Capítulo 4

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    Maiara acabou de encher os tubos com o sangue da irmã, e ainda chorando, se aproximou dela pra se despedir, mas, Marcos deu um sinal a um de seus homens, e ele bateu na Maraisa sem nenhuma dó, na frente da Maiara. A ruiva se desesperou ao ouvir os gemidos da irmã e tentou defender ela.

    – Parem! Soltem ela! – Maiara gritou.

    – Não façam isso na frente dela, por favor! – Ela pediu quando viu que a situação estava perdendo o controle.

    – Diga adeus pra sua irmãzinha!

    De um lado Maiara gritava pra soltarem a irmã, e do outro Maraisa gritava pela dor que estava sentindo. Maiara foi levada ao carro outra vez, dessa vez apagada de verdade. Ela só acordou quando chegou em casa. Não entendeu muita coisa, estava totalmente perdida. Sua cabeça doía, sua barriga também, Maiara começou a ficar agitada por não conseguir se levantar e ir pra casa, e sua única opção foi gritar por ajuda.

    – Socorro!

    Os policiais já tinha saído da casa de Maiara, tinha só dois ou três pra fazer a segurança da casa. O dia já estava terminando, provavelmente já era quase 19 horas da noite. Wendell estava no quarto de visitas, e Marilia na cozinha. A casa estava silenciosa, então Marilia não demorou a ouvir os gritos de Maiara. Ela foi até a sala olhando pelas paredes de vidro, e assim que confirmou ser Maiara, começou a gritar.

    – É ela, a Maiara tá lá fora! – Ela gritou e Wendell desceu as escadas correndo procurando a cunhada – Ali, na grama.

    Eles correram em direção a Maiara, e ela se assustou quando sentiu alguém tocar nela, mas se acalmou quando viu que era a Marilia e o Wendell. Maiara estava visivelmente assustada, ela não conseguia falar muita coisa além de "não me machuquem". Marilia abraçou ela sussurando que estava tudo bem, e depois de acalmar um pouco a amiga, Wendell levou ela pra dentro sem fazer perguntas, e lhe ofereceu água.

    – Machucaram ela. Machucaram muito, vocês precisam tirar ela de lá rápido. – Maiara falou agitada.

    – Se acalma. Vamos cuidar de vocês, pegar as informações que você tem, e achar ela.

    – Cadê a Liz?

    – Dormindo. – Marilia disse – O que eles fizeram com você? Tá sentindo alguma coisa?

    – Eu tô com muita dor, e eu tô só com 8 meses, não pode ser contração. Eu tô com medo!

    – Vamo pro hospital! – Wendell se levantou.

    – Mas e a Liz? Vai ficar com quem?

    – Vou ligar pro Luiz, e explicar toda a situação. O Noah e a Luisa estão com a babá, achei arriscado trazer eles. – Maiara asssentiu – Vamo já pro hospital. Traz a Liz, ligo pro Luiz no caminho.

    Maiara ainda se sentia perdida. Ela lembrava das coisas que viu, lembrou que cuidou da irmã e aquilo deixava ela mais calma. Mas a cena traumática dela sendo espancada não saía da sua cabeça. Ela queria poder dizer alguma coisa, mas sentiu seu corpo desligar assim que ficou tonta.

    Marilia percebeu que Maiara estava quieta demais, e tentou chamar a ruiva, mas não teve nenhuma resposta.

    – Maiara? Baixinha fala comigo. Acorda por favor!

     Marilia não poderia ficar desesperada; primeiro porque Liz estava ao seu lado, e depois porque se ela ficasse nevosa, deixaria Wendell nervoso também, e ele estava dirigindo. Então ela se manteve calma, continuou tentando chamar Maiara mas ela continuava apagada.

    Por Marilia ter experiência de uma gravidez, ela olhou o banco pra ter certeza que não tinha sangue, ou sinais de uma bolsa rompida. E pro seu alívio não tinha nada. Assim que chegaram no hospital, Wendell teve o cuidado de pegar a cunhada e levar pra dentro do hospital, enquanto Marilia pegava a Liz. As coisas começaram a acontecer muito rápido, levaram ela pra uma sala de atendimento enquanto Wendell explicava por cima o que tinha acontecido com Maiara, mas logo ele precisou sair pra ela ser atendida.

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