treinamento sem um objetivo específico #2

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Rubby acordou em um lugar ridiculamente iluminado, seus olhos arderam quando abertos. Estava em um quarto pequeno, todo branco com janelas grandes abertas entrando uma brisa fresca de verão por elas, junto, é claro, de muita luz solar que refletia no chão e paredes claros. Além disso Rubby notou um sofá de estofado vermelho perto de uma das janelas, coberto com um pano e livros pousados em seu braço, uma cadeira próxima a cama que estava e um criado mudo ao lado de sua cabeça, em seguida dele, uma porta de madeira entalhada
Nojento.
A pequena guardiã levou alguns segundos antes de notar duas energias no quarto, do lado oposto de para onde seu rosto estava virado, com auras preocupadas e cansadas.

Rubby odiava o sentimento de preocupação.

A garota levantou o rosto, ainda com os olhos ardendo e olhou para o lado, as duas auras ficaram alertas e uma delas se levantou.

Ao olhar em sua direção, Rubby viu um Frisk, ou uma Frisk, de cabelos cheios e fofinhos, pele clara e roupas coloridas, segurando uma tigela de salada de frutas.
O outro era Core, claro que era o porra do Core Frisk.

– você finalmente acordou. – disse com sua voz não humana.

– acordei. Aonde eu estou? – Rubby suspeitava de onde estava por causa da presença de Core, mas perguntou mesmo assim.

– Omega Timeline. – disse Core, devagar enquanto pegava a tigela de frutas da mão daquela outra Frisk e entregava para Rubby.

A guardiã não fez questão de pegar a tigela.

– aonde está meu pai? – lembrar do pai a despertou por completo, as memórias vindo após estourarem uma frágil barreira que ela construiu para não chorar de novo.

"É claro que não a amo. O que você acha? Veio como algo indesejado e agora estou sendo obrigado a ficar criando uma criança que não pedi. Acha mesmo que algum dia eu te amaria?"

As lágrimas voltaram rápido demais, a pequena guardiã se repreendeu por estar assim na frente de Core, que começará a emanar uma aura de pena e preocupação. O que deixou Rubby irritada, não precisava da pena de Core. E não queria.

– me deixem sozinh- – o som da porta abrindo interrompeu a garota.

Rubby olhou rapidamente para a porta, não tinha sentido energia nenhuma e isso a deixou mais confusa ainda, ninguém deveria ser capaz de esconder sua aura de um guardião. Mas na porta não era um Frisk aleatório ou até mesmo um Sans que ela nunca ouviu falar.
Era seu tio, Dream Guardian.

۝ 

Isso fora a gota d'água.

Dream olhou para Core e a tal Frisk que Rubby já havia esquecido que estava ali e maneou a mão.
Ambos saíram, entregando a tigela com frutas ao guardião e fechando a porta.

Ótimo. Estava sozinha com o tio.

Dream se aproximou, silencioso, e se sentou na cadeira que a garota havia notado a alguns momentos atrás. Ele a olhou, ainda silencioso, ambos se encaravam em silêncio, e nenhum ousou se mexer pelo que para Rubby pareceu uma eternidade, seu corpo estava doendo.

O guardião suspirou, relaxando o corpo e se apoiando no encosto da cadeira, Rubby estava em estado de alerta e tudo que sua mente gritava era para sair dali. Mas ela não saiu, na verdade, se apoiou no travesseiro atrás de si e relaxou o corpo.

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