6. Φιλί

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O beijo em sua essência ou naquilo que interpretamos sobre o ato é o começo de muitos ciclos, embora em poucas palavras beijar tornou-se banal. A relevância que deveria não começar com um grande sentimento, mas provir dele se inverteu. Mas, para mim, beijo era sinônimo de intimidade.

Não somente uma boca, mas um coração palpitando, batidas que se aceleram em expectativa e uma espera prestes a ser findada. Uma troca que começa nas breves respirações antes do momento desejado, ali se cria história.

Quando nossos lábios tocam, uma nova história é escrita. 

Existe uma linha entre nossas fantasias e a realidade, mas quando eu a beijo, todas as linhas são ultrapassadas. Porque não importa quantas vezes tenha fantasiado ou como nossa realidade se apresenta, a entrega dela é ainda mais gostosa do que pensei que seria. Ela não me beija somente com sua boca, o corpo dela se move como se o ósculo envolvesse a si por completo.

Puxo seu corpo para mim, levado pela necessidade de sentir seus braços ao meu redor, desejando um contato com a pele quente e principalmente por querer estar mais perto. Como se uma parte de mim almejasse consumir uma parte intocada dela, e ainda que tendo a si entregue neste instante buscasse por mais. 

A maneira como seu suspiro ecoa em meus ouvidos antes de nos beijarmos novamente puxando meu lábio, não existe afobação, nenhuma ansiedade acelerando nossos movimentos. É como uma degustação lenta, apreciativa e embora lhe falte pressa, é uma vontade que se mostra calma, mas não menos intensa.

Você vai me matar — Digo com a respiração fugindo do controle, assim como meu próprio controle começa a se romper, rapidamente. 

Ela encantadoramente sorri para mim, deixando um sopro de ar no meu pescoço e sem grande motivo eu acompanho-a. 

— Só do jeito bom. 

Ela é o pecado que quero cometer.

Meu corpo esquenta os beijos dela descem demorando-se, mas quando antes demonstrava calma agora é pura agitação. Sinto o corpo dela estremecer quando posiciono minhas mãos nas coxas dando um aperto forte, levanto-me consigo em meu colo somente para deitarmos no sofá.

Atena prontamente abre as pernas permitindo que meu corpo se acomode, um impulso acidental arranca um arquejo de si e a visão da pequena fração de prazer dela envia uma pontada de excitação para o meu membro. 

Permito a mim mesmo um tempo para observar seus olhos intensos, a boca gostosa que emana suspiros e o corpo dela que parece necessitar tanto de libertação. Quando seus olhos encontraram os meus o questionamento nas orbes vem facilmente e com ele a vulnerabilidade dela se mostra.

Ela é como a verdadeira deusa neste momento.

Encantando um homem que deseja demais e que espera muito mais quando consegue ter um pequeno vislumbre de quem a mulher por trás dos mitos pode ser. Mas essa noite, eu não quero a deusa que se esconde atrás de um nome, que carrega outra história ou que dança intocável em um palco que não a merece. 

Eu quero a mulher verdadeira. 

E que se for para gemer um nome, que seja da mulher que me cativou, a mulher que mostra vulnerabilidade e reserva nos olhos e desejo no corpo.

— Qual o seu nome? — Pergunto. As minhas palavras soam como sussurros íntimos e esperançosos.

Ela me beija uma vontade acendida e as pernas me envolvendo quando um suspiro escapa da minha boca, mas logo ela o toma para si. Ela me beija como se fosse a última vez antes da despedida, sem reservas e sem controle, a parte mais crua de seu desejo liberta. 

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