Cap 5

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POV SOLUÇO

No momento em que meu pai começou a me puxar eu sabia que devia contar o que aconteceu.

- Pai! Pai, não foi com das outras vezes pai. Dessa vez eu acertei ele mesmo. - Quando que você vai me escutar? 

- Vocês estavam ocupados e eu estava com ele na mira. E-ele caiu perto do Penhasco do Corvo, tem que enviar um grupo de busca antes que ele acabe indo embora! - Soltando me bruscamente virou-se com o olhar de reprovação que eu conhecia muito bem. 

- CHEGA!! - Não esperava que ele gritasse então tive um leve susto. Eu olhei para o lado esperando que alguém me ajudasse.

 - Chega. Toda vez que você sai por aí acontece um desastre, você não vê que eu tenho problemas maiores! O inverno está chegando e eu tenho que alimentar a aldeia inteira!

Olhei para o lado indiferente. - Eh, cá entre nós bem que esse pessoal podia comer um pouquinho menos, você não acha não? - Percebi que alguns vikings pareceram ofendidos, mas quem liga?

No entanto meu comentário apenas deixou meu pai mais furioso. - Eu não estou brincando Soluço! Ugh. É tão difícil assim para você obedecer ordens. - E ai foi a minha vez de responder a altura.

- Mas é que eu não consigo me segurar pai quando eu vejo um dragão eu tenho que mata-lo. O que eu vou fazer é o meu jeito de ser, pai! - Na minha cabeça estava melhor.

Meu pai apenas suspirou e esfregou a testa - Você pode ser muitas coisas, mas matador de dragão é que não é. - Revirei os olhos . 

- Agora volta para casa. - Olhei ao redor procurando Sn mas ela estava cuidando do Cabeça-Dura, concentrada de mais para ver meu pedido de ajuda.

- Leve ele para dentro. -  Bocão veio em minha direção dando um tapa na minha cabeça. - Vou ter que dar um jeito nessa bagunça. - Enquanto eu caminhava de cabeça baixa acabei trombando com o outros Cabeça-Dura, Cabeça-Quente, Perna-de-Peixe, Melequento, Astrid e, consequentemente, Sn. Ela deve estar decepcionada comigo.

-  Você deu um show hein. - disse Cabeça-Dura enquanto sua irmã ria alto. - AI!! Qual é Sn, devagar, tá doendo. 

- Nunca vi alguém fazer tanta burrada. Valeu, hein. - Disse Melequento convencido.

- Obrigado, obrigado. Eu tentei. - Falei com a cara fechada. Ouvi um grito de dor provavelmente foi o Bocão me defendendo, do jeito dele.

Quando chegamos perto da cabana eu não me aguentei. - Eu acertei mesmo. 

- Tá Soluço, tá. - Disse enquanto me empurrava levemente para que eu continuasse andando.

- Ele nunca me ouve. - Disse expressando minha indignação. 

- AH, isso é mau de família. 

- E quando ele ouve esse sempre com aquele olhar decepcionado, sabe aquela cara murcha de quem acha tá faltando carne no sanduíche. - Quando cheguei na porta parei para fazer uma imitação do meu pai.

- Dá licença garçonete. Acho que a senhorita me trouxe o moleque errado. Eu pedi um menino jumbo com braços carnudos, porção extra de coragem coberta de glória. Olha só isso aqui é uma espinha de peixe falante! - Baixei a cabeça novamente olhando para o lado.

Imagine SoluçoOnde histórias criam vida. Descubra agora