mudanças no percurso

capítulo 10

Não, me entendo, a presença da Wili me conforta me deixando livre, ela está em minha casa que em breve estarei com ela todos os dias só de pensar nisso o meu coração fica quente, mas um quente bom.

Estávamos  conversando, quando a toda vez que olhava para ela os meus olhos iam em direção para a sua boca, no seus lábios tendo uma vontade de sentir ele nos meus, como se tivesse uma imã para puxá-los,

Ela tinha pedido um copo de suco, fui na geladeira despejei em um copo que havia pegado no armário e lhe entreguei em sua mão, que acabou se esbarrando um no outro o que me fez dar um impulso de querer os seus lábios no meu, que com muito relutar acabei  me segurando mudando a rota dando um beijo prolongado em sua bochecha, sendo que estava querendo em outro lugar.

Me distanciei um pouco tendo um pouco de espaço entre nós vendo que suas bochechas estavam vermelhas tanto a dela quanto o meu estava quente deixando ela tomar o suco.

— se importa? Perguntei referindo ao beijo.

— como é na bochechas não, só me pegou desprevenida.

— Você quer que eu te avise então?

— não estava esperando, só apenas isso, falou continuando bebendo o suco.

— não somos amigos?

— somos, confirmou 

— Então, minha amiga, posso dar um beijo, abraço quando quiser? Perguntei 

— pode sim, já que somos amigos que vai se casar e morar juntos, falou a nossa situação me fazendo rir.

— Eita, ferro em, que situação.

— pois é, ah e não se preocupe não vou falar nem para o meu amigo, ninguém além de nossos pais saberão, falou e concordei — mas agora posso fazer da mesma forma? Perguntou.

— pode, falei concordando

— Muito obrigada pelo suco, meu noivo, disse beijando a minha bochecha.

— De nada, querida, falei rindo.

Já era tarde, queria que ela ficasse aqui mas não quis a força a nada que não quisesse, mesmo estando ainda triste com o seu pai ela foi para casa deles e eu a levei para lá já que  foi eu quem a trouxe.

Havia chegado tarde em casa, já era noite fiquei a conversa com o Max a tarde inteira, a minha vontade era de ficar lá mas fui para casa pelo fato de conversar com a minha mãe primeiro e foi o que eu fiz assim que cheguei em casa, ela ficou triste de saber que não ideia morar lá, mas por um lado alegre pois estaria a morar com o professor depois que casássemos que não estaria sozinha.

— mãe eu já vou me mudar qualquer dia.

— fique até você casar, para que sair de casa por agora? Perguntou à minha mãe — não precisa disso, completou

— mãe a senhora sabe que estou triste ainda pelo pai.

— Eu sei querida, pense com calma, não faça as coisas precipitadas?

— Eu não estou fazendo mãe.

— até concordo depois de casar, mas por agora minha filha?

— Eu não mudo a minha palavra, mãe, como falei com o pai na frente do senhor Affonso e do Max ele me sugeriu de ir para casa dele e meu pai acabou preferindo de ir morar com ele do que sozinha, assim que tinha falado meu pai chega na cozinha.

— e sério que você aceitou isso? Perguntou para o meu pai.

— é melhor do que morar sozinha, pelo menos nós conhecemos ele.

— e por acaso você sabe da índole dele, se ele é de caráter ou não?

— Não faça caso, Meire.

— não faça caso! A nossa filha quer sair de casa por causa desse casamento que vocês inventaram.

— Você sabe muito bem disso, e ela já está grande.

— Tá vendo o por que que eu quero sair de casa? São vocês mesmo que me prendem.

— não aceitam, eu tomar as minhas próprias decisões, tem que intervir, só quero que me entenda, falei por último quase chorando.

— Eu te entendo querida, falou minha mãe.

— Então por que não me deixam ir, parece que não quer me ver feliz, falei saindo dali indo para o meu quarto, fiquei deitada olhando para o teto enquanto as lágrimas escorriam silenciosamente em meu rosto ficando assim por um bom tempo que nem vi a hora que acabei dormindo.