Capítulo 15| Síndrome de Marfan

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A Síndrome de Marfan é uma condição genética que afeta o tecido conjuntivo do corpo, incluindo ossos, cartilagens, músculos e vasos sanguíneos. Ela é causada por uma mutação no gene FBN1, que é responsável por produzir uma proteína chamada fibrilina-1. A fibrilina-1 desempenha um papel importante na formação do tecido conjuntivo, e uma mutação nesse gene pode levar a uma produção anormal da proteína, resultando em anormalidades no tecido conjuntivo.

As pessoas com síndrome de Marfan geralmente apresentam características físicas distintas, como uma altura muito acima da média, membros longos e finos, dedos longos e flexíveis, peito protuberante e curvatura da coluna vertebral. Além disso, a síndrome pode afetar o coração, os olhos e outros órgãos, levando a problemas como problemas cardíacos, miopia e descolamento de retina.

Não há cura para a síndrome de Marfan, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e a prevenir complicações graves. Isso pode incluir medicamentos para tratar problemas cardíacos, terapia ocupacional para melhorar a força muscular e a flexibilidade, e cirurgias para corrigir deformidades ósseas ou tratar aneurismas. Aconselhamento genético também pode ser recomendado para as pessoas com a síndrome de Marfan e suas famílias.

Os cuidados pós-diagnóstico vão depender diretamente da condição de cada paciente. A partir do momento que se tem um diagnóstico positivo para síndrome de Marfan, o tratamento deve ser iniciado com as indicações médicas sobre quais os cuidados para que o paciente controle os riscos à sua saúde no dia a dia.

Um dos pontos de atenção costuma ser o sistema cardíaco, sendo fundamental o acompanhamento com cardiologistas.Exercícios físicos muito intensos, como esportes competitivos e de contato, são uma restrição importante para evitar complicações mais sérias. Alterações oculares também são muito frequentes e devem ser acompanhadas pelo oftalmologista. As alterações da estrutura corporal também podem demandar cuidados, especialmente orientados por ortopedistas e fisioterapeutas.

O diagnóstico pode partir de qualquer médico que acompanhe o paciente e tenha familiaridade com a síndrome de Marfan, mas pela possível multiplicidade dos sintomas, é recomendável buscar o acompanhamento de diversos especialistas. "O paciente deverá ser regularmente avaliado por geneticista, oftalmologista, cardiologista e, em razão das alterações ortopédicas, ortopedista", recomenda.

De qualquer maneira, o tratamento individualizado é de grande importância para que cada paciente entenda suas limitações e tenha umarotina saudável dentro das possibilidades do seu quadro.

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