Carta Aberta.

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Espero que pelo menos leiam isto.

Caras leitoras,
ontem eu fui dormir lendo alguns comentários aqui, no Wattpad, e sinto que preciso abrir o coração com vocês, especialmente porque ultimamente estou vivendo um misto de coisas e emoções que estão me afetando bastante.

Estava pensando em somente postar isso no Instagram, mas sinto que essa carta será essencial para que vocês, leitoras que me acompanham, possam entender um pouco mais como me sinto em relação à esta história.

Eu, como escritora independente do wattpad, acho que vocês já sabem que o app não é monetizado, então nenhuma de nós escritoras que publicamos nossas histórias aqui ganhamos realmente algo com ela. Quero dizer, algo que possa nos ajudar financeiramente e compensa nosso trabalho de escrita, sabe? Escrevemos para vocês simplesmente porque gostamos mesmo, e é gratificante ver pessoas nos apoiando em algo que pode um dia se tornar algo maior, como uma carreira. (Eu, por exemplo, pretendo ser escritora de livros físicos um dia, e esse início no wattpad está sendo essencial para minha evolução, vocês me ajudam muito mesmo).

E é justamente sobre isto que quero falar há muito tempo com vocês.

Como já devem perceber, muitas coisas mudaram desde que iniciei a segunda fase da história. Mistérios, dramas, reviravoltas, tudo isto está surgindo à milhões nos capítulos atuais, coisas que na primeira fase não foi muito focada, e é aqui onde está o problema.
Eu não sou nada satisfeita com essa história. Em grande parte, não gosto dela.

E o porquê, é simplesmente porque ela é imatura. Os primeiros capítulos me torturam, todo desenvolvimento e escrita me fazem querer chorar, e odeio com todo coração a forma como escrevi ela. Não só os primeiros, todo capítulo tem algo que eu me arrependo amargamente de ter escrito, e vejo que o motivo é este mesmo: por falta de experiência, eu criei uma história bastante imatura, até porque eu meio que comecei a escrevê-la por diversão mesmo, não a tratava com a dedicação e importância que trato hoje.

A história em si, a relação entre os personagens, suas personalidades, seus desenvolvimentos, tudo isto é terrível. Eu não sabia como escrever uma história, então fazia de qualquer jeito. Eu estava bem na fase completamente apaixonada pelo Vinnie Hacker, era pandemia, eu não tinha nada pra fazer, então me joguei de cabeça no wattpad mesmo, só para ver como era. E foi bom, porque me tirou bastante da bolha de angústia que o mundo inteiro estava vivenciando naquela época.

Se vocês, que leem os capítulos atuais, voltarem lá no início, verão que nem mesmo parece a mesma história. Tudo está completamente diferente agora. A escrita, os personagens, o universo todo em si. No início era como uma fanfic de um famoso mal feita, e agora eu me dedico pra criar uma trama interessante e bem desenvolvida. Complexa. Como se estivesse escrevendo um livro.

E o motivo é, conforme o tempo foi passando, eu fui amadurecendo com ele. A pandemia foi deixando de existir, retornei aos poucos à minha vida normal, voltei a conviver socialmente, voltei aos estudos, fui me desligando do tiktok... E enfim, acho que vocês já sabem que hoje em dia, mesmo que eu tenha um carinho enorme pelos quase três anos que estive no fandom e foram anos mucho loucos, nem mesmo acompanho mais o Vinnie. Quero dizer, não acompanho o tiktok em geral, minha vida agora está focada num único rumo extremamente importante: faculdade/meu futuro. Consequentemente tudo ao externo deixa de ser tão importante quanto um dia já foi.

E é aqui onde eu preciso confessar: teoricamente, essa história devia ter sido largada e esquecida em meados do capítulo 30. Que foi a época em que eu não conseguia mais associar essa história ao Vinnie ou qualquer motivo que eu tinha inicialmente. Eu não tinha mais o porquê continuar escrevendo uma história sobre ele se me afastei tanto. Foi meio estranho para mim, sabe? Tanto que imaginar ele como o personagem tinha se tornado algo estranho, eu não conseguia associar a Margot, que é uma personagem completamente fictícia, com alguém que existia de verdade. Era tipo uma desconexão existencial da visão que eu tinha sobre a história no começo. Ela poderia ter perdido o sentido ali, e então eu teria desistido dela.

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