Como segunda filha do Rei Viserys I, Daenys não era a quem todos na corte e no reino prestavam atenção. Ela estava satisfeita em viver na sombra de sua irmã um ano mais velha, Rhaenyra, se isso significasse que ela poderia ler livros exóticos com hi...
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Com seis meses, Aegar era uma criança esperta até demais, dando algumas dores de cabeça e bolhas roxas embaixo dos olhos dos pais.
Diferente dos outros dragões, Khraxes odiava ficar no Foço, sempre se recusando a se separar muito tempo de Aegar, o que o deixava bem próximo de Daenys e Daemon também. Os Targaryens eram acostumados a serem cuidados pelos seus pais – diferente de outros lordes e ladys de Westeros –, então era natural que o casal cuidasse do dragão bebê enquanto ele era pequeno o suficiente para não saber caçar e nem voar sozinho.
O dragão bebê mal sabia produzir a própria chama ainda, embora já demonstrasse que seria feroz: ele estranhava qualquer um perto de Aegar que não fosse seus pais, chegou até a morder Viserys, embora seus dentes ainda eram pequenos demais para romper a pele, então nenhum mal aconteceu com o rei, mas rendeu boas gargalhadas ao avô e ao pai do menino. Com o nascimento de Aegar e Khraxos, agora tinha duas novas crianças e dois novos dragões na família, algo que deu uma nova vitalidade ao rei – mais do que qualquer filho que ele tinha, ele estava mais do que maravilhado com seus netos.
Com Rhaenyra e Daenys ele ainda conseguiu estar presente na primeira parte da infância antes de Jahaerys morrer, ele se tornar rei e ficar ocupado demais com seu novo papel, com seus filhos do segundo casamento, eles nunca pareceram dele de verdade, se fosse honesto consigo mesmo. Às vezes, no fim da noite quando Alicent se deitava ao seu lado, ele pensava que deveria ser um pai melhor aos três mais novos, mas era tarde demais, Viserys não conseguia ficar na presença deles por muito tempo sem se lembrar que eles só nasceram porque Aemma estava morta.
Não era justo nunca foi, mas os pensamentos eram coisinhas viciosas que não se tem controle, assim como os sentimentos de um luto que não pode ser sentido.
