shidou ryusei

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parei em frente à casa absurdamente iluminada, tanto por fora quanto por dentro, lotada de pessoas que eu pouco conheço; algumas fumando, outras bebendo, aquelas batendo maior papo, ou se pegando... botei a língua para fora em desgosto, festa de faculdade é realmente uma nojeira. então, por que estou aqui? oras, pela minha querida amiga 'verdinha. são nesses locais que posso tê-las facilmente, é apenas uma jogada de charme, já tenho o fininho na mão.

baguncei meu cabelo de modo despojado, tomando meu rumo para a baderna. sinceramente, não conheço muita gente da faculdade, sou reservada, gosto de ter meu próprio espaço, mas o esforço que faço para vir à esses locais, sempre valem a pena. tem algo melhor do que curtir a brisa? não mesmo!

percorri meu olhar pelos cômodos, mordiscando minha unha, logo tratando de pegar um copo com bebida na mesa ao meu lado. andar por aqui é complicado, todo mundo fica se esbarrando, derramando álcool, e os caralho. puro estresse. suspirei virando o copo, acabando com o líquido em poucos segundos, deixando em um canto qualquer. subi as escadas, tendo uma ideia de onde meu destino possa estar, e nesse caminho, um cara me parou, nitidamente embriagado, sorriu para mim.

— com licença, está me atrapalhando. – falei simples ao fazer um gesto para que ele saísse.

— que honra atrapalhar uma gatinha dessa. – prestes a encostar a mão em meu rosto, não deixei, dando um tapa. – não seja difícil, garota! – irritado, me empurrou bruscamente para o lado, batendo minhas costas na parede, e me prendeu ali.

— você é idiota? não sabe aceitar um não?– arqueei a sobrancelha, entediada.

— eu tenho tudo o que eu quero... – enquanto o menino estava distraído, falando muita merda, peguei a canivete escondida em minha bota de cano alto, encostando a lâmina afiada no pescoço dele. – o... que é isso...? – notei ele engolir à seco pelo medo, e eu ri.

— me solta, ou eu te mato, agora mesmo. – sussurrei em seu ouvido, próxima à ele, para ninguém ver a situação.

— me desculpa, por favor! não faz isso. – senti seu corpo tremendo, então voltei a guardar a canivete, empurrando ele.

— faça isso novamente, e não te pouparei. – sorri travessa, dando tapinhas em seu rosto.

gargalhei ao vê-lo sair desesperado, como se eu fosse realmente mata-lo na frente de todas essas pessoas. voltando a andar, tratei de ser um pouco mais rápida, para que ninguém entrasse em meu caminho novamente.

— ah, finalmente. – agradeci aos deuses por ter chegado, então abri a porta e me deparei com o grupinho, fumando na maior paz.

— demorou hoje, princesa. – sorri, fechando a porta atrás de mim.

— um sem noção me atrapalhou. – dei de ombros, me dirigindo ao mais velho dali. ele estendeu o braço, segurando minha cintura quando cheguei perto, puxando-me para sentar em seu colo.

— e quem é o filho da puta? – perguntou em um tom irritado. achando graça, soltei um riso baixo, pegando o beck que estava entre seus dedos.

— não é como se eu não soubesse me defender, oliverzinho. – pisquei para ele, logo em seguida tragando. – ahh, você sempre tem as melhores. – abobada, deitei minha cabeça no ombro do esverdeado, soltando a fumaça.

— as melhores para a melhor. – sussurrou, deleitando-se em um aperto na minha bunda.

aiku oliver é um cara que conheci no ensino médio, naqueles tempos a escola era um porre, eu ficava absurdamente estressada com tudo, até que conheci o rapaz dos lindos olhos com heterocromia, que me apresentou ao mundo da cannabis. de início, tirava dinheiro do bolso pra poder comprar a plantinha, e durante esse tempo, fomos pegando certa intimidade, nos tornando amigos próximos... extremamente próximos. oliver é um pervertido mulherengo, apesar de eu achá-lo super bonito e gostoso, lhe dou prazer apenas com o intuito de receber minha recompensa. desde que começamos com essa brincadeira, nunca mais tive de pagá-lo com dinheiro, e sim, com sexo.

imagines blue lockOnde histórias criam vida. Descubra agora