Capítulo 2: Entrevista de emprego

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No dia seguinte, Nop encontra Mon e juntos vão até a Pink Venom colocando o papo em dia. Sobre a entrevista ele apenas diz para ela responder as perguntas com a maior sinceridade possível e sem preocupações com o que vão pensar das respostas.

Mon tenta saber mais detalhes da vaga, mas Nop desconversa e diz que é melhor a própria Jim explicar. "Então esse é o nome da recrutadora", pensa Mon.

Ao chegar na boate se deparam com uma mulher alta e super atraente saindo, ela está usando botas pretas de salto, vestida com uma calça jeans, camisa de gola alta branca, blazer bege, acessórios dourados, olhos bastante atraentes e cabelos longos castanhos, estes presos em um rabo de cavalo apenas com uma mecha solta.

- Nop! - Ela acena para o amigo de Mon.

- Oi, Sra. Nita!

Nita com o conhecido sorriso de canto de boca olha Mon dos pés a cabeça sem nem tentar disfarçar. Mon estremece com a encarada, mas mantém a postura em frente a mulher que mais parece uma Miss Grand.

- E você quem é? - Nita pergunta.

- Mon! Vim para a entrevista de programador. - Sorri para a mulher à sua frente. Mesmo sem saber quem ela é ainda, pela postura, já percebeu que é alguém importante.

- Ah sim, programador! Essa é a sua amiga então Nop?! Que linda!

Nop sorri sem graça, e Mon agradece o elogio com um sorriso e um aceno de cabeça, sem saber o que dizer.

- Eu preciso ir! Mas boa sorte Mon, espero que dê tudo certo! A gente se vê mais tarde, Nop - a equipe de Nita tem um mapeamento do próximo alvo para fazer neste mesmo dia.

- Até mais! - Nop responde, Mon apenas acena para a mulher que vai embora.

- Vem! - Diz Nop colocando a mão no ombro de Mon e a conduzindo pela entrada.

A Pink Venom é uma boate grande, arejada, com dois camarotes na parte superior e um palco ao fundo. Tem dois bares nas laterais, mesas em um canto, uma varanda à direita da entrada com puffs e sofás e na frente do palco um espaço livre para quem quiser dançar. O local tem seu requinte, mas não chega a ser extremamente luxuoso. Alguns funcionários estão organizando caixas e andando pelo saguão, enquanto uma mulher dá orientações de trás do balcão de um dos bares. Estão arrumando a boate que abrirá em instantes.

De um corredor com acesso restrito a funcionários surge uma mulher não muito alta, de vestido azul colado até o joelho, sandália de salto prata, óculos de grau, joias e os cabelos pretos soltos pouco abaixo do ombro. Ela cumprimenta todos por quem passa e para no balcão para falar com a outra mulher. Esta é mais alta, tem o cabelo com luzes, e está vestida com uma calça preta cintura alta e cropped verde escuro.

- É requisito se vestir bem para trabalhar aqui? - Mon pergunta para Nop que apenas ri.

- Jim, chegamos! - A mulher de vestido azul se vira, abre um largo e simpático sorriso e caminha até eles.

- Olá, você deve ser a Mon! - Chega estendendo a mão para cumprimentá-la.

- Sim, sou eu! Muito prazer, Senhora Jim!

- Não! Senhora não, meu amor, eu não sou tão velha assim, pode me chamar de Jim mesmo... E o prazer é todo meu, Mon - a espontaneidade de Jim é contagiante, todos sorriem.

- Me acompanhem por favor, vamos sentar naquela mesa mais ao fundo.

- Bem, Mon, você já deve ter percebido que eu vou direto ao ponto então sem delongas vamos começar! Estamos com certa urgência em preencher essa vaga de... Na parte que envolve tecnologia, essas coisas de programação e afins... Mas precisamos que seja alguém extremamente competente e de confiança. Acima da média de mercado! - Jim repara a moça por alguns segundos. Mon está sentada de pernas cruzadas à sua frente, usa terninho rosa claro, blusa preta por baixo com golas até o pescoço, tem cabelos longos castanhos escuros, olhos também castanhos, rosto angelical mas olhar firme. Ela então continua - Nop já me disse que você estudou com ele e era a melhor aluna - sorri. Li o seu currículo também! (Na verdade Jim vasculhou a vida da moça muito além do que está no currículo, quanto a competência profissional Jim está convencida, agora é entender se pode confiar e se ela terá coragem para o trabalho) - Me fala um pouco da sua experiência profissional e por que quer deixar a delegacia.

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