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KITANA TENÓRIO

Pedro passou o braço direito ao redor do meu pescoço e deixou um beijo em cima da minha cabeça enquanto andávamos pelas ruas de Malibu. Eric e o Gavira estavam com a gente. Nós nos separamos dos outros jogadores e suas mulheres. Inclusive, a Anna, mulher do Lewandowski, era uma pessoa super gente boa.

O que eu venho percebido era que Eric e o Pedro estavam constantemente em uma troca de olhares, mas sempre era o Eric que quebrava elas. Era estranho e eu estava com um pressentimento ruim, péssimo.

O jogo contra o Arsenal foi na noite passada, o time adversário marcou cinco gols e nós acabamos perdendo com três gols. Eu não pude deixar de me estressar, como torcedora eu queria mandar o Dest para outro time longe do Barcelona, como psicóloga deles eu entendia que havia todo um processo por trás.

Gavira estalou a língua quando nos encarou.

— Que cara é essa, garoto? — Pedro perguntou e tomou um gole do energético que estava dentro da lata, nós ainda estávamos agarrados. — É inveja porque aquela loira maluca não veio para a Califórnia também?

González perguntou bem humorado, eu semicerrei os olhos e acertei um tapa no braço dele. Pablo balançou a cabeça negativamente.

— Vocês acreditam que a Cassandra parou de falar comigo? Do nada! — o moreno resmungou e eu coloquei o meu óculos de sol na cabeça, os meus olhos estavam semicerrados porque o sol estava batendo neles.

— Ela está normal comigo. — González deu de ombros, indiferente com o assunto. — Eu nunca fui de falar com ela também.

— E eu nunca falei com a sua namorada. — Eric disse, ele deu um gole generoso da long neck da Budweiser e abriu um sorrisinho. — Uau, essa cerveja dos americanos é boa.

O Eric estava pouco se fodendo para essa situação toda, ele nem fingia que não.

— Ela disse para mim que não estava muito bem... Problemas pessoais. — eu disse. Cassie realmente disse somente "problemas pessoais", talvez ela tenha brigado com os pais dela de novo, geralmente ela ficava estranha por isso mesmo.

— Mas nós conversamos... — o garoto se interrompeu. — Ah, esquece. Meus problemas com ela não precisam ser espalhados no grupo. — Pablo murmurou cabisbaixo.

— Daqui a pouco ela está melhor, Gavira... Ela só precisa de um tempo para si mesma. — eu respondi. Pedro se curvou e roubou um selinho da minha boca. — Calma aí! Você está muito carente hoje.

— Adivinha o porquê. — González disse e abriu um sorriso malicioso. Encarei o meu namorado seriamente e repreendi ele por ter dito isso em um local público. Eric coçou a nuca e soltou uma risadinha.

— Aí, González! Desde quando você começou a latir e dar a patinha? — ele perguntou e eu ri. Pedro abriu um sorriso de canto.

— Desde que a sua mãe falou para eu não parar. — Pedro respondeu e eu me afastei dele, encarando ele com os olhos arregalados em surpresa. Era cada piada pior que a outra.

— Amor! — eu reclamei.

Porra. Amor?

Fala sério.

— Tu foi o meu pior gozo, González. Me respeita que eu sou o seu pai. — Eric retrucou e ambos semicerraram os olhos um para o outro, mas depois começaram a rir. Eles me ignoraram para caralho.

Onde eu fui me meter?

— Gatinha, me defende. — Pedro pediu e me puxou bruscamente pelo pescoço para que eu ficasse mais perto dele de novo, ele me abraçou por trás, colocou os braços ao redor da minha cintura, pegou o óculos e apoiou o queixo na minha cabeça.

kitana, pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora