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- Deixa o rapaz acabar de falar Sn!

- Ele veio porque temos um trabalho de Matemática para fazer. Ele é ótimo em Matemática por isso ele disse que não se importava de fazer dupla comigo para me ensinar a matéria. Certo Jimin? — Tiro a minha mão da boca do mesmo. — Podias ter avisado que vinhas hoje. — Dei um sorriso amarelo.

- A certeza que ele veio para isso?

- Claro pai! Ele já me havia dito que vinha mas não me disse o dia. — Jimin afirmou com a cabeça.

- Hm... Aí de ti que tentes algo com a minha filha. — olhou desconfiado para o jovem.

- Não se preocupe, vou cuidar dela.

   Meu pai voltou para a cozinha a olhar desconfiado para nos. Puxei o Jimin e Jihyun aproximou se e disse "Aproveita" de forma a que só eu ouvisse.
   Levo o Jimin para cima e fomos para o meu quarto.

- Porque vieste?

- Vim falar contigo.

- E desde quando vens aqui falar comigo? — Pergunto com certa ironia.

- Ue? Não posso?

- Não.

- Teu pai até gostou de mim. — Ri.

- Meu pai é muito protetor quando se trata de macho. Ainda por cima quando um vem me procurar. — Um silêncio é tomado. — O que queres me dizer. — Levo a mão à testa coçando.

- Não sei se sabes mas vou amanhã para Paris.

- Ta. E que tem?

- Queria levar te a sair antes de ir mas acho que não vai dar.

- Devias parar Jimin. Nunca iremos namorar.

- Estou no meu direito de tentar. — Jimin diz em sua defesa.

- Verdade. Mas não te canses a tentar conquistar alguém como eu.

- Porque?

- O que irão falar de ti? Todos da escola iriam gozar te.

- Achas que eu me importo com isso?

- Eu importo me. Por isso... não digas a ninguém que gostas de mim, e desiste.

- Importas te tanto assim com o que as pessoas vão falar de mim?

- Não só. De nós e de mim.

- Mas espera... afinal gostas de mim ou não? — Se fez um silêncio constrangedor. — Sn?

- Não. Melhores ires Jimin.

- Teu pai vai desconfiar. Como acabaríamos um trabalho tao rápido?

- Pois... — Começo a pensar. — Ficamos aqui a espera então.

- Não seria melhor tirares os livros de matemática?

- Verdade! Caso ele venha ver o que estamos a fazer. — Tiro os livros para cima da secretária e os abro. Jimin puxa uma cadeira para perto da secretaria e senta se.

- Senta te. — Da palmadas na cadeira. — Vamos fingir que estamos a estudar. — Cedo a ideia e me sento do lado dele. — Já disse que és bonita? — Seus olhos olham os meus me deixando corada no momento. Jimin sorri enquanto me encarava.

- Deixa eu tirar um lápis. — Digo nervosa e Jimin percebe.

- Faz esse exercício. — Aponta.

- Eu?

- Sim.

- Eu não prestei atenção na aula. Tu sabes.

- Por isso é que vais fazer esse exercício.

- Devias ir fazer as malas, sabes? — A levanto me dá cadeira.

- Já estão feitas.

- Então... devias estar com os teus amigos antes de partires.

- Logo a tarde estarei com eles.

- Então... — O que mais poderia eu dizer para o Jimin ir embora. A porta abre se e meu coração começou a acelerar. Ficamos a olhar a porta a abrir.

- Sou eu. — Jihyun diz. Bufo de alívio. — Teu pai queria vir aqui ver como estavam as coisas mas achei que não irias querer, por isso vim eu.

- Quem é ela...?

- Olá. Chamo me Jihyun. Sou estagiária de meio período.

- Prazer. Park Jimin. — Curva-se.

- Tao educado! — Jihyun elogia o jovem.

- Bem, vou voltar para baixo. — Sorriu.— Sn, lembra te do que eu te disse. — "Aproveita".

   A mesma sai fechando a porta nos deixando sozinhos.

- Ainda bem que temos uma estagiária. — Disse para mim num tom audível para Jimin.

- Vamos continuar?

- Continuar?

- Claro! Foste tu que disseste que era um trabalho de matemática, não eu. — Bufo e reviro os olhos.

- Anda logo! — Jimin me chama já sentado. Obedeço. — Devo cancelar a viagem...?

- Porque farias isso?

- Assim poderia vir amanhã aqui.

- Enlouqueces te? — Rio.

- Teu pai matava me.

- Estou curiosa... — Jimin encara me á espera que fale. — Vais a Paris fazer o que?

- Vou ver um desfile da Celine.

- Celine? Estás a falar sobre uma das marcas de artigos luxuosos mais famosa do mundo?

- Exatamente.

- Não acredito! — Levo a mão a boca chocada. Jimin riu se.

- Queres vir comigo?

- Não posso. Iria morrer só de perguntar ao meu pai se podia ir com um rapaz.

- Uma pena. — Jimin não parara de sorrir enquanto falávamos.

...

- Aquele rapaz já se foi?

- Sim, pai.

- Ele é bonito.

- Que é isso? — Pergunto surpressa.

- Não é por ser homem que não saiba dizer se é bonito.

- Que tem de ser bonito. O importante é a pessoa em si.

- Gostas dele?

- Não. Acho que seria impossível.

- Já não se fazem rapazes tão bem educados como ele. — Começo a rir após de lembrar "Teu pai até gostou de mim" dito pelo Jimin.

- Gostas te dele. — Comento.

- Eu não! Ele é encantador... — Dá uma pausa para pensar. — Por isso não fales com ele. — Resmungou e eu sorri.

- Eu gostei dele. — Jihyun se prenuncia. — Sinto que é uma boa pessoa.

- Também acho. — Meu pai concorda. — Por isso, não te aproximes dele e nem fales com ele. — Diz zangado. Jihyun sorri para mim e eu também.

...

   No dia seguinte, aproveitei para ficar em casa o dia todo para ajudar o meu pai. Aos domingos é quando as pessoas fazem fila para comer a comida do meu pai.

Depois do restaurante se esvaziar um pouco, fui para o meu quarto. Deitei me sobre a cama e peguei no cell. Abri o Kakao e abri as mensagens com o Jimin. As últimas mensagens foi:

"Vou entrar agora do avião."
"Mando mensagem quando chegar em Paris" — mensagem enviada às 05:23 da manhã.

Não respondi nada.

From Now Onwards: High School [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora