Capitulo 218

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Anahi sumiu, como um borrão no ar, mas no segundo em que ia apanhar Pablo (Quebrando-lhe o pescoço) ele desviou. Ela se viu de cara com a parede. Se virou pra ele, o cenho franzido.

Anahi: Não pode ser. – Murmurou, olhando-o. – Você não pode estar aqui. Não foi convidado a entrar. – Especulou, os olhos negros insondáveis. Pablo riu.

Pablo: Não, eu não sou uma anormalidade. Sou normal. Apenas tenho bons reflexos. – Se aquilo foi só reflexo, Christopher teria problemas – Os únicos monstros que vivem aqui, que eu saiba, são você e o seu amiguinho, Christian.

Anahi: Como sabe tanto? – Perguntou, enojada.

Pablo: Você matou minha mãe, Anahi Portilla Herrera. É claro que eu ia querer saber quem eu ia ter que enfrentar. Ia mesmo procurar você, assim que terminasse com a aberração que está tossindo debaixo da cama. – Ele deu de ombros.

Anahi: O que faria de você um tolo. – Silvou, raivosa.

Pablo: Mas falando em aberração... Ai está você. E o que você é. – Ele a olhou, com nojo – O que você faz. Na floresta. Com Christian. Ah, eu vi. – Ela ergueu a sobrancelha – Tive ânsias.

Anahi: Pior só gente que entra no quarto de crianças, inocentes e indefesas, atacando-as para compensar o fato que é um completo fracassado. Há beleza no que sou, pessoas já se ajoelharam perante a mim por isso, mas você... – O deboche era claro - Se sabe o que eu sou, sabe o que vou fazer com você, e ainda assim está parado na minha frente, falando. – Ela deixou a cabeça cair pro lado.

Pablo: Não tenho medo de você. – Disse, sorrindo. O sorriso dela em retorno foi deslumbrante.

Anahi: Não sabe o que eu já vi. Não sabe o que já fiz. Não sabe o que sou capaz de fazer. – Sussurrou – Eu vou lhe ensinar sobre medo.

E ela partiu pra cima dele, um rosnado alto subindo por seu peito. Bia, que via por debaixo da cama, viu a cauda do vestido de Anahi sumir do chão, como se ela tivesse pulado, e o par de botas sumir logo depois. Em seguida estampidos, baques, o barulho de pano rasgando. Os dois eram apenas um borrão preto rodopiando pelo quarto, se batendo em coisas, quebrando-as, e então a mão do homem apanhou o bracinho dela, puxando-a com força pra fora da cama.

Anahi: Tire as mãos dela. – Grunhiu, e BIa viu o que fora o barulho do pano: Ele puxara o tecido do vestido dela, para derrubá-la. Ela tinha reflexos impecáveis e evitou a queda, mas agora as camadas de renda grafite aparecendo, o vestido destruído. – AGORA!

Pablo: Como queira. – Mas ele não largou Bia; Ele a jogou. A testa da menina bateu com toda a força no chão e ela gritou, soluçando em seu choro. Anahi já havia saído na mão com Pablo novamente.

Ela era forte, rápida, mas ainda era mulher. Ainda assim conseguiu apanhá-lo pela gola da camisa, erguendo-o e lançando-o no chão. O barulho foi estrondoso. As mãos buscaram o pescoço dele, mas ele a puxou, lançando-a no chão ao seu lado, e ela rolou, logo recuperando o equilíbrio. Se Alfonso visse o modo como Pablo chutou Anahi em seguida, fazendo-a cambalear pra trás, Pablo não viveria pra mais uma respiração. Apesar do pontapé que recebera ela partiu pra cima dele, e conseguiu cravar os dentes na curva do pescoço dele. Pablo grunhiu, logo gritando, tentando empurrá-la. Caiu de joelhos. Anahi não engoliu uma gota do sangue, mas destruiu tudo que seus dentes puderam alcançar. Porém outro cheiro a alcançou antes que ela pudesse terminar. Sangue novo, limpo... Em grande quantidade. Anahi ergueu o rosto (O queixo banhado em sangue, assim como os lábios) e viu Bia caída, a testa lavada em sangue.

Pablo rastejou pra longe de Anahi, aproveitando a distração dela, segurando o pescoço que doía horrivelmente.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora