Capítulo 24

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-Mas eu preciso de entrar lá dentro! Preciso das minhas coisas, roupa, acessórios, maquilhagem, entre outras tantas para a festa.
- Sophie não insistas - exclamou Bella. - Já levei as tuas coisas para o meu quarto. Por isso prepara-te lá.
Sophie virou costas revoltada. O que estaria dentro do seu quarto? Chegando ao quarto da irmã mais velha, a rapariga sentou-se na beira da cama e ficou a olhar para o horizonte. A chuva tinha parado, o céu estava a ficar limpo e o sol, apesar de estar a anoitecer, espreitava entre as nuvens.
O toque do telemóvel veio interromper os seus pensamentos. Era uma mensagem de Bella. "Porque está ela a mandar-me menagem se está aqui em casa", pensou Sophie. Nessa mesma estava escrito que ela não podia demorar muito porque tinha a boleia à sua espera.
Sophie preparou-se rapidamente. Em menos de 30minutos estava pronta. Sentia-se ansiosa por finalmente estar com todos aqueles que lhe eram importantes. Chamou Hulk, pôs-lhe a trela e, os dois, seguiram viagem para a entrada de casa. Ao abrir a porta, a aniversariante não encontrou o carro de Diana em lado nenhum. Estava, sim, um carro estranho com matrícula estrangeira, parado, com o motor a trabalhar.
A pessoa dentro do carro dava sinais de luz à jovem mas ela, tal como lhe foi ensinado, não se aproximou. Ao ver que ela não respondia aos sinais de luz, decidiram então sair do carro. Eram duas pessoas, um homem e uma mulher, provavelmente um casal. O homem era alto, cerca de 1,80metros, cabelo curto, roupa de marca cara ao passo que a mulher era mais baixa, por volta de 1,50metros, morena igualmente bem vestida.
- A menina não sabe que está na hora de ir para a cama - afirmou uma voz grossa atrás da jovem. - Onde é que pensa que vai a esta hora sem a supervisão de um adulto?
- E quem disse ao senhor que eu precisava de um adulto para sair de casa? - interrogou a rapariga sem sequer se virar.
- Desde o momento que viras a cara ao teu próprio pai, precisas de supervisão sim.
Ao ouvir a palavra pai, Sophie virou-se imediatamente. Era seu pai e a sua madrasta. Vieram propositadamente de Paris para estarem com ela neste dia. Sophie ficou completamente emocionada. Agarrou-se a eles de tal forma que somente agradecia pela sua presença.
- Ainda bem que a maquilhagem é à prova de água - exclamou Mary, sua madrasta. - George sabes que temos de ir indo, está quase na hora.
- É verdade. Anda pequenina, entra no carro, já estão à nossa espera.
Sophie entrou no Mercedes de seu pai e mandou mensagem a Francis: "Sei que não estás este fim-de-semana mas quando voltares gostava de poder estar contigo e falar como tínhamos combinado." Mary, também enviara uma mensagem a Bella a avisar que estavam a caminho do armazém onde se iria celebrar o aniversário das duas amigas.
- Chegamos!
- Onde estámos? - perguntou Sophie ao ver que o pai tinha parado à beira de um armazém aparentemente velho e sem qualquer tipo de movimento.
Seu pai abriu-lhe a porta e acompanhou-a ate à entrada do local. Parados em frente à porta, George virou-se para a filha:
- Minha pequena rosa, quero que este dia seja muito especial. Finalmente encontraste um rumo para a tua vida. A universidade está prestes a começar, a tua vida, e com isto quero incluir a tua vida amorosa, também está prestes a alcançar grandes barreiras que irás derrubar. Tudo o que estiver daquela porta para dentro é algo que mereceste. Orgulho-me todos os dias doa teus objetivos alcançados. A Mary e eu temos orgulho na rapariga que te tornaste. Por isso, filha do meu coração, que tenhas um feliz aniversário e que sejas sempre muito feliz que bem o mereces.
Sophie estava feita em lágrimas. Abraçou o pai novamente e como por magia as portas do armazém abriram-se. Tocava uma música linda, bem calminha. Era a sua banda preferida -The Killers que tocavam Here with me. Pararam a meio da música e o vocalista, Brandon Flowers, chamou-a ao palco.
- Desde já pedimos desculpa à Diana por não a termos chamado mas eu sei que esta jovem gostava de dedicar esta música a alguém. Sem falar que é a tua música preferida. Gente vamos lá recomeçar. - deu sinal à banda e voltaram ao início.
Os olhos da rapariga estavam postos no pai, na madrasta, na avó e na irmã que lhe sorriam da plateia. Surpreendentemente os seus olhos avistaram algo inesperado.

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