Capítulo 11

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Anastasia

A sensação dos lábios dele.

A mesma intensidade que já tivemos uma vez.

O beijo desesperado.

As mãos no meu corpo.

Espera. NÃO.

Que merda é essa, Anastasia?

Porra.

Algo dentro de mim esfria, o fogo apagando enquanto a razão finalmente volta para o seu devido lugar.

Tento empurrar o peito do Christian para afastá-lo mas ele não cede, apertando a minha cintura com mais força e trazendo meu corpo de encontro ao dele.

Deus me ajude.

Empurro com mais força e consigo algum espaço, segurando Carter contra mim. Christian arqueia uma sobrancelha e tenta me alcançar novamente, mas consigo manobrar para o lado e corro pelo assoalho da piscina até às escadas.

Graças aos céus não escorrego para a morte, mas preciso fazer mágica e  apertar o Carter com mais força quando ele começa a se contorcer e miar alto.

Por que o meu gato foi gostar do meu maior inimigo?

Subo os degraus com as pernas trêmulas e corro até a espreguiçadeira, jogando uma toalha sobre os ombros. Ouço o barulho de água atrás de mim mas não me viro para conferir o que o Christian está fazendo.

Eu preciso sair daqui.

Por que caralho resolvi vir para a piscina de madrugada, afinal?

Eu poderia ter colocado o Carter na banheira. Ele iria se refrescar da mesma forma e eu não teria cedido aos encantos do satanás.

— Tudo bem, bebê. Hora de ir. — sussurro para ele e calço meus chinelos, jogando a bolsa dele sobre o ombro.

— E depois se sente ofendida quando eu digo que você sempre foge quando o assunto é nós dois. — Christian rosna, insatisfação presente em cada uma das palavras.

Eu ignoro a repreensão e saio do deck, andando em direção ao lobby do hotel.

Um relâmpago clareia o céu, seguido de um trovão alto e a chuva torrencial finalmente cai. Corro mais rápido, protegendo Carter da melhor forma possível até chegar à porta lateral.

Olho rapidamente para me certificar de que estou livre dos olhos curiosos e aperto a toalha ao redor do corpo, correndo para o elevador.

Antes que eu consigo alcançar o painel sinto um puxão no meu braço, meu corpo gira e a minha frente bate num peito firme.

— Chega de fugir, Anastasia. — Christian não faz muito para esconder e raiva e aperta o meu pulso esquerdo com força.

— Eu não estou fugindo, eu nunca fugi. Essa característica combina mais com você do que comigo. — retribuo o timbre colérico dele e puxo para longe do seu aperto.

Um vergão sutil surge no meu pulso e eu olho para o Christian com desejos verdadeiramente assassinos. Ele nota o sinal dos dedos dele gravados na minha pele e cora de uma foram que eu nunca achei possível.

Christian Grey está envergonhado?

É isso mesmo?

— Porra, me desculpa, Ana. Eu não queria te machucar, juro. Deus, eu não... Não era a minha... Eu...

— Tudo bem, Christian. Sou muito branca e qualquer coisa marca a minha pele, não se preocupe. Agora cala a boca e me deixa passar. — ele olha para o meu pulso novamente e engole em seco.

Mr. PresidentOnde histórias criam vida. Descubra agora