3 ── Balcão.

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No mesmo dia, depois da tão aclamada primeira campanha de D&D de Steve Harrington e seu “incidente do armário” com Eddie, ele foi para casa receber os pais de viagem, como ele sabia que iria desde muito cedo

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No mesmo dia, depois da tão aclamada primeira campanha de D&D de Steve Harrington e seu “incidente do armário” com Eddie, ele foi para casa receber os pais de viagem, como ele sabia que iria desde muito cedo.

E como esperado, foi horrível.

Mais cedo, Steve deu partida em seu carro chorando, porque seus pais nunca tinha o esculachado quanto tinham acabado de fazer.

E o motivo era porque Steve não tinha passado para entrar em uma faculdade no final de ‘84, e ano passado, ‘85, ele tinha ficado de tentar novamente, sem sucesso. E, no ponto de vista de seus pais que estavam viajando – e distantes em todos os sentidos – Steve estaria cursando os primeiros meses de faculdade, mas, como dito, se decepcionaram quando descobriram que Steve ma verdade só tinha passado de um emprego de verão – a sorveteria Scoops Ahoy – para um outro que só pagava mais um pouco que o anterior – a locadora Family Video.

E isso tudo se devia ao fato de Steve estar sendo obrigado pelos pais a fazer uma faculdade de contabilidade. Mas, eca, Steve odiava contabilidade, e ele sempre foi horrível em matemática na época da escola. O seu negócio era escrever, ler. Ler e escrever, letras e linguagem. Desde o ensino fundamental, Steve tirava um A+ (ou algo aproximado) em matérias sobre linguagens e idiomas no geral.

Porque Steve era de ciências humanas, mas era cobrado quando não passava em uma faculdade de exatas.

O que era uma merda, já que, como dito, ele saiu de casa chorando, e o primeiro lugar que ele pensou em ir foi para a casa de Eddie. Porquê, mais cedo, Eddie tinha deixado algumas coisas claras para Steve, e mesmo que inconscientemente, ele conseguiu pegar a manha de Eddie.

E agora, ele acabou de dar três batidas na porta do trailer de Eddie, depois de estacionar seu carro bem ali na frente, esperando que alguém atendesse. Enquanto esperava, Steve olhou na direção na atual casa/trailer de Max, que ficava bem na frente do trailer de Eddie, e viu a ruiva abaixada, alimentando o seu cachorro preso em uma grade, enquanto segurava um prato de bacons com a outra mão. Steve acena para ela, fazendo ela deixar o prato no chão por alguns segundos, acenar de volta e dar um sorriso fraco para ele.

Harrington esperou mais um pouco, encarando aquela porta. Tanto que não percebeu Max atravessar a rua e vir falar com ele, se assustando quando a ruiva diz, já atrás de si, fazendo Steve virar bruscamente: — se tá procurando o Eddie, ele não tá aí. Ele tá naquele depósito perto do lago dos amantes, naquela casinha que guardam barcos, sabe? Ele pediu pra… eu te contar, se caso você viesse procurar ele aqui — avisou Max, exemplificando com um formato de telhado de uma casa com suas duas próprias mãos.

— Vim procurar ele mesmo. Desde quando você fala com ele, Max? — pergunta Steve, pondo aos mãos em seus próprios quadris.

— As vezes eu falo. De vez em quando ele põe o volume das músicas pesadas que ele ouve tão alto que eu tenho que atravessar a rua pra pedir pra ele abaixar um pouco, daí a gente acaba trocando uma idéia — brincando, diz Max. Soltando seu cabelo e guardando o elástico que prendia os seus fios agora a pouco ela mostra alguns risos fracos, quase como que estivesse tentando parecer bem, o bastante para que seus dentes apareçam e Steve consiga capturar um pouco da Max do ano passado, antes da tragédia do Starcourt.

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