mr. PresidentOnde histórias criam vida. Descubra agora