Capitulo 206

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Robert: Uma flor por teus pensamentos. – Disse, alcançando Anahi em um corredor. Ela sorriu.

Anahi: O jardim é cheio de flores. Se eu quiser uma, é só buscar. – Disse, divertida.

Robert: O que há? – Insistiu.

Anahi: Estou entediada. – Disse, dando de ombros – Cada um tem o que fazer, e agora Christopher está preso a guerra, quer lançar uma ofensiva o mais cedo possível... Enfim.

Robert: Chega a ser pecado. – Disse, virando-se frente a ela, trancando o corredor. Anahi ergueu a sobrancelha – Deixar de lado uma mulher bonita como tu, seja qual for a razão. – Ele ergueu a mão, tocando a maxilar dela. Estava fria, como sempre.

Anahi: Robert... Tens noção de que perderias a mão se Alfonso visse isso? – Perguntou, se aproximando dele. Ela fez menção de passar por ele, mas parou ao seu lado, virando o rosto, de modo que seu hálito batia no rosto dele. Robert manteve o olhar a frente, sorrindo de canto – Ou o que faria se soubesse o modo como andas me assediando ultimamente?

Robert: O que ele faria sabendo que tens correspondido? – Perguntou, dando corda.

Anahi: Terias coragem, Robert? – Perguntou, parecendo intrigada, virando o rosto pra ele. – Tu és casado.

Robert: E minha esposa confia em ti como amiga. – Rebateu. Anahi sorriu. – Não me desafie, Anahi. Amo Kristen, mas não sou conhecido por ter limites.

Ele apanhou o braço dela, que foi arremessada contra a parede. O principal: Ele a beijou. Pior ainda: Ela correspondeu. Não era Alfonso; não tinha seu calor, seu cheiro, seu gosto... Mas isso não era ruim. Os lábios de Anahi estavam frios, como se ela tivesse estado com gelo na boca por muito tempo; ele gostou disso. Suspirou, se afundando no beijo dela, as mãos subindo por suas costas, moldando o corpo de manequim no seu. Ela enlaçou as mãos nos cabelos dele, enlaçando os dedos nos cabelos macios, sentindo o corpo rígido pressionando-a. O perfume de Robert a instigava, fazia ela querer mais. Ele apanhou a maxilar dela com uma mão, prendendo seu rosto, e mordeu os lábios dela, não com força, só por fazer, antes voltar a devorar sua boca.


Aquilo durou minutos, até que...

Christopher: Viu Robert? – Perguntou, a voz de longe. Os dois se separaram, os rostos ainda juntos, os lábios entreabertos, ofegando, se encarando... Esperando.

Criado: O vi naquela direção, senhor.

Dulce: Eu vou subir, vou ver os bebês. – Avisou, a voz ecoando pelo corredor.

Anahi: Guarde isso como recordação. – Sussurrou nos lábios dele, que sorriu. – Me solte. – Robert afrouxou as mãos, então com um sopro do vento, ela havia sumido. Ele riu, passando a mão no cabelo, limpando o lábio em seguida.

Robert: Recordação... Sei. - Murmurou, pra si próprio – ESTOU AQUI, CHRISTOPHER!

Na torre...

Nina olhou os bebês. Estavam acordados, quietinhos, os olhos distraídos. Ela correu. Abriu as gavetas, procurando em todos os cantos, até que encontrou. 11 frasquinhos de vidro, com um liquido branco, opaco. A seiva da flor. Ela sorriu consigo mesma, apanhando dois deles.

Nina: Contos de fada nem sempre tem finais felizes, Dulce. – Disse, enquanto tirava a tampa de um dos frascos. Ela o substituiu por um bico de mamadeira.

Em outro corredor...

Anahi: Dulce! – Chamou, aparecendo atrás dela. dulce se virou, assustada.

Dulce: Precisa parar de fazer isso. – Disse, pondo a mão no peito.

Anahi: Me dá um abraço? – Perguntou, com um sorriso angelical. Angelical demais.

Dulce: É claro. – Ela sorriu e abraçou a outra. Anahi sorriu, apertando o abraço – Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, ainda abraçada com a outra.

Anahi: Não. Eu só precisava disso. – Disse, se demorando no abraço mais um instante – Na verdade, Alfonso precisa disso. – Ela se separou, baixando o rosto brevemente. O perfume que possuía era o de Dulce agora – Enfim. Obrigada. – Ela deu as costas e sumiu.

Dulce: De nada. – Disse, estranhando, e deu as costas, subindo a escada.

Dulce estava distraída, pensando em tudo. Sua vida estava perfeita. Amava Christopher, e ele retribuía. Seus bebês eram saudáveis. Bia estava livre novamente. Apenas a sombra da guerra que estava por vir a assustava, mas todos dispensavam essa hipótese; com Alfonso ninguém se machucaria. Ela abriu a porta do quarto, e seus olhos se arregalaram. Nos pés da cama havia um frasco/mamadeira com um conteúdo branco, que Dulce reconhecia bem.

O pior: Do outro lado do quarto, Nina tinha Arthur no colo, e tinha outro frasco/mamadeira daqueles, que oferecia a menina.

Dulce: NÃO! – Gritou, apavorada.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora