nagi seishiro

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como pode existir um dia tão chato como domingo? fala sério, até segunda consegue ser melhor!

hoje, em pleno domingo, me encontrava deitada no sofá, de ponta cabeça, com as pernas pro ar. pensando em alguma coisa de legal para fazer, mas nenhuma ideia veio. bom, pelo menos não está calor. o tempo hoje é razoável, bastante vento, céu cinza... tudo para aumentar minha tristeza, isso sim.

estava quase entrando em colapso, quando minha mãe viu a situação e deu-me uma brilhante ideia. e eu enlouqueci! como eu não havia pensado nisso? visitar meu melhor amigo e encher o saco dele, isso nunca se passou pela minha cabeça.

agora estou à caminho da casa de nagi! pra falar a verdade, não sei como sou amiga desse menino, ele está sempre jogando, jogando e jogando. quando me mudei para a escola dele, comecei a pegar em seu pé, o garoto nunca reclamou e nem mesmo mandou eu ficar longe, muito ao contrário! ele começou a conversar mais comigo e, agora, nos tornamos melhores amigos. mesmo que ele esteja sempre com aquele bendito videogame, eu não me importo nem um pouco, às vezes até me interesso pelo o que ele está jogando.

na real, o que mais importa pra mim, é a companhia dele. ele é o tipo de pessoa que não fala muito, mas escuta bem. geralmente, quem ficava à minha volta, acabava se afastando de mim, porque eu falo demais, sou muito inquieta e essas coisas. as pessoas sempre me acham chata e irritante por isso. menos nagi, ele foi o único que me aceitou do jeito que sou. é o que eu penso pelo menos... ou ele deve me odiar, mas tem medo de falar. não sei, não gosto nem de pensar nessas coisas porque me sinto insegura.

enfim, depois de tanto pensar, cheguei rapidamente na casa do albino. prestes a bater na porta, ela foi aberta pela sra. seishiro, nos dando um leve susto. ela sorriu abertamente para mim e me abraçou apertado.

— s/n! que surpresa te ver aqui. – falou alegre, e retribui seu abraço da mesma forma.

— como você está, tia? senti saudades. – nos separamos e ela segurou minhas mãos.

uma das coisas que eu mais adoro quando venho para a casa de nagi, é a mãe dele. ela é simplesmente um amor! me trata da melhor forma possível, e vez ou outra ficamos contando fofocas. até sinto como se ela fosse minha segunda mãe.

— estou bem! também senti sua falta. – afagou meu cabelo e eu sorri abobada. – me perdoa que eu estou apressada, preciso sair e ainda bem que você veio para ficar com o nagi. – acenei a cabeça.

— tudo bem, tia! se cuida viu? – falei assim que ela
passou por mim.

— juízo vocês dois. – falou alto, entrando no carro.

ao vê-la indo embora, me virei para entrar na casa, fechando a porta, por fim, trancando. como todas as vezes em que vim aqui, a residência está um completo silêncio. a sra. seishiro sempre saindo, e o nagi no quarto jogando, com toda certeza.

tive um plano maléfico e comecei a rir baixinho, maldosa, com ideia de querer assustar o garoto. mesmo que ele esteja neutro maio parte do tempo, o seishiro é muito fácil de assustar, e ver aquela carinha assustada, não tem coisa melhor. retirei meu tênis na entrada, deixando encostado num canto, e fui-me andando na pontinha do pé para não fazer barulho. comecei a subir as escadas, devagar, degrau por degrau, tudo para meu plano ser executado com perfeição.

ao chegar ao primeiro andar, adentrei o corredor, parando de frente para o quarto do albino. a porta está semiaberta. mordi meu lábio nervosa e segurei a maçaneta, empurrando lentamente. por mais que isso seja divertido e me arranque muitas gargalhadas, o momento é muito tenso, e isso acaba atacando meu nervosismo. segurei minha respiração, inclinando a cabeça pra frente para ver por dentro do cômodo... e meu coração parou.

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