Como segunda filha do Rei Viserys I, Daenys não era a quem todos na corte e no reino prestavam atenção. Ela estava satisfeita em viver na sombra de sua irmã um ano mais velha, Rhaenyra, se isso significasse que ela poderia ler livros exóticos com hi...
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Se Daemon achava que um filho era trabalhoso, agora que tinha dois ele sabia muito bem a paz que era. A bebê recém-nascida, Daenys se recuperando do parto exaustivo e os preparativos para a mudança da pequena família para Pedra do Dragão estava demandando toda sua energia.
Viserys tentou de todas as formas evitar que eles se mudassem, mas estava na hora e Daenys, depois da discussão com Rhaenyra, estava ainda menos tolerante à política da Corte e do Conselho – de Alicent ainda mais, agora que nenhum de seus filhos eram mais criancinhas, ela tinha todo o tempo do mundo para irritar Rhaenyra e Daenys; Daemon quase a degolou quando ela tentou ordenar que Daenys fosse apresentar o bebê para ela, como se eles tivessem algo a provar. Se em perfeitas condições Daenys riria sob a ordem sem mover um músculo, nas condições que o parto de Daenerys tinha deixado-a, ele nem contou a esposa, apenas negou ao servo e disse que cortaria a garganta e queimaria o corpo de quem tentasse estressar sua esposa. Se sua raiva não fosse suficiente, Daemon tinha certeza que o dragão de Daenys que sobrevoava a Fortaleza de Maegor sem pausa seria um aviso mais do que eficiente. Canibal, sem ver sua montadora desde que ela entrou em trabalho de parto, precisava apenas de um motivo para queimar toda a cidade, e Alicent sabia muito bem, as asas gigantes fazendo sombra em sua janela.
Deixando Daenys dormindo na cama do casal, ele pegou a bebê Daenerys no colo e a embalou, escutando os pequenos sons que ela fazia em seu sono pacífico. Era a coisa mais interessante observar as diferenças dela e de Aegar – que também dormia, mas agarrado à mãe na cama –. No que seu primogênito era calmo, Daenerys era toda chutes e movimentos, mesmo no mais profundo dos sonhos; ela chorava alto, deixando impossibilitado qualquer pessoa a ignorar. Ele sabia que ela seria uma força a ser reconhecida quando crescesse, e mal podia esperar para conhecer sua personalidade.
Enquanto a embalava, ele resolveu sair do quarto, querendo dar um passeio e exibir a princesinha para todos, embora não deixasse ninguém carregá-la. Sabendo que seu irmão estava nos jardins, ele foi até onde sabia ser o lugar preferido do Rei, querendo a companhia de seu irmão, sabendo que depois que se mudassem, esses encontros não seriam mais tão frequentes – mesmo que estivesse a um voo em Caraxes de distância.
