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Depois eu e Robby subimos e ele ficou um longo tempo contando como foi entrar no Cobra Kai, ele disse que teve que pegar uma cobra, literalmente, uma cobra, e com a mão, mas ele disse que provavelmente comigo vai ser diferente.
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Acordei bem cedo, bom levantei cedo, já que não consegui dormir praticamente nada de tanta ansiedade que eu estava sentindo, não sei exatamente o porquê exatamente da ansiedade, de entrar para o dojo ou para ver a cara da Samantha e do Daniel, uma mistura dos dois, mas tenho que me manter calma e concentrada, não quero passar uma impressão de incapacidade ou de "vantagem" por ser meio que a sombrinha do Terry Silver, e muito menos por ser a "filha" do Daniel LaRusso
Eu não ligo para o sobrenome que as pessoas me chamam, mas não posso negar que tenho uma certa preferência pelo "Bianchi", a única coisa que me beneficia em ser chamada de "LaRusso" é a fama, mas poucos sabem ou me chamam pelo sobrenome do Daniel. Quando ganhei os Estaduais de New York a mídia usou o "Bianchi", que foi pedido por Terry que fosse usado, mas muitas das vezes não era nem necessário pedir para usarem o sobrenome da minha mãe, pois por acasos graciosos não sabiam que eu era filha de Daniel, e agradeço aos céus por isso.
Bom, coloquei um conjunto vermelho, um top e uma calça legging, fiz uma trança boxeadora no cabelo, deixando alguns fios esfarrapados, arrumei uma bolsa com o kimono e desci para o andar de baixo
Descendo as escadas ouvi vozes, Robby e meu tio estavam conversando na cozinha, até estranhei um pouco, Terry não costuma ser muito "sociável" com adolescentes, principalmente meninos, mas acho que, provavelmente, eles estão se dando bem porque Robby já é um conhecido há muito tempo, tia Liza deve ter falado bem de Robby também.
Meu Deus, a tia Liza! Me já fazem dias que não ligo para ela, Senhor ela deve estar uma fera... ou muito chateada.
-Bom dia, meninos! -disse a eles entrando na cozinha
-Bom dia, menina! - tio Terry disse se levantando e bagunçando meu cabelo, e consequentemente meu penteado, fiz uma cara de reprovação e ele se ligou no que estava fazendo, e saiu do cômodo, mas antes de sair falou novamente -desculpa, mas nem bagunçou tanto.
- Bom dia, Elle - Robby disse se aproximando de mim e me dando um beijo no topo da minha cabeça- E aí, tá animada?
- Animada? Eu mal dormi essa noite, de tanto pensar nesse dojo -falei me sentando na cadeira e mordendo uma torrada
- Nossa - soltou um "ar de risada" - mas fica calma, eles vão gostar de você.
- Não senti muita firmeza nesse "eles vão gostar de você" -falei fazendo aspas com os dedos- mas eu não ligo se eles vão gostar de mim ou não.
Falei e Robby franziu o cenho
- Eu ligo se eles pensarem que eu estou em vantagem por ser sobrinha do sensei deles ou filha do Daniel, eu sou boa, muito boa, não vou gostar e nem deixar alguém ter uma ideia errada sobre a minha capacidade.
- É, você está certa, não deixa, NUNCA dizerem que você é incapaz de algo, seja dentro ou fora do tatame. -Robby diz e olha para trás de mim, e logo tio Terry surge na cozinha
- Você ainda se preocupa com isso, você é forte garota, a mais forte deles, você vai ser a chave principal para melhorar a capacidade DELES, e você ganha esse campeonato, com toda certeza, já está na palma da sua mão -Terry disse entrando na cozinha, fazendo talvez um discurso desnecessário, já que Robby já tinha falado comigo, mas gostei das suas palavras, eram verdadeiras
-Obrigada, aos dois- olhei para ambos e voltei meu olhar para Terry- Você estava ouvindo a gente conversando atrás da porta?
- Claro que não - respondeu nada convincente
