💜Capítulo especial: A trágica e bela vida de Ashton Winsor 💜

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AVISOS: O capítulo acabou saindo menor do que o esperado mas espero que vocês gostem! Finalmente teremos um pouco do Fraser falando e embora não tenha mostrado nem 10% do que ele foi Ash, espero que consigam entender o porquê do nosso garoto ser t...

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AVISOS: O capítulo acabou saindo menor do que o esperado mas espero que vocês gostem! Finalmente teremos um pouco do Fraser falando e embora não tenha mostrado nem 10% do que ele foi Ash, espero que consigam entender o porquê do nosso garoto ser tão apegado a ele.  💜

#EtonPipeDream

ASHTON WINSOR

Encarei com desconfiança a não estendida na minha frente, à espera de uma reação minha. O dono dela me encarava com expectativa, me deixando ainda mais ansioso.

Era a primeira vez em muito tempo que alguém se oferecia para me tocar. Sei que pela visão da maioria das outras pessoas, sou apenas um garoto de rua, imundo demais para ser tocado. Mas aquele homem não: aquele homem me olhava com algo além de nojo e pena. Havia simpatia, mas não daquele tipo que me enjoava.

"Vamos, eu prometo que não vou te fazer mal. Só quero te ajudar."

Me encolhi no chão, sentindo sua aspereza contra minha pele. Levanto o olhar mais uma vez, observando sua mão macia. Ele tinha cabelo laranja, com sardas pelo rosto todo. Seu olhar me lembrava de achocolatado. E a lembrança de um doce faz meu estômago roncar.

Quando fui que comi qualquer coisa que tivesse gosto?

Talvez tenha sido isso que me deu impulso para aceitar sua mão e me levantar. Um choque correu por todo o meu corpo quando sua pele tocou a minha e quis me distanciar, voltar para aquele pequeno beco no qual eu estava escondido há dias. Mas aquele homem não deixou. Ele apertou minha mão com mais força ainda, começando a me puxar.

"Espere, eu tenho que pegar minhas coisas..."

"Deixe essas coisas aí. Vou arranjar roupas melhores para você."

Quis brigar com ele por estar sendo tão gentil. Desde o dia em que fugi do meu tio, nunca presenciei um único resquício de bondade. O mundo, o mundo sem família, sem casa, sem comida, é mais cruel do que qualquer um pode imaginar. É como o próprio inferno, que te faz desconfiar de tudo e todos, que te faz amadurecer antes da hora, que te faz treinar seus ouvidos para escutar o mínimo dos movimentos.

Não sei como aquele homem teve a coragem de oferecer sua casa para mim. Se fosse eu, sendo bem sincero, não faria isso. Cohen havia me ensinado que confiar nas pessoas era um grande erro, então porque aquele cara estava confiando em mim? O que lhe assegurava que eu não lhe roubaria, não o machucaria?

Quando ele me responde, percebo que havia feito a pergunta em voz alta: "Não posso saber o que você fará comigo quando estivermos sozinhos, mas acho que todos merecem um voto de confiança até que se mostre o contrário. Você é só um adolescente, pirralho, e está sub desnutrido, consigo enxergar suas costelas. Eu seria como um demônio se não oferecesse ajuda."

Quero argumentar, quero lhe contar sobre as coisas que meu tio me fez presenciar para saber que confiar em qualquer pessoa era uma péssima ideia. Mas não o faço, porque, de repente, o calor da sua mão contra a minha faz meu rosto esquentar.

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