nove

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— Você não manda em mim. — Giovanna retrucou e Alexandre assentiu.

— É verdade, não mando em você. — Ele encostou no banco novamente, ainda de braços cruzados. — Mas, pensando numa situação hipotética onde você resolve dormir com o diretor. — Ele começou. — E magicamente, no dia seguinte, a mídia está toda comentando sobre como o seu namorado foi visto frequentando puteiros de classe alta novamente.

Giovanna engoliu em seco.

— Você não faria isso, Alexandre. Sua reputação está em jogo. — A morena riu meio nervosa.

— Faria. — Ele assentiu. — Por que você que inventou aquele termo de compromisso, não eu.

Giovanna bufou.

— E não adianta bufar. Você está comigo e ponto final. — Ele disse e o garçom apareceu com o pedido deles.

Giovanna estava burbulhando de ódio. O odiava com todas as forças do mundo.

A morena nunca realmente quis pegar Leonardo - talvez uns beijos, mas nada a mais. Ele parecia sempre estar presente na vida dela, aparecendo em todas as produções que fazia, o que poderia parecer bem proposital se eles tivessem algo.

Terminou de comer rapidamente, e encarou Alexandre.

— Você está com ciúmes. — Ela disse e ele riu, limpando a boca.

— Esse é seu argumento? — Ele perguntou. — Não importa se eu tô ou não, Gio.

Ela revirou os olhos e cruzou os braços, emburrada.

— Quer sobremesa?

— Não.

Ele assentiu, se levantando.

— Vou pagar.

— Tá.

Ela respondeu seca e continuou sentada, o esperando pagar.

Quando Alexandre o fez, - o que foi observado por Giovanna, que não pôde deixar de notar a atendente babando nele - ele voltou, chamando-a para ir embora.

A morena se levantou e saiu andando na frente dele, ainda irritada.

Alexandre bufou e a puxou discretamente, entrelaçando suas mãos.

— Fica difícil acharem que somos um casal assim. — Ele a imitou, falando próximo de seu ouvido.

Ela o olhou e riu.

— Desculpa, amor. — Ela falou próxima da boca dele. — Por estar brava por você ser um cuzão. — Ela continuou falando sorrindo e beijou a boca dele rapidamente.

Alexandre balançou a cabeça rindo

Eles passaram a caminhar restaurante à fora ainda de mãos dadas

— Eu preciso comprar uma coisa. — Giovanna avisou. — Se quiser ir fazer algo que homens fazem enquanto estão no shopping, pode ir. Eu te ligo quando acabar. — Ela falou, soltando da mão dele.

Alexandre ficou confuso, e pegou a mão dela de novo.

— Não? Eu vou com você. — Ele falou, e Giovanna cruzou os braços. — Precisa comprar o que?

— Umas coisas.

Alexandre levantou a sobrancelha.

— Calcinha?

Giovanna ficou vermelha.

— Ah! Adoro essas lojas. — Ele sorriu e pegou a mão dela. — Tem uma muito boa no terceiro piso.

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