15.

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PEDRI GONZÁLEZ

Eu estava tentando convencer a Tenório mais nova a ir ao meu jogo de volta depois de estar lesionado há mais de um mês. Kitana não queria de jeito nenhum com medo de descobrirem que era ela que estava saindo comigo, por um lado, eu também tinha esse medo, mas era só eu conseguir um ingresso no camarote e ela não postar foto que não desconfiariam de nada.

Eu precisava fazer a mente dela desde agora.

— Olha, bruxinha, ninguém vai saber se eu te colocar no camarote junto com as esposas e peguetes de outros jogadores. Você precisa relaxar, ele é muito reservado e ninguém vai te ver entrar nele. — eu disse e a morena balançou a cabeça de um lado para o outro em negação. Soltei uma risada nasal ainda desacreditado. — Você quer o que para ir? Uma bolsa da Prada? Fendi? Já sei! Um carro?

Agora uma Kitana indignada me encarava. Franzi o cenho sem entender a reação exagerada dela.

— Você acha que eu sou a minha irmã para você conseguir me comprar com qualquer coisa fútil? — ela revirou os olhos e eu balancei a cabeça em negação, desacreditado.

— Vai, Kie... — eu pulei ela pelo pescoço e acariciei a mandíbula dela com o dedão enquanto a encarava. — Ninguém vai ficar sabendo e esse jogo é especial para mim.

Ela parou para pensar por alguns segundos e abriu um sorrisinho fechado quando se decidiu. Esperei pacientemente pela resposta.

Dramaticamente, Kitana soltou um suspiro e mordeu o próprio lábio inferior -um gesto que eu fazia questão de prestar atenção-, assentindo com a cabeça logo após. Um sorriso enorme se abriu nos meus lábios avermelhados e ela fechou os olhos quando eu juntei as nossas bocas em um beijo feroz.

Lentamente, eu guiava o beijo. Eu encostei a morena na parede e forcei suavemente a minha mão contra o seu pescoço, deixando ela sem ar, mas de uma maneira gostosa, em resposta ao meu gesto, ela arfou. Levei a minha mão até o encontro com a nádega direita dela e apertei ela. Ela arrastou as gigantescas unhas dela pela minha nuca e eu separei as nossas bocas milimetricamente.

Abri os meus olhos lentamente e fiquei analisando cada detalhe do rosto dela. Os lábios carnudos que me faziam cada vez ter mais vontade de beija-los, os cílios grandes, as sardinhas que ela tinha por todo rosto, porém concentradas pela bochecha.

Kitana ainda estava de olhos fechados e eu torcia para que ela abrisse-os para me dar a visão dos olhos cor de oceano. Não conseguia parar de encara-los.

Eu acariciei a mandíbula dela e deixei dois selinhos nos lábios da garota. Ela finalmente abriu os olhos e também começou a analisar o meu rosto.

Momentaneamente, uma culpa me atingiu. Eu estava apostando a virgindade de uma garota... Isso parecia tão certo, mas tão errado ao mesmo tempo.

Soltei um suspiro frustrado, mas acho que ela não percebeu... Ou não ligou.

Resolvi puxar um assunto antes que tivesse uma crise existencial.

— Olha, a princesa Maria Fernanda também vai... — e um sorriso foi aberto nos lábios dela. Eu tinha certeza que ela adorava aquela garotinha do sorriso banguela, o pior de tudo é que a garotinha também adorava ela e quando tudo isso terminasse, a falta da Kitana na vida dela seria enorme. Maldita hora que uma foto nossa saiu em uma página de fofoca. — Se você quiser chamar aquela sua amiga lá, a Sira também vai estar.

Kitana balançou a cabeça em afirmação e eu levei uma mecha do cabelo preto azulado dela para trás da orelha dela.

— Vou chamar. — a Tenório mais nova respondeu. Aparentemente, a mente dela estalou e eu achava que ela havia lembrado de algo. — A minha irmã volta nesse final de semana.

kitana, pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora