Março, uma manhã tranquila.
O céu estava coberto de nuvens escuras carregadas de vapor de água. Ouvia-se o canto dos passarinhos. A primavera aproximava-se.
Num jardim avistava-se uma jovem rapariga sentada no chão de pernas cruzadas. Os seus cabelos castanhos alourados refletiam o sol escondido por entre as nuvens e a cor negra dos seus olhos deixavam transparecer alguma tristeza.
Era uma menina simples vinda de uma aldeia do interior. Seu nome era Sophie. A rapariga sofrera imenso no passado. Perdera a mãe quando tinha um ano e aos dezassete perdera o seu avô que era ao mesmo tempo seu padrinho e apesar disso ela considerava-o como seu segundo pai.
Desde a morte da mãe que Sophie vivera com os avós mas aos nove anos, quando eles decidiram passar o resto das vidas na terra que os viu nascer , não hesitou e mudou-se com eles. Para ela os avós eram tudo. Com a viuvez da avó viu-se obrigada a tornar-se mais madura. Aprendeu que a vida é demasiadamente curta para darmos importância aos pequenos detalhes.
Aquele jardim trazia-lhe boas recordações.
Ao seu lado, enroscado na própria cauda, o seu cão fazia-lhe companhia. Era um rafeiro mas os dois eram inseparáveis. As suas orelhas pontiagudas estavam suscetíveis aos pequenos ruídos, e a sua língua, fora da boca representava a longa idade mas mesmo assim continuava a correr atrás dos pássaros e das borboletas que sobrevoavam calmamente o jardim.
Começou a chover. Sophie colocou a trela a Hulk e voltavam para casa, ela com um ar aborrecido e ele sufocado com o seu casaco de chuva
Ao passarem por uma casa, Sophie sentiu as chamadas "borboletas na barriga"
Nessa casa morava um rapaz alto, moreno, com cabelo loiro. O seu nome era Francis e a jovem sentia algo de muito forte por ele.
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Não desisti
RomanceO que pode acontecer se nunca admitirmos os nossos sentimentos? O provável será dizermos que ninguém nos quer e não significamos nada para o mundo, mas a verdade é que não sabemos o que a outra pessoa sente e nunca devemos estar à espera que seja el...
