— Donghyuck.
— Oi.
— Tô vendo 3 de você.
— Tá curtindo a vista?
— Ah — Jaemin deu uma risada nervosa — É bom te ver.
O anjo queria dizer que depois de todo esse tempo longe de Donghyuck, estava até prazeroso ver 3 dele, mas manteve se calado.
Donghyuck foi desacelerando seus passos aos poucos até que Jaemin, que estava metros atrás do demônio, o alcançou. Andaram lado a lado, fingindo que procuravam algo no ambiente inóspito, mas a atenção de ambos não estavam ligando para isso.
Jaemin estava tenso. Andar ao lado dele era intimidador. Confortante e intimidador. Os cabelos roxos se mexiam a cada passo e hipnotizavam o anjo, que sentia vontade de passar a mão neles. Jaemin sempre amou os cabelos coloridos de Donghyuck. Mas o olhar do demônio era afiado e intenso, com mistura de ódio e dor. Isso assustava Jaemin, por saber que era a razão para pelo menos parte da dor e do ódio.
Donghyuck, por sua vez, pensava nos sentimentos que seu corpo detectou horas atrás e na reação de Jaemin quando ele o agarrou. Eram como um enigma. Havia uma mistura de choque, um pouco de medo, o velho e bom arrependimento e algo que se aproximou de desejo. Como poderia Na Jaemin, o melhor amigo religioso, ter apresentado esse desejo?
Donghyuck queria ver isso de novo. Queria entender melhor.
— Jaemin?
— Hm?
— Você namorou no tempo que tive fora?
— Claro que não — Eu só pensava em você.
— Não fale como se fosse óbvio. Você era desejado, vai que aproveitaram minha ausência.
— Nada, morri bem virgem como você sempre disse.
— Nem um beijo?
— Nem um beijo.
— Nem aqui no Céu? Nenhuma menina te deu um beijinho? Nem o pirralho lá, o Jisung?
— Jisung já tentou, se te serve. Você... ah, deixa.
— Fale — Donghyuck sentiu o aperto do ciúmes de Jaemin. Este nunca gostou de ver o amigo com outras pessoas, tinha certeza de que os namoricos iam tirar Donghyuck de si.
— Você beijou as pessoas no Inferno? — Jaemin se arrependeu no mesmo instante. Ele não queria saber.
— Algumas, mas não muitas. Tava ocupado subindo pra Terra e infernizando os outros. Mas essas poucas vezes foram muito boas.
— Tá bom.
— Não tenha ciúmes.
— Nunca tive.
Donghyuck riu. Tinha que admitir que era fofo ver o anjo bravo.
— Vai lá, fica de frente pra aquela árvore ali, Nana.
Ih. Esse apelido ai, não vem coisa normal. Pensou Jaemin. Mesmo assim, foi até a grande árvore seca que estava de pé ali sabe se lá como. Encarou o tronco liso e escuro, esperando alguma ação de Donghyuck, e ela veio.
Sentiu seu corpo ser empurrado até sua bochecha encostar no tronco. As mãos de Donghyuck pousaram em sua cintura e ele engoliu seco.
— Como está se sentindo?
— Enquadrado.
No momento em que sentiu a língua quente de Donghyuck em seu pescoço, ele não soube mais o que sentia. Fechou seus olhos com força quando a mão que estava em sua cintura a apertou depois que entrou debaixo de sua camisa e continuou com eles fechados depois que Donghyuck passou a dar beijos em seu pescoço.
— É tão estranho fazer isso com você — Disse o demônio, usando a mão livre para puxar de leve os fios negros de Jaemin.
— En-então por que continua fazendo?
— Porque você é interessante.
Donghyuck virou Jaemin de modo que eles ficassem cara a cara, observando as bochechas violentamente coradas e o olhar envergonhado, incapaz de manter contato visual. O demônio o poupou da troca de olhares colocando seu rosto novamente na curva do pescoço do anjo, segurou coxa dele e roçou as virilhas, fazendo Jaemin perder o fôlego.
— Pra que tanto medo, Nana? Deus não consegue te ver daqui, eu creio.
Por uns instantes, Donghyuck não soube identificar o que se passava pela cabeça de Jaemin. Em seguida, viu que havia um certo relaxamento da parte do anjo. Foi surpreendido pela atitude, mas não interrompeu o que fazia. Continuava a roçar um pênis no outro e a segurar a coxa de Jaemin, a acariciando. O calor que sentia era surreal. Era diferente das vezes que teve tanto na Terra quanto no Inferno — e olha que foram milhares de vezes.
Se endireitou para que ambas testas se tocassem e continuou o que fazia, prestando atenção no que Jaemin sentia. Não havia mais medo ou tensão. Apenas arrependimento e desejo. Do que ele tá tão arrependido agora?
Afastou os quadris e agarrou o pênis de Jaemin, vendo ele jogar a cabeça para trás e encostar no tronco. Ao simular uma masturbação por cima da calça, Donghyuck ouvir Jaemin gemer.
E nesse momento, Donghyuck parou de fazer tudo e se afastou.
Aquele gemido surpreendeu o demônio de forma que ele não esperava. Queria testar até onde o desejo de Jaemin ia e descobriu que ele ia alto demais. O gemido foi de muita satisfação, de puro prazer, mas Donghyuck não conseguiu aceitar isso.
Foi a única vez que pegaram no pau dele na vida, claro que esse virjola vai ficar excitado. Tem nada ver com desejo por alguém específico.
Jaemin estava no mesmo lugar, sentindo uma vergonha que jamais tinha sentido na vida. Pensar que ainda teria que acompanhar Donghyuck mesmo depois daquilo tudo o deixava pior. Ele não sabia como agir, nem o que falar.
Os dois ficaram se evitando enquanto chutavam pedrinhas e andavam em círculos.
— Desculpa por isso — Donghyuck se pronunciou, um pouco sem graça — Vamos andando, por favor.
Eles andaram em silêncio por tempo indeterminado. Nem gestos, nem trocas de olhares, nem contato físico, apenas olhavam o rastreador que brilhava cada vez mais forte.
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O Inferno de um Anjo × Nahyuck
FanficNa Jaemin e Lee Donghyuck são melhores amigos desde crianças. Aos dezenove anos, a amizade tem um doloroso fim quando a bissexualidade de Donghyuck é revelada para todos por Jaemin, a qual é recebida com muito desgosto. Não tiveram tempo para se rec...