— Você não manda em mim. — Giovanna retrucou e Alexandre assentiu.
— É verdade, não mando em você. — Ele encostou no banco novamente, ainda de braços cruzados. — Mas, pensando numa situação hipotética onde você resolve dormir com o diretor. — Ele começou. — E magicamente, no dia seguinte, a mídia está toda comentando sobre como o seu namorado foi visto frequentando puteiros de classe alta novamente.
Giovanna engoliu em seco.
— Você não faria isso, Alexandre. Sua reputação está em jogo. — A morena riu meio nervosa.
— Faria. — Ele assentiu. — Por que você que inventou aquele termo de compromisso, não eu.
Giovanna bufou.
— E não adianta bufar. Você está comigo e ponto final. — Ele disse e o garçom apareceu com o pedido deles.
Giovanna estava burbulhando de ódio. O odiava com todas as forças do mundo.
A morena nunca realmente quis pegar Leonardo - talvez uns beijos, mas nada a mais. Ele parecia sempre estar presente na vida dela, aparecendo em todas as produções que fazia, o que poderia parecer bem proposital se eles tivessem algo.
Terminou de comer rapidamente, e encarou Alexandre.
— Você está com ciúmes. — Ela disse e ele riu, limpando a boca.
— Esse é seu argumento? — Ele perguntou. — Não importa se eu tô ou não, Gio.
Ela revirou os olhos e cruzou os braços, emburrada.
— Quer sobremesa?
— Não.
Ele assentiu, se levantando.
— Vou pagar.
— Tá.
Ela respondeu seca e continuou sentada, o esperando pagar.
Quando Alexandre o fez, - o que foi observado por Giovanna, que não pôde deixar de notar a atendente babando nele - ele voltou, chamando-a para ir embora.
A morena se levantou e saiu andando na frente dele, ainda irritada.
Alexandre bufou e a puxou discretamente, entrelaçando suas mãos.
— Fica difícil acharem que somos um casal assim. — Ele a imitou, falando próximo de seu ouvido.
Ela o olhou e riu.
— Desculpa, amor. — Ela falou próxima da boca dele. — Por estar brava por você ser um cuzão. — Ela continuou falando sorrindo e beijou a boca dele rapidamente.
Alexandre balançou a cabeça rindo
Eles passaram a caminhar restaurante à fora ainda de mãos dadas
— Eu preciso comprar uma coisa. — Giovanna avisou. — Se quiser ir fazer algo que homens fazem enquanto estão no shopping, pode ir. Eu te ligo quando acabar. — Ela falou, soltando da mão dele.
Alexandre ficou confuso, e pegou a mão dela de novo.
— Não? Eu vou com você. — Ele falou, e Giovanna cruzou os braços. — Precisa comprar o que?
— Umas coisas.
Alexandre levantou a sobrancelha.
— Calcinha?
Giovanna ficou vermelha.
— Ah! Adoro essas lojas. — Ele sorriu e pegou a mão dela. — Tem uma muito boa no terceiro piso.