Dois

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-Sadie-

Cheguei quase atrasada na audiência. Isso só ajuda o filho da puta do Castiel. O que me irrita é muito. Entrei já dando de cara com a recepcionista, eu nunca tinha vindo para reparar mas ela é bem...como posso dizer... bonita.

-a Senhora está atrasada. -falou depois de um tempo me encarando.

-estou muito? -perguntei nervosa.

-não, o Juiz já vai entrar na sala, posso ir com a Senhora e dizer que eu que errei onde era a sala. -ela segurou na minha mão e começou a me puxar. -vamos adianta. -começou a andar rápido.

Ela abriu uma porta gigante de madeira e entramos na sala, minha advogada já estava esperando e ao lado dela tinha uma cadeira vazia, me sentei ali.

[...]

Assim que acabou, eu saí da sala, minha advogada disse que estamos ganhando, e que logo eu estarei livre de todo esse estresse.

-Senhora? -ouvi a voz da moça de mais cedo me chamar.

-Oi? -me virei para ela que estava cheia de coisas nas mãos e caminhava lentamente até mim.

-esqueceu seu celular na sala, e sua mãe estava te ligando, parece que sua filha está doente. -como eoa estava com as mãos cheias, meu celular estava em cima de uma pilha de livros que iam até a altura dos seios dela. -pode pegar pra mim por favor? -olhou para baixo, abaixo dos seios dela, onde estava meu celular.

-ah... -engoli em seco, eu estava muito constrangida.

-pode pegar. -falou fazendo uma careta, acredito que pelo o peso.

-certo. -peguei o celular e sem querer acabei esbarrando a mão nos seios dela, eram tão... bonitos...

Ela me olhava sorrindo, essa mulher está acabando comigo. Confesso que nunca reparei tanto numa pessoa assim, ainda mais numa mulher. Como me casei seguindo os mandamentos da igreja nunca cogitei ter atração por mulheres.

Mas agora estou cogitando, e não me parece tão errado assim...

-oh, deixe-me te ajudar! -falei tomando metade dos livros que ela carregava.

-tem certeza? -perguntou rindo. -tenho que levar isso no último andar... -prendeu o riso quando viu a careta que eu fiz.

-como você chega lá de salto? -a olhei estranho. -seus pés não doem?

-não, na verdade não mais, antes eu sentia muito, mas agora já estou calejada. -deu risada.

-que maldade. -lamentei. -vamos logo, vou levar para você.

-vamos. -riu. -a propósito, meu nome é Millie.

-Millie... que nome lindo. -ela corou. -você ficou vermelha. -ri.

-é, não sei porque isso acontece comigo. -negou com a cabeça.

-é muito fofo. -comentei.

-não é não, é constrangedor. -riu.

-você é muito bonita. -nós já estávamos subindo os primeiros degraus. Falei e logo me arrependi, não sei se ela pode gostar do elogio. Mas acho que gostou, pois me olhou com uma cara sorrindo e as bochechas estavam muito vermelhas, mas mantinha um sorriso lindo no rosto.

-fico lisonjeada com esse elogio vindo de você. -falou e eu ri. -seria muito cara de pau perguntar se você quer sair comigo, mesmo você estando aqui graças a um divórcio? É porque eu acredito no destino e sei que ele colocou você aqui e fez que nos conhecesse, é porque tem alguém motivo para isso, na verdade eu te achei bem bonita e eu gostaria de sair com você, como mais que amigas e eu nem sei se você gosta de mulheres... -parou de falar, dando lugar a um riso desesperado. -me desculpa, é que as vezes eu me empolgo.

Amor em um Término - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora