ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝕏II

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Gaston  estava ficando impaciente

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Gaston  estava ficando impaciente. Ele havia passado as últimas semanas fazendo o de sempre: caçando, disputando concursos de quem comia mais, levando uma das garotas da aldeia para jantar. Mas ele se perguntava quando Bela enfim retornaria. Maurice se fora havia muito tempo. Ele não voltaria para incomodar Gaston e, quando Bela retornasse de onde quer que estivesse, o caminho para se casar com ela estaria livre. Sim, tudo daria certo, pensou enquanto ia até a taverna para sua dose diária de bebida e adoração. Ele só precisava que sua futura esposa voltasse logo para casa. E que LeFou parasse de falar. O companheiro assíduo de Gaston estava, mais uma vez, balbuciando sobre Maurice, o que dificultava para Gaston deixar o momento no passado.

— Uau, isso é um problema — dizia o homenzinho. — Mas pelo menos não estamos amarrados a uma árvore no meio do  nada, certo? Sabe, não é tarde demais. Nós podemos simplesmente buscá-lo… Gaston não respondeu. LeFou pressionou: — É que toda vez que eu fecho meus olhos imagino Maurice abandonado. Então, quando os abro, ele está… Sua voz sumiu quando Gaston abriu as portas da taverna e eles encontraram Maurice  lá dentro . — Oh, engraçado, eu ia dizer “morto” — finalizou LeFou com a voz falhando.

Maurice estava cercado pelos frequentadores tradicionais da taverna, incluindo o oleiro Jean e  père  Robert. Além de um nariz vermelho, ele parecia não ter sequelas, e era claro pelos punhais que os aldeões apontavam para Gaston que, passada a sua provação, ele estivera bem o suficiente para contar a todos o que tinha acontecido.

— Gaston — disse Jean, com a voz séria. — Você tentou matar Maurice? Gaston sabia que tinha poucas opções.

Ele podia lutar, o que era sua resposta comum. Ele podia correr, mas aquela opção era covarde e lhe dava arrepios.

Então, após uma rápida olhada ao redor, decidiu escolher uma terceira opção: negar, negar e negar. Engessando um sorriso acolhedor no rosto, avançou rápido na direção de Maurice, que estava com os braços cruzados.

— Oh, Maurice — começou Gaston. — Graças aos céus. Passei os últimos cinco dias tentando encontrá-lo. Por que você fugiu para a floresta nessas condições? Enquanto suas palavras ressoavam pelo salão, os aldeões reunidos ficaram confusos, sem saber em quem acreditar.

— O quê? — disse Maurice, incrédulo. Ele balançou a   cabeça. — Não! Você tentou me matar! Você me deixou para os lobos!

Gaston colocou a mão no peito como se as palavras de Maurice o tivessem ferido.

— Lobos? Do que você está falando? — perguntou ele. Gaston olhou para os aldeões e revirou os olhos como quem diz,  Vamos mesmo voltar a esse ponto de novo? Vocês vão mesmo acreditar neste homem?  Ele tentou não sorrir com presunção quando a maioria deles retribuiu o revirar de olhos.

𝓐 𝓑𝓮𝓵𝓪 𝓮 𝓪 𝓕𝓮𝓻𝓪  (𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜 𝑂𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑚𝑒)Onde histórias criam vida. Descubra agora