Enquanto regressava ao hospital, a um passo lento, recordava todos os momentos em que poderia se ter declarado sem que ocorresse perigo algum, como acontecera naquela manhã. Mas ao mesmo tempo a imagem de Lisa não lhe sai da cabeça. Não estava à espera daquela transformação toda.
Quando chegou ao estabelecimento, dirigiu-se ao balcão para saber se a operação já tinha acabado. A resposta não foi imediata. Era uma senhora de cabelos brancos, talvez perto da idade da reforma, com mãos enrugadas que carregavam lentamente no teclado. Francis deu um suspiro profundo e, nesse mesmo instante, ela levantará a cabeça.
- O menino está com pressa? - perguntara a senhora indignada e com um ar cansado
- Não minha senhora... É apenas triste ver todas estas pessoas a sofrer... - disse o rapaz para disfarçar o facto de estar cansado de obter uma resposta e talvez a bebida tenha ajudado a este comportamento.
- Sim é verdade menino. Olhe a operação da menina Pierce já terminou. Pode juntar-se a ela no quarto número 34 no segundo piso.
O jovem virou costas sem agradecer. Estava ansioso em saber como ela estaria e se ainda continuava na sua memória.
O corredor era bastante acolhedor e animador. A cada passo era possível ler-se frases motivadoras à recuperação, pinturas em telas por pessoas menos incapacitadas. Este era o corredor que levava aos quartos do sexo feminino.
Francis estava agora parado em frente à porta. Estava num vai e vem que não sabia o que fazer. Respirou profundamente e bateu à porta, abrindo-a e entrou lentamente, não fosse a rapariga exaltar-se novamente.
- Olá Sophie, então como te sentes?
A rapariga olhara para ele com um ar meio desconfiado e logo respondeu com um sorriso envergonhado.
- Olá, estou bem. Ainda estou meia cansada, deve de ter sido da anestesia e de todo o tempo que fiquei no bloco operatório. - A rapariga fez uma pausa para ajeitar a almofada e puxar os lençóis por causa do frio. - Se não fosse incômodo, podias ir chamar um enfermeiro, por favor?
O rapaz concedeu o pedido e lá foi à procura. Durante a busca passou por ele uma cara masculina conhecida à qual não prestara muito atenção.
Quando regressava para o quarto 34 ouviu gargalhadas. A porta estava entreaberta e consegui ver que era o rapaz que se cruzou com ele no corredor.
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Desculpem não postar com tanta frequência mas tenho exames.
Espero que estejam a gostar. Comentem ;)
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Não desisti
RomanceO que pode acontecer se nunca admitirmos os nossos sentimentos? O provável será dizermos que ninguém nos quer e não significamos nada para o mundo, mas a verdade é que não sabemos o que a outra pessoa sente e nunca devemos estar à espera que seja el...