ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝕏𝕍

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—  ATACAR!

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—  ATACAR!

A voz de madame Samovar ecoou pelo saguão. Ao seu comando, toda a mobília ao redor criou vida. Apesar do temor de Bela, os membros da equipe do castelo estavam longe de ser indefesos. Ou ao menos estavam tentando. Tão logo viram a multidão se aproximando, partiram para a ação.

Enquanto Horloge tentava, sem sucesso, fazer o mestre parar de se lamentar para lutar, madame Samovar, Lumière e Plumette criaram um plano. Era simples — fazer uma barricada na porta —, mas era um plano mesmo assim. Eles haviam tentado bloquear a porta. Quando, porém, os aldeões começaram a golpeá-la com um aríete, souberam que era inútil. Então decidiram abandonar seus postos à porta e jogar com as suas forças, aguardando silenciosamente como se ainda fossem apenas mobílias, enquanto os aldeões desavisados  entravam. Ao sinal de madame Samovar, os objetos saltaram em ataque-surpresa. As cadeiras distribuíram chutes. Plumette e os outros espanadores balançaram suas penas na cara dos aldeões até que eles começaram a espirrar. Velas lançaram suas chamas para o alto, cegando alguns e dando uma bela queimada no traseiro de vários homens distraídos. Conforme a mobília avançava, a multidão gritava de medo e os homens tentavam se defender.

Mas a equipe do castelo tinha o elemento-surpresa. Em meio ao caos, Gaston tentou entender o que estava acontecendo.

Ele sabia como lutar contra outros homens, pois havia feito isso muitas vezes. Também sabia como caçar animais, já que também era habitual. Mas uma sala cheia de móveis capazes de andar e falar era algo que ele nunca havia enfrentando antes.

— Gaston! O grito alarmante de LeFou fez Gaston se virar para ver um mancebo alto esticando um de seus “braços”, preparando-se para golpeá-lo.

Ele não pensou, apenas agiu. Pegando LeFou pela gola, Gaston ergueu o pequeno homem à sua frente. O soco do mancebo atingiu diretamente a barriga de LeFou. LeFou grunhiu. Um instante depois, as coisas pioraram quando um grande cravo se ergueu sobre suas pernas traseiras e se jogou contra Gaston. Mais uma vez o homem robusto usou o parceiro como escudo humano. Houve um grito abafado quando o instrumento caiu em cima do homenzinho.

— Perdão, velho amigo — disse Gaston, sem se dar ao trabalho de ajudar LeFou a se levantar.

— Mas chegou a hora do herói.

— Mas… nós somos  Le Duo … — A voz de LeFou enfraqueceu quando o peso de uma estante caiu sobre ele. No momento seguinte, ele desmaiou.

Gaston deu uma última olhada em LeFou. Então olhou para o espelho que ainda segurava nas mãos. Ele podia ver a Fera sentada em uma torre em algum lugar acima do saguão.

𝓐 𝓑𝓮𝓵𝓪 𝓮 𝓪 𝓕𝓮𝓻𝓪  (𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜 𝑂𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒)Onde histórias criam vida. Descubra agora