O toque dela carrega significado, sua negação aos sentimentos não a torna distante dele como pensa. Na verdade, a impessoalidade de suas afirmações é inteiramente vazia pois seu toque prende toda verdade que poderia ser dita entre nós. As palavras são apenas palavras, porque a forma que ela me toca é onde jaz a autêntica verdade.
Suas reações são declarações suficientes para o que deseja tanto esconder, tanto tempo apagando uma vontade de si mesma que ainda sobre a água translúcida ela não enxerga. Mas, o gemido que sua boca canta, o pequeno tremor de seu corpo e a intensa resposta que me oferece quando estamos próximos, a entrega.
Ela não me pede interesse, não deseja encontros onde posso realmente despir seu ser, não gosta de ligações tardias para ouvir o quanto perco o sono ao pensar nela. Não se agrada quando suas respostas evasivas batem de frente com meu desejo exposto; ela renega quase tudo que ofereço em intensidade nociva.
Tudo que me oferece vem com negativas antes, tudo que se dispõem a viver vem com um número limitado do que posso ou não fazer, onde posso ou não caminhar e, certas vezes suas grandes barreiras incomodam a minha falta de muros.
Embora seu corpo desconheça tal limitação, ele se entrega no primeiro toque febril, abrindo mão tão voluntariamente da resistência que se contradiz sem que note. Não é como sexo passageiro que começa de uma noite de prazeres e se finda numa manhã onde se mastiga realidade, não.
O fogo que queima entre nós é maior.
É a verdade que tanto camufla com suas deixas de ser somente um corpo querendo e buscando outro corpo, a compatibilidade que temos pode não deixá-la desconcertada, mas eu sim.
E ela não sabe o que fazer comigo.
As entrelinhas dela se embaralham enquanto ela me beija outra vez, um impulso satisfeito irrompendo de seus lábios quando minha língua adentra sua boca o sabor dela ainda mais cativante do que me lembro. Uma expectativa crescente dentro de mim quando aperto sua bunda e ela sorri contra minha boca aprovando o toque.
Desistindo de qualquer espera constituída em sua reserva emocional exponho seu pescoço, puxando os cabelos para trás e bebendo um suspiro que escapa de sua boca, é desesperado e forte. Minhas mãos inquietas pressionando-a para baixo enquanto espalho minhas pernas para lhe dar espaço.
Com os olhos fechados ela não me impede quando inverto as posições deixando-a no espaço do sofá e deitando sobre si. Ravine aproveita envolvendo as pernas na minha cintura e prendendo-me em seu aperto. É tão perfeito quanto imaginei ser, a forma que nossos corpos se encaixam e como nossos sons se misturam criando uma melodia pura e arfante.
Mãos frias em seu corpo quente desenhando o perfeito caminho de suas coxas fartas, subindo para a cintura e descansando perto aos seios, a ponta dos dedos traçando o volume rijo de seus mamilos pela renda frágil. Como um desenhista homenageia sua musa, eu gravo seus traços; a pinta acima do seio esquerdo, uma cicatriz quase imperceptível nas costas perto da lombar.
— Tão linda — Sussurro. A respiração quente em seu pescoço e a mão dela acariciando meus cabelos, agora no entanto sem força.
Mas, principalmente, eu bebo de suas respostas que aumentam ainda mais quando adentro o tecido de seu sutiã tocando os seios desnudos, sinto o arrepio passando pelo corpo dela e pego tudo.
Desnudando-a do pequeno tecido, subindo-o quando os braços se erguem em um pedido ou uma permissão. Dou-me um momento para apreciar o semblante de expectativa e o calor que se derrete sobre seus olhos a deixando incrivelmente linda, como uma obra de arte pronta para ser eternizada.
Se eu pudesse desenhar a maciez de sua pele ou como gradativamente se sobressalta quando toco-a sem impedimentos. Talvez, se me fosse possível registrar em tinta a sonoridade dos gemidos quando desço minha boca para o caminho entre os seios ou seu arfar quando minha língua perpassa pelo mamilo tenso.
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Partenon • Jjk • Longfic
FanficRavine é uma dançarina independente com um futuro promissor de bailarina na melhor faculdade que poderia sonhar. Longe de todos os olhos ela se torna outra, a deusa que dança no Partenon enfeitiçando seus clientes, mas uma noite conhece um homem que...