O carro do papai

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3 anos...

Três anos se passaram desde que eu e Derek começamos nosso relacionamento complicado. Bom, complicado em partes, era maravilhoso estar ao lado dele e tê-lo como meu parceiro, amigo, irmão e amante ao mesmo tempo, mas complicado pelo fato de termos crescidos juntos. Ele ainda é filho da babá. Ainda é filho de Carolyn, a mulher que praticamente criou eu e Lexie.

Mas bem, deixa eu atualizar vocês de tudo que aconteceu até agora. Primeiramente eu repeti de ano no primeiro ano do ensino médio. Pois é. Foi o primeiro ano que estive com Derek e acabei me distraindo muito, resultando em repetir o ano, meus pais quase enlouqueceram.

Lexie e Mark estão namorando também, já faz uns dois anos. Mamãe e papai reagiram muito bem e agora esse moleque vive enfurnado aqui dentro de casa, mas até que eu gosto.

Izzie se mudou pra longe depois da formatura dela e de Cristina, assim como várias pessoas da nossa turma que foram para a faculdade. Os únicos que ficaram foram Mark, Owen, Cristina e Rose. A última poderia ter ido pro raio que o parta, não faz a mínima diferença pra mim. Ah, e Cristina e Owen também estão juntos.

Amelia desde que entrou no ensino médio está com problemas. Anda com más companhias e bem afastada da gente, esses tempos vi que ela chegou com cheiro de cigarro mas não falei nada para Carolyn.

E Derek e eu, bem...

-Isso realmente não é uma boa ideia.- disse virando a chave na ignição.

-Relaxa, eu tô aqui com você.- piscou pra mim enquanto colocava o cinto de segurança.

-Derek eu realmente acho que você deveria voltar dirigindo.- olhei insegura para ele que apenas apontou o dedo para a rua vazia. Estávamos algumas ruas atrás de onde morávamos e já estava quase anoitecendo.

-Você me disse que seu pai não lhe ensinou a dirigir, então eu fico encarregado desse papel. Confio em você, gatinha.- veio até mim e me deu um beijinho na bochecha. Ele sabe como me fazer sorrir.

-Fofo. Mas eu realmente acho que você não deveria confiar em mim.

-Tudo bem, é só acelerar e tirar o pé devagar da embreagem.- fiz o que ele pediu e o carro deu um solavanco para frente e apagou. Olhei assustada para ele.

-Isso era pra acontecer?

-Não mas você tá começando. Tenta de novo.- liguei o carro e fiz novamente o que ele tinha dito, o carro começou a andar para frente.

-Derek, consegui! Está andando!- sorri enquanto seguia devagar pela rua.

-Viu? É fácil, Mer. Agora só tem que virar a rua.- falou e eu senti um grande alívio. É, até que estava indo bem. Dei uma acelerada e firmei as mãos na direção.

-Eu sou boa nisso.- virei a rua com facilidade e com certa brutalidade, fazendo nossos corpos serem jogados para esquerda. Derek bateu com o ombro na porta.

-Meredith, pega leve...vai devagar.

-Tá tudo bem, eu já entendi como funciona. Olha!- virei a próxima rua, fazendo sermos jogados para direita.- Uhul!- gritei abrindo os vidros do carro e sentindo o vento bater em nossos rostos. Estávamos quase em casa.

-Meredith! Você vai matar a gente!- falou quando eu acelerei mais.

-Só mais essa!- gritei virando novamente a rua, mas dessa vez não saiu bem como eu esperava. Acabei atravessando parte da calçada e a lixeira da dona Evie foi com Deus.- Opa.

-Meredith! Para o carro!- gritou Derek. Já conseguia ver o carro do meu pai estacionado na frente da mansão.

-Derek!- disse entrando em choque.

-Meredith! Freia!- gritou mas a única coisa que eu via, era meu pai saindo do carro e se espreguiçando, super despreocupado.- Merda! Merda!- disse ele se soltando do cinto e pondo seu pé no freio, vindo pra cima de mim. Mas já era tarde demais. Quando me dei por conta, o carro de Derek bateu com tudo na traseira do carro do meu pai. Minha cabeça foi para frente e para trás com violência, assim como Derek que foi parar no banco de trás.

-Ai.- disse pondo a mão na testa, que estava doendo. Acho que bati com ela na direção. Me virei para trás. Derek estava com as pernas entre os bancos da frente e seu corpo torto jogado lá atrás enquanto se levantava com um pouco de sangue escorrendo pela sua testa. No mesmo instante me soltei do cinto.- Oh Meu Deus! Você está sagrando!

-Estou?- foi se levantando enquanto eu o ajudava. Derek olhou para frente e então seus olhos se arregalaram.

-Temos que ir para um hospital!- o olhei preocupada.

-Acho que temos problemas bem maiores agora, Mer.-franzi o cenho e decidi também olhar para frente. O carro do papai descia rapidamente a lomba da nossa rua, enquanto ele corria atrás desesperado gritando.

-Meu carro! Segurem meu carro!- ouvia ele dizer desesperado enquanto via seu carro ficar cada vez menor enquanto tomava distância da gente.

-Oh, não.- exclamei tampando a boca quando vi minha mãe na porta de casa olhando para meu pai e logo indo correr atrás dele e atrás do seu carro.- Derek, meu amor. Estamos ferrados.






Alguém por aí ainda?

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