ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝕍III

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A  Fera parou diante da porta do quarto que agora, contra a sua vontade, pertencia a Bela

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A Fera parou diante da porta do quarto que agora, contra a sua vontade, pertencia a Bela. Ao lado dele, sua equipe aguardava, pronta para ajudar caso fosse necessário. Ele olhou para todos e então, levantando uma grande pata, bateu à porta. Duas vezes.

- Você vai jantar comigo! - disse ele, sem esperar uma resposta de Bela. - Isso não é um pedido!

Em seu carrinho de servir, madame Samovar deu uma tossida.
- Mais gentileza, mestre - aconselhou ela. - Lembre-se, a garota perdeu o pai e a liberdade no mesmo dia.

- Sim - concordou Lumière. - A pobrezinha deve estar morrendo de medo lá dentro. A Fera suspirou. Ele estava ficando farto da repentina maré de conselhos. Mesmo assim, bateu novamente.

Dessa vez, veio uma resposta.

- Só um minuto. - A voz de Bela saía abafada através da porta pesada.

- Está vendo - disse Lumière, alegre. - Aí está ela! Agora lembre-se, mestre: seja gentil...

- Cortês... - acrescentou madame Samovar.

- Charmoso! - gorjeou Plumette.

- E, quando ela abrir a porta - finalizou Lumière -, sorria de forma educada e cativante.

Vamos lá, mostre esse sorriso. Mostrar o sorriso a ele? , a Fera repetiu para si. Lumière havia perdido a cabeça? Ele não sorria havia anos. Nunca tivera razão para tal. Ele ia começar a discutir quando um olhar de madame Samovar o impediu. Com relutância, ele tensionou os músculos do rosto, puxando os lábios acima dos dentes. Em uníssono, a equipe deu um passo para trás, horrorizada.

- Ahnnn... menos dentes - sugeriu Lumière. A Fera não precisava de um espelho para saber que sua primeira tentativa de sorrir resultou na careta mais medonha que alguém já vira. Tentou de novo.

- Mais dentes? - propôs Plumette. A Fera suspirou. Ainda estava horrendo, supôs. Uma vez mais, ele ajustou o sorriso.

- Dentes diferentes ? - acrescentou Horloge.

- Que tal sem dentes? - aconselhou madame Samovar.

A Fera lançou um olhar de aviso. Ele chegara ao limite. Todos queriam que ele convidasse Bela para jantar. Tudo bem, assim o faria. Mas ele não iria perder mais um minuto tentando sorrir. Bateu na porta de novo, em uma nova tentativa.

- Você quer jantar comigo? Desta vez, a resposta de Bela foi rápida.

- Você me fez prisioneira e agora está me convidando para jantar? - Sua voz soava mais perto agora, como se ela estivesse encostada do outro lado da porta. - Ficou louco?

𝓐 𝓑𝓮𝓵𝓪 𝓮 𝓪 𝓕𝓮𝓻𝓪  (𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜 𝑂𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒)Onde histórias criam vida. Descubra agora