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PEDRI GONZÁLEZ

Eu e a Kitana fomos ao shopping fazer compras. Para ser sincero, o objetivo inicial era só comprarmos alguma coisa para comer e passear, mas aí eu vi a loja da Adidas e ela viu a loja da Sephora, já sabemos o final dessa história.

— O Gavira está bem? Ele nunca mais deu as caras. — a minha mulher perguntou e eu assenti. Nós estávamos na loja da Prada agora, eu estava vendo uma carteira nova para mim, enquanto a Kie estava vendo algum vestido.

— Ele está focando nos treinos agora, mas às vezes sai com a ex dele. — eu respondi e ela ergueu as sobrancelhas. — Eu tive a mesma reação. A Anita disse que queria voltar, mas com a condição de que a imprensa não soubesse.

— E o Pablo quis voltar? — a morena perguntou enquanto eu entregava o cartão para a atendente passar. Kitana escolheu uma blusa e eu escolhi uma
carteira.

— Não totalmente, ele quis ir aos poucos para eles não se machucarem. — eu respondi e dei de ombros. — Essa fase dos dezenove é a pior de todas.

Eu encarei a minha namorada -que não era namorada totalmente porque eu não fiz o pedido, mas pretendia fazer hoje- com humor em meu rosto, ela revirou os olhos e riu.

— Meus dezenove anos foi tranquilo. Meus quinze e vinte que não. — ela respondeu e semicerrou os olhos na minha direção. Eu peguei o cartão da mão da atendente quando ela me entregou de volta e guardei na minha carteira nova, coloquei ela no bolso traseiro direito e peguei a sacola com a blusa da minha mulher, que tentou pegar, mas eu levantei a sacola no alto. — Para com isso.

— Para você. Eu sou homem, eu tenho que levar, não vou deixar você segurar peso. — eu disse como se fosse óbvio.

— Isso seria útil se eu estivesse grávida, mas eu não estou. Então me entrega logo essa merda de sacola. — Kie enfatizou a última palavra e eu gargalhei, ela roubou um beijo meu e eu me distrai, abaixando a sacola. Ela abriu um sorriso vitorioso e deu dois tapas no meu peitoral, antes de sair correndo pelo shopping. — Bom garoto.

Umedeci os meus lábios e mordisquei eles, contendo um sorriso, balancei a cabeça negativamente e corri atrás dela. Puxei a mulher pela cintura e deixei alguns beijos em seu pescoço, que eu sabia que estavam fazendo cócegas nela pela minha barba por
fazer e pelas risadas que ela soltava, antes de escutar duas vozes me chamando e chamando ela.

Nós dois estávamos sorrindo para caralho antes de levantarmos a cabeça e encontrarmos quem menos esperávamos lá.

Malia e Leo.

Porra!

— Pedro! — a loira disse com um sorriso enorme, encarei a Kitana que encarava ela paralisada. Puxei a morena pela cintura e fiz carinho, fiz questão de ficar o mais próximo possível dela possível, então ela saiu do transe e forçou um sorriso.

— Tana! Pedro. — foi a vez do loiro falar.

— Oi. — a minha mulher respondeu entre os dentes, eu só acenei com a cabeça para ambos. — Vocês estão... — Kitana apontou entre eles e ambos balançaram a cabeça negativamente. Apertei a cintura dela.

Eles eram irmãos. Puta merda.

— Somos gêmeos. — ambos responderam com um sorriso enorme, a ficha da Kie caiu e ela arregalou os olhos quase que imperceptivelmente. Eu me sentia desconfortável, ainda mais pela Malia me olhando toda hora.

O meu coração acelerou pela revelação, mas eu não esbocei nada.

— Ah... — a minha mulher respondeu. — Eu deveria imaginar, vocês são idênticos. — ela disse com um falso bom humor. Foi nesse momento em que a Malia encarou a Kitana, a loira ergueu uma das sobrancelhas e abriu um sorriso forçado.

kitana, pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora