Cinco

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-Millie-

Cheguei no hotel rápido, paguei o moço do uber e ele me ajudou a descer todas as minha coisas. Fui muito grata a ele, eu precisava dessa ajuda.

Fiz uma reserva em um quarto normal de casal e subo minhas coisas dessa vez sozinha, coloquei tudo no canto do quarto e deixei minha pequena na cama. Eu estava casada mas ainda tinha que comer algo e arrumar um atestado rápido.

No outro dia...

Pedi a uma amiga que preparasse um atestado para mim e ela colocou lá que eu tinha quebrado a perna, acredita que a plrra do Marcel ainda disse que eu estava mentindo e pediu um vídeo do gesso? Pois é.

Tive que ir ás pressas para a emergência, por sorte minha amiga já sabia e ela fez um gesso falso só por cima para eu gravar o vídeo e mandar para o insuportável.

Depois ela tirou aquilo e eu fui para casa, esse tempo todo eu tive que carregar a Maria Clara no colo, uma merda eu não ter um carro nesse momento, pelo menos tenho essa pobre sombrinha que comprei na feira e uso ela todos os dias.

Quando eu já estava chegando em casa vejo um carrão branco parando do meu lado e buzinando, bao hora do pensei em correr, vai que é um cara ruim, só tinha eu na rua e um homem passando do outro lado.

-Millie!? -buzinou novamente e eu reconheci a voz.

-Sadie!? -ao mesmo tempo que eu estava surpresa eu estava envergonhada por estar correndo que nem uma idiota.

-por que estava correndo? -indagou tirando sei óculos de sol e me encarando com aqueles olhos azuis que me deixava nervosa.

-é que eu pensei que podia ser um cara chato. -segurei o riso.

-que é essa gostosinha no seu colo!? -falou animada com a minha filha.

-essa é a Maria Clara, minha bebezinha. -falei me virando para ela ver melhor a bebê.

-ela é perfeita! -ela estava parecendo uma criança vendo um pote de sorvete. -ta indo pra casa? -assenti. -entra aí eu te deixo lá.

-ah, não precisa! -falei tímida.

-como não, vai ser um prazer ter você do meu lado.

-eu já tô pertinho... -ela me encarou com tédio. -tá bom! -ela comemorou.

-ela é muito fofa, Millie. -falou analisando ela. -posso pegar?

-claro que pode. -ri da pergunta dela enquanto estendia a Maria para ela pegar.

-poxa, ela é pesadinha! -falou surpresa e me fez rir.

-ela nasceu bem depois do tempo, é nasceu com quatro quilos e quinhentas gramas.

-e você teve ela normal ou...

-normal! -ri da cara dela.

-guerreira... -suspirou. -todas as minhas foram com cesariana, eu não consegui ter normal, a dor foi demais para mim.

-eu não tinha dinheiro então era a minha única saída. -dei de ombros.

-uma pena, isso deveria ser de graça, nem todas as mulheres devem ser obrigadas a passar por essa dor miserável. -ligou o carro novamente.

-eu também acho, mas foi uma experiência interessante ter tido ela normal, serviu de aprendizado para eu não querer ter mais. -ela gargalhou enquanto me devolvia a Maria.

-mesmo eu tendo minhas filhas eu quero ter mais no futuro, acho que seria legal porque eu ainda sou nova. -falou depois de um tempo.

-eu também quero, mas não de mim, da mulher que eu vou estar no futuro. -falei mas eu não poderia deixar a oportunidade de dizer uma piadinha de lado. -prevejo que ela tem olhos azuis... -ela me encarou rápido, um meio sorriso brincando em seus lábios. -cabelo ruivo. -soltou um riso nasal. -tem vinte e oito anos agora, é linda e muito, muito gostosa... -mordi o lábio enquanto lhe dava um olhar safado.

-cuidado ein, eu posso ficar com ciúmes dela. -manteve o olhar na estrada.

-não precisa neném... -me aproximei sussurrando em seu ouvido. -ela é você. -dei um beijo em sua bochecha e voltei enquanto ria e brincava com a Maria Clara.

-você é bem descarada né? -me encarou mostrando o rosto todo vermelho. -planeja ter filhos comigo?

-eu vou me casar com você! -aproveitei que está a virada para mim e roubei um selinho.

Amor em um Término - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora