Capítulo 7 - Perdão

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Capítulo 7

[NARUTO UZUMAKI] [18h00min]

Olho mais uma vez o papel que estava em minhas mãos, confirmando o endereço da casa. Era ali mesmo. A casa tinha a aparência humilde, havia um pequeno jardim a sua frente com plantas que pareciam não ser tratadas a um bom tempo, vejo uma placa ao chão onde estava escrito "Orfanato da Nonõ". Caminho até a porta reparando nos mínimos detalhes ali. Pôde ver uma figura me observando escondendo-se atrás das cortinas da janela. Ignoro aquele olhar sobre mim e bato á porta.

- TOC! TOC! - bato na porta, mas não obtenho nenhuma resposta. - TOC! TOC! - insisto. - novamente não obtenho nenhuma resposta. - Policia de Tokyo, por favor, abra a porta ou terei que arrombar - grito num tom ameaçador e vejo que a figura que estava na janela não se encontrava mais lá. De repente ouço barulhos vindos da porta.

-TRCK, TRCK, TRCK, TRCK... - (destrancando a porta) Uma mulher com uma aparência amigável surgiu ali. Ela possui cabelos ate os ombros num tom de castanho claro e olhos verdes num tom escuro, também usava óculos iguaizinhos aos dos pertences de Kabuto... Ela me olha dando um leve sorriso para logo dizer...

- O que deseja senhor? - perguntou

- Eu sou Detetive Naruto Uzumaki. Procuro pela senhora Nonõ Yakushi...

- Sou eu - disse curiosa e um pouco confusa

- Preciso lhe fazer umas perguntas sobre seu filho, Kabuto... - excitei um pouco pois sei o quanto é difícil falar sobre a morte de alguém querido. Pude ver o semblante de seu rosto ficar entristecido. - Sei que isso pode ser um tanto desconfortável, mas eu preciso da sua ajuda... - digo e ela volta seu olhar para mim dando espaço para que eu entrasse - Com licença... - digo educadamente. Ela fecha a porta trancando-a com as varias chaves em mãos. - Para que tantas trancas? - pergunto.

Ela me encara nos olhos e da um sorriso. - Essa cidade é perigosa, Detetive... Não se sabe o que pode existir lá fora... - ao ouvir aquelas palavras meu instinto apitou. Ela deveria estar se sentindo insegura de algo - penso. Com toda certeza teremos uma longa conversa.

(Autora Narrando)

Hinata estava dentro de seu carro à espera que Naruto saísse, ela não poderia fazer muito além de segui-lo. Queria ela estar lá dentro para ouvir o que estava ocorrendo ali...

- Senhor. O Naruto acabara de entrar em uma casa aqui nas redondezas de Adachi... Mas pouco posso fazer, pois não posso me aproximar de lá e correr o risco de ser vista por ele...

- Sei disso... Vejo que segui-lo não ira nos proporcionar nada... Sei que não é uma espiã nata Hinata, mas vejo que a única forma de arrancar uma informação dele será através de uma aproximação...

- Aproximação? - perguntou duvidosa

- Sim, Precisa ganhar a confiança dele... Mas por hoje está suspensa. Vejo que se o seguimos não iremos conseguir nada e nosso esforço será vão... Então se retire daí e volte para base A.M.B.U...

- Certo Kakashi! - disse confiante, ela liga o carro para sair do local e estranha outro carro preto que chega e estaciona um pouco atrás do carro de Naruto... Parecia espera-lo ali... Deve ser só impressão minha. - pensou Hinata

(Autora OFF)

[Konoha] [18h00min]

[SAKURA HARUNO]

Em minha infância, todos os anos nos dias das mães, ensaiava uma coreografia para fazer em homenagem a ela... Porem, minha mãe nunca ia me assistir. Pensava eu que ela estava muito ocupada para ir as minhas apresentações. Mas na verdade deveria estar enchendo a cara em um bar ou se divertindo em um motel com um homem desconhecido. Todos sempre me disseram que "Não há amor mais disponível, entregue, cuidadoso e dedicado que o amor de mãe." Quão ingênua eu era por acreditar que minha mãe me amava dessa forma... Mas depois de duas horas a aguardando descido ir sozinha para casa pela primeira vez; queria fazer uma grande surpresa a ela... Quando finalmente chego a casa abro a porta com um brilho no olhar esperando ver finalmente minha amorosa mãe que com toda certeza deve ter tido um compromisso muito importante para faltar mais uma de minhas apresentações.

- Watashi ga motte! (Cheguei) - falo... O brilho em meus olhos desapareceu se tornando um olhar horrorizado, junto com o sorriso que se desmanchou aos poucos. Fiquei parada na porta por alguns instantes não querendo acreditar em meus olhos.

Minha mãe me encarara assustada e o homem que estava junto a ela faz o mesmo... A partir daquele dia nunca mais confiei em minha mãe para nada, e sempre buscava me afastar dela o máximo possível. O pior era ter que esconder isso de meu pai. Todo o dia encarava-o nos olhos e sentia uma vontade imensa de desmascarar a esposa perfeita dele, mas não o faria... Já ouviram o ditado? "O que os olhos não veem o coração não sente". Exatamente... Às vezes é necessário esconder a verdade em um cofre bem trancado e mantê-la lá para sempre... Se meu pai soubesse disso tinha a certeza que se tornaria um homem infeliz e destruído.

Depois da morte dele minha mãe mudou muito, mas já era tarde de mais para se arrepender ou se desculpar, pois eu viajei para Tokyo logo após o falecimento dele. A única coisa que me prendia a Konoha era meu pai, e depois de sua morte nem dei tempo para que minha mãe se redimisse. Agora que minha vida se tornou uma loucura... E não sei quanto tempo de vida ainda terei. Acho melhor dar á ela a chance de se desculpar. E admito não querer enterra-la sem antes fazermos as pazes... É muito difícil perdoa-la, mas não é impossível.

Estava comendo pipoca com ela enquanto assistíamos ao noticiário na TV...

- Uma nova droga está sendo traficada em Tokyo, estápode causar alucinações, canibalismo e morte. Quem usa este tipo de droga sente, em um primeiro momento, um aumento considerável na libido e na sociabilidade. No entanto, poucos minutos depois, já é invadido por um quadro de agressividade incontrolável, acompanhado de psicose grave que gera alucinações severas. Há boatos de que a droga tem uma espécie de vírus contagioso, mas parece que o instituto Japonês de Ciências não quer falar sobre o caso...

Ouvia atentamente as palavras da repórter, não deixando escapar qualquer detalhe... A imagem de Naruto invade a minha mente. Eu havia me esquecido completamente dele. Meu rosto toma uma forma entristecida, pois me perguntava a todo o momento se ele se encontrava bem.

A mãe de Sakura há encara de soslaio percebendo sua alteração. Rapidamente pega o controle mudando de canal.

- Por que não vai dar um cochilo minha filha? - sugeriu. Eu a encarei com um olhar abatido, assimilando aquelas palavras "c-o-c-h-i-l-o." Ate que não seria má ideia... Eu estava precisando disso.

- Ok... Vou ir para o quarto agora. - digo e minha mãe da um leve sorriso.

Caminho sem pressa pelo corredor. Entro no quarto e fecho a porta dando um suspiro pesado. Um vento frio sopra sobre meu corpo fazendo com que os meus pelos se arrepiem. Vou rapidamente em direção à janela para fecha-la, apago a luz e praticamente jogo-me na cama. Dou um longo suspiro antes de fechar meus olhos e tentar dormir... Remexia-me sobre a cama a todo o momento. Não estava conseguindo parar de pensar em Naruto e em como ele estaria. Abro meus olhos e encaro o relógio em cima do criado-mudo.

- 18h33min - dou mais um suspiro, um pouco frustrada por não estar conseguindo relaxar...

Sinto uma movimentação vinda de baixo da cama. Fico um pouco desconfiada e direciono meu olhar para minha arma que (como sempre) estava ao lado do relógio no criado-mudo. Estava tensa. Poderia ser apenas impressão minha, mas depois de tudo que aconteceu comigo nos últimos dias, não duvido de nada. Sento-me sobre a cama e levo minhas mãos em direção à arma... Porem, antes que eu pudesse pega-la. Minha boca é tampada por uma mão gélida e sou puxada pela cintura, impossibilitada de ver o rosto do individuo, pois ele me segurava de costas. Debato meu corpo tentando sair daqueles braços e gritar mais não consigo...

Continua...

Povo! Tenho que informa-los que deixarei de postar capítulos até concluir a fic todinha, para postar tudo de uma vez só, espero que compreendam! <3

BAD BOYOnde histórias criam vida. Descubra agora