Amor em um Término - Sillie

Nove

Nove dias depois...

-Sadie-

Minha vida estava sendo ótima, Millie é a cabeça da casa, ela consegue me ajudar em coisas, e da conta de tudo.

Há dois dias ela foi demitida, acharam que ela não estava mais dando conta do trabalho e que seria melhor um homem.

Por um lado ela ficou feliz, mas do outro ela pensou muito na Maria, e sente medo de faltar algo para ela. Mesmo eu sempre dizendo que não irá porque eu sempre estarei aqui por ela, pelas duas na verdade.

Principalmente pela minha namorada. Aconteceu que na sexta-feira passada, ela me pediu em namoro, ainda não tinha saído esse pedido oficial, mas ela fez questão de o fazer.

Estamos namorando há uma semana, contei, e hoje fez, sete dias. Eu estou pensando em fazer um jantar, ou levá-la para sair.

Mas acho que sair seria um pouco impossível, visto que nossa babá está ocupada hoje, então acho que vou esperar que elas durmam para poder fazer um jantar romântico em casa mesmo.

Seria mais confortável, e também não teríamos que nos estressar procurando uma babá que prestasse. Eu pensei em pedir comida, mas acho que seria mais romântico ainda se eu fizesse.

Já passei na floricultura e comprei um saco enorme de pétalas de rosa, vermelhas, as mais bonitas. Comprei também algumas velas pequenas, aromatizantes, chocolates, e um monte de docinhos de leite. E durante a tarde, enquanto ela estava indo buscar as meninas na escola eu me dediquei em montar o cenário no deque do andar de baixo, o que sai da cozinha.

Minha casa é quase grande demais, tem partes muito desfuncionais nela. Por exemplo o fato de que a cozinha é muito grande, tem utensílios que eu mal sei para que serve.

Minha sala também é grande, mas é confortável, cheia de sofás, uma grande televisão, o ruim mesmo são os brinquedos espalhados por toda parte.

Temos o andar de cima, que tem os quartos, o da Sophia, o  da Maila, o de visitas e o meu. Todos são bem grandes, o meu acaba sendo maior já que é a suíte do casal.

A casa podia ser grande, mas com Castiel nunca me senti à vontade em chamá-lo de lar, até porque lar é onde existe amor, e com o Castiel não existia.

Já com a Millie, me sinto em casa mesmo não estando, ela traz o amor para qualquer ambiente em que passa, com sua alegria, doçura e beleza.

Apesar de todos esses nossos lindos momentos temos nossos pequenos desentendimentos, claro, isso é normal em todo casal. Mas cá entre nós, eu sempre estou certa.

Já amo minha enteada, ela é uma bebê muito fofa, tranquila, mal parece que é filha da minha namorada, visto que Millie é um ser realmente bagunceiro.

Ela fala apenas que elas deixam a casa muito bagunçada. Mas é ela quem não impõe limites, elas começam a jogar os brinquedos no chão, espalhando tudo e ela apenas assiste, e depois diz que sou eu que não mando nelas.

Ontem levei todas para passear, a Millie estava com dor de cabeça então, decidi lhe dar uma folga de tudo. Até de mim, e ela pareceu gostar.

Eu não a julgo, também gosto quando fico sozinha em casa, não porque não gosto de estar ao lado da minha família, não é isso, é que eu acabo ficando muito cansada e em meus momentos sozinha aproveito para descansar.

Agora eu estava aqui aprontando minha surpresa, acho que ela irá gostar, não há como não gostar. Está tudo muito bem feito.

Pensei melhor e como estava em cima da hora eu não cozinhei, apenas pedi comida japonesa e marquei a hora com o restaurante, para ser entregue as nove da noite, horário que as meninas todas, geralmente estão dormindo.

Já que já estava tudo pronto, apenas as velas para acender, fui tomar um banho, eu estava suada do dia inteiro, e ainda daria tempo de fazer isso antes que Millie voltasse. A escola era muito longe da minha casa.

Tomei um banho longo e calmo, tirando todo o meu estresse da semana, aproveitando a agua quente que tocava minha pele, me deixando relaxada.

Depois saí do banheiro, me sequei e vesti uma bermuda jeans e uma camiseta branca, sem sutiã, as vezes eu odiava o relevo que fazia, mas agora estou apenas em casa.

Penteei meu cabelo e o amarrei em um coque meio bagunçado, depois desci para a sala e Preparei uma salada recheada com um molho que a Sophia gosta.

E já estava pronto o jantar. Preparei um suco de laranja e enquanto estava terminando elas chegaram.

-mamãe! -a Maila gritou vindo correndo me atacar.

Claro que me abaixei e a abracei apertado de volta. Logo a Sophia também veio e a abracei da mesma forma, dando um beijo na cabeça das duas antes de me levantar.

-como foi a escola? -perguntei para elas enquanto elas corriam pela casa, indo colocar a mochila na sala, sempre assim, ligam mais para os brinquedos do que para mim.

-oi, amor! -Millie se aproximou de mim, me dando um beijo rápido, ela estava com a Maria no colo. -olha que falsidade! -exclamou vendo a filha se jogando para mim, puxando minha camisa, querendo a todo custo vir para o meu colo.

-você me ama, não é?! -peguei ela a jogando para o alto e brincando com ela.