Arthur se assustou com o grito da mãe, se sobressaltando. Dulce usava um vestido grafite e branco, com um broche prata abaixo dos seios (ainda daqueles modelos de vestido para gestantes, que só tinha duas camadas por um todo), a seda do vestido criando uma cauda no chão. Nina arrancou o bico de mamadeira da tampa da garrafa.
Nina: Um grito e eu viro tudo na boca dele. – Avisou. Dulce estava com as mãos estendidas, imobilizada.
Dulce: Por favor. – Implorou – Eu faço o que você quiser. Por favor.
Nina: A rainha implorando? – Arthur se retorcia no colo de Nina. Queria a mãe. – Essas crianças nem eram pra ter nascido. Eu só deixei você entrar aqui porque Pablo não queria lhe perder de vista. Mas é claro que você ia reverter tudo.
Dulce: Pablo? Que tem Pablo a ver com isso? Nina, me dê Arthur, por favor. – Disse, avançando. Nina abriu a boca do menino a força, levando a garrafa.
Nina: Nem mais um passo. – Dulce se imobilizou, e ela afastou a garrafa – Sim, Pablo. Eu dei o aviso sobre Willow Creek, estraguei tudo, coloquei a culpa em você, mas você tinha que se safar.
Dulce: Você é a espiã. – Murmurou, ainda paralisada. Queria gritar. Um grito seu, e Anahi ouviria.
Nina: Desde a época de Rubi. – Disse, revirando os olhos – Era eu a levar os bilhetes de um pro outro, desde sempre. Mas você foi um calo. Primeiro enlouqueceu, aprontando o diabo comigo, então eu terminei como faxineira e tu rainha! Como pode?! – Perguntou, parecendo meio louca.
Dulce: Pobre de ti, Christopher vai matá-la. – Murmurou – Me dá meu filho, Nina.
Nina: Se não o que? – Desafiou – Porque você não morreu no maldito parto? Porque essas malditas crianças vingaram? Não faz sentido! – Rosnou. Arthur choramingou. Podia ver a mãe, e ela o olhava, aflita. Porque Dulce não o carregava? – Mas tudo bem. Vamos alimentar os bebês.
Ela levou a garrafa até a boca de Arthur. Dulce sentiu um ódio violento ao ver o menino fazer uma careta, virando o rostinho. Parecia que estava vendo tudo vermelho. Nunca fora uma pessoa violenta, mas não tinha escolha: Partiu pra cima de Nina. Com um murro derrubou a garrafa. Nina largou Arthur só de ruindade. Dulce se lançou pra alcançar o menino, mas Nina a interceptou e o bebê caiu no chão. De repente Nina e Dulce estavam saindo no tapa, nos murros literalmente.
Dulce: ANAHI, SOCORRO! – Conseguiu gritar.
Mas, era uma pena, no mesmo instante havia outra briga acontecendo...
Anahi: ACONTECE QUE NÃO AGUENTO MAIS TEU DESCASO! – Silvou, raivosa. Anahificava meio cinza quando tinha ódio.
Alfonso: Descaso?! DESCASO?! – Rugiu, raivoso.
Anahi: CALE A BOCA! – Disse, franzindo o cenho.
Alfonso: É o que? – Perguntou, incrédulo.
Anahi: Pensei ter ouvido alguém me chamar. – Disse, tentando ouvir. Não havia mais nada.
Alfonso: Não estamos em casa. Isso é uma guerra, esqueceu? – Anahi virou o rosto, novamente raivosa.
Anahi: Fui tua mulher antes dessa guerra estourar. – Rosnou.
Alfonso: EU NÃO LHE DEIXO FALTAR NADA! – Disse, abrindo os braços – Anahi, o que você quer?
Anahi: EU QUERO MEU MARIDO! – Gritou, raivosa – NÃO ESTOU ACOSTUMADA A SER DEIXADA EM SEGUNDO PLANO ALFONSO, VOCÊ SABE!
Alfonso: Estou fazendo o que posso, mas não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo, meu Deus! – Disse, raivoso. Ambos arfavam – Se eu não me engano, estou em sua cama todas as noites. – Disse, maldoso.
Anahi baixou a mão na cara dele, em um tapa.Alfonso hesitou, sentindo o rosto arder. Ninguém nunca havia lhe esbofeteado.
Anahi: Nunca mais... Nunca mais fale comigo desse modo. – Avisou, cinza de ódio.
Alfonso: Enlouqueceu. – Disse, erguendo o rosto pra ela. Os olhos dele estavam perigosamente dilatados.
Anahi: Revide, Alfonso. – Desafiou, se aproximando mais – Me bata. Faça alguma coisa. Qualquer coisa.
Alfonso: Eu seria capaz de matá-la agora, Anahi. – Grunhiu.
Anahi: Eu pensei que você me amava. – Debochou.
Alfonso: Eu amo. É por isso que vou sair daqui; pra não fazer nada de que eu me arrependa, e que eu não possa reparar depois. – Ele recuou um passo.
Anahi: Vá. Volte para sua guerra. Pelo menos ela tu podes coordenar. – Alfonso parou por um instante, ofegando, então ela foi arremessada com força na cama, batendo a cabeça na cabeceira de madeira. Ela gemeu, pondo a mão em um ponto debaixo do couro cabeludo, caída de qualquer jeito na cama.
Alfonso: Tu nunca mais te atreves a me esbofetear. – Avisou, parado nos pés da cama – Eu a amo, mas não me responsabilizo mais, Anahi.
Anahi: Suma daqui. – Rosnou, com a mão ainda dentre os cabelos. Ele deu as costas e ela se deixou cair na cama, respirando fundo. Que diabo estava acontecendo com seu casamento?
No jardim...
Maite: Kristen, o que há? Está preocupada, receosa... – Disse.
Kristen: Posso confiar em você, Maite? – Perguntou, se virando.
Maite: É claro. Qual o problema? – Perguntou, ansiosa.
Kristen: Estou sim, receosa. Ansiosa. – Ela respirou fundo – Pode se dizer apavorada.
Maite: O que houve? – Insistiu;
Kristen: O garoto, Matt. – Lembrou. Maite assentiu – Me deitei com ele. – Maite arregalou os olhos – Quatro vezes. – Perguntou, e Maite parecia paralisada.
Maite: KRISTEN! – Exclamou, escandalizada.
Kristen: Os olhos dele são tão azuis! – Repetiu, passando a mão no cabelo – É delicioso, posso garantir. – Ela piscou – Mas pode entender o que Robert fará se descobrir o que eu fiz? – Perguntou, respirando fundo.
Parece que era a época de grandes casamentos ruírem. Enquanto isso, na torre, a porrada comia solta.
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Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy
AbenteuerA guerra já durava 5 anos. Parecia que a paz jamais ia retornar, e as lembrança dela já eram tão distantes que nem pareciam mais ser reais. Quando tudo começou, Dulce ainda era menina. Não entendera direito. O rei Pablo envenenara a esposa do rei Ch...