XVI

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P.O.V Nadia.

    Fecho a camisa de Philipe que parece um roupão no meu corpo e desço as escadas seguido o som que me fez acordar.

   Philipe está sentado no banco tocando um melodia melancólica e triste nas teclas do piano enquanto olha para o horizonte.

   Caminho até a entrada da sala ouvindo a música, sorrindo a cada vez que as notas se tornam mais rápidas. Eu pendo a cabeça, o olhando de longe me encosto na parede cruzando os braços sorrindo.

   Imediatamente ele para e mesmo sem se virar sente minha presença.

   - Eu te acordei?

   Faço que sim ainda com um sorriso no rosto.

  - Da melhor forma possível. Você toca muito bem... - Ando até ele, me sentando em seu colo.

   - Desculpe, não foi minha intenção. Estou acostumado a tocar na madrugada quando não consigo dormi. - Diz colocando as mãos nas teclas sem tocar me prendendo em seus braços.

   - Podia tocar mais vezes pra mim... - Deito a cabeça em seu ombro e toco duas teclas, fazendo um som desconexo. - É um belo talento.

   - Talvez eu te ensine... - Rir e volta a tocar só que notas baixas e suaves. - Esta usando o seu anel. - Constata olhando para minha mão.

    - É minha jóia favorita... - O olho.

    - Não quero que tire ele nunca... - Olho em seus olhos ainda tocando. - É garantia que sempre estarei com você...

   Ele está inseguro, com medo... Eu também estou.

  Beijo sua bochecha...

  - Eu não vou tirar, mas com ou sem anel você sempre estará comigo, em presença e no meu coração. - Garanto e ele da um sorriso franco tocando.

   - Sabe, essa era uma das músicas favoritas da minha mãe, nos últimos dias de vida dela, ela tocava constantemente. - Se lembra com o olhos distante.

   - Então herdou este talento dela... - Olho encantada. - Espero que nossos filhos herdem de você também...

    - Ou eles podem nascer com minha aparência e seu talento pro piano. - Brinca.

   Ergo as sobrancelhas me fazendo de ofendida.

   - Não fui tão ruim... - Dou uma risada leve que se desfaz rapidamente. - E sente muita falta dela ainda, não é?

   Ele da de ombros olhando para o nada.

   - Depois que ela se foi eu fiquei sozinho.

   - Como... Como as coisas aconteceram? -Ergo a cabeça de seu ombro.

   Ele fica rígido e balança a cabeça em negativo como se quisesse afasta as lembranças.

   - Melhor não fala sobre isso, vamos deixar o passado no passado. - Diz finalizando a música.

    - Tudo bem se não se sente confortável em contar... Eu só... Queria saber mais sobre você.

   Quero saber mas não posso obriga-lo a falar, a morte da mãe deve ser um assunto sensível para ele... Assim como é para qualquer pessoa.

   Eu vou está aqui para ouvir quando ele estiver pronto para fala.

   Ele beija meus lábios.

   - Quem sabe com o tempo. - Diz sorrindo. - Agora venha vamos dormi, deus me livre ter olheiras debaixo dessas olhos lindos por minha causa. - Diz divertido me pegando no colo estilo princesa.

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