Pedro era o típico Badboy. Ele possuía uma aura misteriosa. Os garotos mais difíceis o seguiam como a um "messias" e as garotas nutriam uma atração secreta por ele, talvez, até alguns garotos também.
Os professores precisavam chamar sua atenção ou acordá-lo durante a aula, pois era o aluno mais problemático entre todos do segundo ano. Sempre deixava claro para todos sua insatisfação em ser obrigado pelos pais a frequentar a escola, pois ia para lá simplesmente para fugir das ameaças de seu pai, caso não fosse perderia as regalias do garoto de classe média alta da capital. Então, ele ia. Passava de ano porque colava nas provas e os trabalhos eram feitos pelos nerds fracotes, segundo sua própria definição. Enfim, Pedro era um clichê ambulante.
O esporte era o seu lugar de conforto. Praticava todos os que tinha oportunidade, mas o seu preferido era a musculação. Aos dezessete anos já ostentava braços fortes, peito proeminente, barriga definida, bunda e pernas grandes e salientes cinzeladas pelo futebol. Sua pele era bronzeada pelos esportes ao ar livre e completavam o belo quadro de Apolo moderno. Os ombros largos intimidavam aqueles que ele decidia não serem merecedores de sua estima, assim, era comum que alunos menos confiantes de si mesmos baixassem a cabeça ao cruzar com ele pelos corredores da escola.
Ele era conhecido por exibir seu pau no vestiário depois das práticas esportivas. Nesses momentos ele seguia um ritual. Retirava a roupa suada, colocava em uma sacola e guardava na mochila, jogava a toalha no ombro, apanhava seu xampu e sabonete, depois se dirigia para os chuveiros sem divisórias, caminhando despreocupadamente enquanto o pênis balançava entre suas coxas grossas e definidas. Tomava o banho devagar, ensaboava o corpo com cuidado, contraindo os músculos das costas enquanto lavava os cabelos e exibia o dote avantajado, saboreando os olhares de tristeza, segundo sua forma de encarar a situação, dos garotos fisicamente menos favorecidos. No dia a dia usava a calça do uniforme colada para evidenciar o relevo de seus atributos aos olhos de todos. Um pacote cheio e redondo podia ser visto entre suas pernas. Ele não se importava com os olhares, se uma garota olhasse ele enchia o peito de orgulho, se um garoto ousasse olhar ele dizia, "Gostou, bichinha? É um manja rola mesmo." e seguia seu caminho repleto de arrogância e vaidade.
A atitude geral não ajudava a melhorar sua fama, pois se mantinha sempre de cara fechada quando não estava zombando de alguém. Viado e baitola era xingamentos comuns dirigidos aos garotos mais frágeis e para os que não apreciavam os esportes como algo essencial na vida de um homem. Se alguém lhe dirigisse um olhar mais torto era recebido aos socos e pontapés. O séquito de apóstolos usava de sua influência para intimidar, roubar e humilhar a quem eles desejassem. Tudo isso acontecia longe dos olhos dos professores e responsáveis, dessa forma passavam a imagem de serem inofensivos, uns filhinhos de papai sem responsabilidades.
Seu pai, um homem forte e ainda bonito para a idade, gabava-se para os amigos do filho macho, pegador, pauzudo e que não levava desaforo para casa. O vestiário do clube após o futebol era um lugar onde o pai mostrava com orgulho que o filho havia recebido o dote do pai através da boa genética dos homens daquela família. Para ele não havia nada de errado em ser truculento quando a honra de macho estava em jogo, dizia que cada cicatriz conquistada em meio a brigas ou disputas de força eram como um troféu a ser exibido numa vitrine. Essas características, de masculinidade ultrapassada, eram estimuladas e festejadas. Ele levava garotas para casa, transava com elas sem nenhum compromisso, iludindo as mais difíceis com promessas vãs de namoro. O único conselho válido de seu pai, e que seguia à risca, era o de se proteger para não engravidar nenhuma delas. Vivia segundo a cartilha de seu pai, pois cresceu ouvindo as histórias de seus feitos contadas como as epopeias dos antigos gregos e seus deuses mitológicos. A única obrigação do rapaz era de não repetir de ano e isso estava garantido.
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Contos
Short Story(Contos Eróticos... alguns NSFW 🔞) Sou alguém que gosta de escrever contos eróticos e como homem gay escrevo o que está próximo a mim. Aqui publicarei contos que escrevo misturando memórias e ficção. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, l...