Capitulo 231

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Christopher: Todos? – Perguntou, abraçando-a. Dulce maleável assim chegava a ser pecado. Ela enlaçou as mãos nos cabelos dele, ainda enchendo-o de beijos, e ele beijou seu ombro demoradamente.

Dulce: Todos. Todos os carinhos e todos os mimos. – Disse, mordendo-lhe a bochecha.

Christopher: Que ótimo. – Disse, mordendo a orelha dela, e Dulce arregalou os olhos, empurrando-o.

Dulce: Nem sonhe com isso. – Disse, catando os objetos de primeiro socorro e se levantando. Ele riu, se recostando nos travesseiros.

Christopher: Ei, volte aqui. Nós estamos apenas conversando. – Disse, na defensiva.

Dulce: Conheço esse teu tipo de conversa. E a resposta é não. Não há maneira. – Disse, guardando o kit de primeiros socorros.

Christopher: Mas eu queria... – Brincou, e ela o lançou um olhar que o fez se calar e rir em seguida. Ele sabia que com aquele corte, mesmo sendo mais abaixo da coxa, perto do joelho, ele não iria a lugar algum. – Ei. Me dê Melisa antes que ela acorde Arthur. – Dulce avaliou, então assentiu. Foi até o berço, apanhou Melisa e checou Arthur. O menino dormia. Ela entregou Melisa a Christopher. O rosto da menina se alegrou ao ver o pai.

Dulce: Vou pro banho. Se você ousar tentar se levantar dessa cama, eu vou cometer um crime. – Christropher arregalou os olhos, falsamente assustado, e ela deu as costas.

Christopher brincou com Melisa por minutos a fio. A menina não falava ainda, apenas umas palavras desconexas, mas era a alegria do pai. Ela brincou com ele, as mãozinhas apanhando um punhado de seu cabelo. Christopher tinha problemas toda vez que isso acontecia. Mas a solução era pratica: Ele fazia cara de choro pra ela e a menina o soltava, os olhinhos atentos. Ele riu em seguida, beijando-a.

Christopher: Você... – Ele deu um beijo apertado nela – É... – Outro – O amor... – Outro – De minha vida. – Completou, beijando a barriga da menina, que riu gostosamente – Sim, você é. E você está com sono. – Disse, vendo a carinha de sono dela. Melisa imitou o pai, olhando-o, e ele riu – Amor da minha vida. – Repetiu, beijando-lhe a testa.

Dulce: Se ela é o amor da sua vida, o que resta pra mim? – Perguntou, saindo do banho, e Christopher sorriu.

Christopher: Sobra bastante. Põe ela no berço? – Pediu e Dulce assentiu, apanhando a filha, que tinha o rostinho sonolento. Ela a levou até o berço, acomodando-a, e dessa vez Melisa não reclamou. – Venha aqui. – Dulce ergueu a sobrancelha – Dulce. – Repreendeu.

Dulce: Você é impossível. – Disse, e ele sorriu vendo ela ir até a porta, trancando-a, e até os castiçais, apagando as velas, de modo que só sobrou a luz da lareira. O clima era gostoso. A chuva que caíra parecia que viera para lavar todo o terror da guerra. Ele sentiu ela ir pra debaixo dos lençóis, pra perto dele, e sorriu – Como está sua perna?

Christopher: Colada com o resto do corpo. – Dispensou, e ela não conseguiu não rir – Escuta, você pode me beijar? – Perguntou, e ela gargalhou da espontaneidade dele. – Se é só o que eu posso pedir, peço logo assim. – Se queixou.

Dulce: Sabe que se eu deixar você fazer algo, vai se machucar. Está todo ralado. – Os braços e o peito de Christopher tinham alguns curativos brancos, nada demais, só ralado mesmo. Ele estava de peito nu e com uma bermuda solta, branca, pra não pressionar o machucado.

Christopher: Eu pedi um beijo. – Lembrou, azedo.

Dulce: Hum, enfezadinho. – Disse, apanhando o rosto dele nas mãos, selando-lhe os lábios. Christopher suspirou e ela o encarou, confusa.

Christopher: Assim, Dulce. – Disse, apanhando o rosto dela com as duas mãos, trazendo-os pra si.

Os lábios dele encontraram os dela, quentes, oprimindo-os, a língua logo tomando espaço dentre os lábios dela, encontrando a sua. Dulce suspirou, deliciada, mas não teve tempo de relaxar; após se apossar da boca dela ele a devorou, faminto como sempre, os lábios exigindo dela tudo o que ela podia dar. Dulce sorriu dentre o beijo, a mão adentrando o cabelo dele. Estava feliz. A guerra acabara. Nada os ameaçava, eles teriam a vida juntos, pra se amarem, para serem felizes. E ela devia isso a ele. Ele fora lá, ele arriscara a vida, ele terminara a guerra. Mas, quebrando o momento, Christopher a soltou

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora