itoshi rin (pt 2)

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depois de ter uma bela crise existencial em frente ao espelho, resolvi tomar um banho gelado para poder me refrescar e, principalmente, esfriar a cabeça. estou no banheiro do quarto do rin, porque eu não sou louca de ir no do corredor, vai que o estranho do sae entra e dá uma de tarado, ainda mais que a porta de lá 'ta quebrada... esquece, estou pensando merda, de novo.

suspirei, arrepiada com o toque da água gelada no meu corpo, entrando logo de uma vez. porra, eu odeio banho assim, prefiro quente fervendo, mas agora, eu estou precisando disso. passei as mãos em meus cabelos molhados, tendo uma leve sensação de estar sendo observada. fala sério, como que eu consigo ser tão paranóica desse jeito? devo ter algum problema mental, provavelmente sou esquizofrênica, isso deve explicar muita coisa.

do nada, comecei um conflito dentro da minha cabeça, entre mim e eu mesma. o fato de eu ter transado com o sae está me incomodando muito, um lado meu está satisfeito, outro lado está um completo caos, achando que minha amizade com o rin vai acabar por conta disso. tipo, é só eu manter isso em segredo, não é?

óbvio que não!

o itoshi mais velho é muito boca aberta e gosta de provocar, então eu estou na merda, bem na merda mesmo. pelos deuses, a única coisa que eu não quero, é que o rin se afaste de mim. por mais que às vezes ele seja fechado e grosso, é um amor de pessoa. demorou pra ele se soltar comigo? sim! mas eu insisti na nossa amizade, porque eu sempre soube do quão bom ele é... acho que vou chorar se eu continuar pensando nessas coisas.

depois de tanto ficar em baixo da água, apenas pensando, peguei o sabonete para me limpar, esfregando no meu corpo em movimentos lentos. poderia demorar muito nesse banho, porém não sou eu quem vai pagar a conta de água, pois me sobra ser rápida. assim fiz, terminado minha ducha, estava prestes a desligar o chuveiro.

e adivinhem?

fui impeça, pela segunda vez nessa madrugada. senti uma mão passando pela minha cintura e me agarrando, puxando-me até estar colada num corpo qual eu desconheço, e em seguida, a outra mão tampou minha boca, impedindo-me de gritar por conta do susto. meu coração acelerou, o desespero me tomou conta, caralho, esse vai ser o meu fim? eu vou morrer? sério que a última coisa que eu fiz, foi sexo com o sae?

você é uma puta, sabia? – foi sussurrado em meu ouvido, e eu pude reconhecer a voz... entrei em pânico, sem saber o que fazer e sem nem poder falar. – que inferno, não acredito que transou com o meu irmão.

sim, é o rin. eu não estou assustada somente pelo fato de ser ele, mas também por ele estar pelado! duro! e ainda roçando em meio às minhas nádegas. o garoto deixou nossos corpos ainda mais juntos, e a sua mão em minha barriga, subiu vagarosamente até chegar em meus seios, beliscando o mamilo enrijecido de um deles. soltei um arfar abafado por conta da palma de sua mão na minha boca, me impedindo de soltar qualquer som possível.

— era pra mim ser o primeiro! – esbravejou, apertando com força o bico do meu peito, me deixando fraca com tão pouco.

em um rápido movimento, ele me virou para ficar à sua frente, me prensando na parede, e o toque gélido do azulejo em minhas costas foi o bastante para arrepiar-me dos pés a cabeça. rin se manteve próximo, me olhando de maneira intensa... os olhos azuis pareciam transmitir muita raiva, e sua feição não está nada boa.

— por que deu essa chance à ele? – perguntou em um tom decepcionado, um nervosismo me preencheu, e eu não soube o que responder.

— c-como assim? eu não sei do que você está falando, rin... – sorri torto. o itoshi não gostou da minha resposta, então aproximou a mão no meu rosto e segurou com força, me forçando a olhá-lo.

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