If I just let go, I'd be set free...

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*Esse capítulo, possui cenas de gatilho.*
(Uso excessivo de álcool, depressão, instabilidade emocional, violência fisica, abandonos de incapazes, estupro, prostituição e, tentativa de suicídio)
Essa estória, é baseada na música Heavy, de Linkin Park.

Ângela

Comprou 3 pães e se dirigiu, para a casa de dois cômodos, onde vivia com a irmã, Mariana.
Á noite, havia sido horrível.
Por mais que dançasse, sempre havia um cara nojento, que queria que ela fizesse coisas á mais.
E ela fazia.
Não porque gostava.
Mas, porque a irmã precisava comer.
Ela mentia, sempre.
Dizia que trabalhava de babá, pagava uma menina, filha da vizinha, para dormir com sua irmã.
Mas, as vizinhas, lhe chamavam de "puta", "vagabunda", "piranha" e, outras coisas piores.
Ângela, não se importava, mas Mari, sim.
Ela era só uma criança, mas, não era burra.
Ângela, teve que abandonar todas as chances de ir para uma faculdade, quando o pai, assassinou a mãe e, sua irmã foi parar no Centro de Infância e Juventude. Ela também foi, mas, logo que fez 18 anos, a expulsaram.
Ela correu atrás e ganhou a guarda da irmã, mas, só porque forjou todos os documentos.

Se fosse pega, com certeza, teria o mesmo destino do filho de uma puta, do seu pai.

O odiava.
Odiava sua mãe, por nunca ter saído desse relacionamento abusivo.
E o odiava.
O odiava mais que tudo, no mundo.

Freou sua mente e, seguiu para a casa. Havia trocado de roupa, no banheiro do terminal de ônibus.
Ela não era uma "prostituta" qualquer.
Falava 4 idiomas, sabia de arte, vinhos e comidas.
Recebia bem, mas, não tão bem o suficiente para aguentar essa carga.
Todo o dinheiro, ia para uma conta, em nome da irmã.
Era tudo pela irmã.
Entrou na casa e, a menina de 15 anos, recebeu o dinheiro e foi para casa, enquanto ela, banhou a irmã e, a fez tomar café da manhã.

Mari:Ange?

Ângela:Sim?

Mari:A tia Marcela, disse que você é prostituta, o que é isso?

Ângela:Não é nada, é só um trabalho.

Mari:Ela falou, que vai me tirar de você.

Ângela xingou baixo, ao se queimar, fritando k ovo:O que?

Mari lhe entregou uma carta. Ângela pegou o papel e leu, sentindo seu corpo todo, ser destruido.
Ela estava sendo acusada, de promiscuidade e, poderia ser presa.

Ângela disfarçou:Não tem problema nisso, aqui. Nada vai acontecer.

Mari a encarou e, comeu em silêncio. Ângela terminou de arrumar o cabelo dela e, a levou para a escola.

Assim que voltou, o dono da casa onde morava, estava lá.

Ricardo:Sinto muito.

Ângela:Sobre?

Ricardo:Você, vai ter que achar outro lugar, para viver.

Ângela travou:Eu tenho um contrato.

Ricardo:Minha esposa...ela ouviu boatos, então, não quer você morando aqui. Sinto muito, amanhã, quero que saia da casa.

Ângela tragou saliva:Então, quero todo o meu reembolso, referente aos outros 18 meses de aluguel, que estão no contrato e, se caso, não me pagar, vou entrar com um processo e fazer a sua esposa, lavar essas paredes com a língua dela.

Disse entrando na casa e, batendo a porta na cara dele.  Assim que o ouviu sair, deslizou até o chão, chorando e, cobrindo os lábios, para não gritar. O que iria fazer?

Why is everything so heavy?(Joaco Piquerez)Onde histórias criam vida. Descubra agora