Capítulo três
A BibliotecaAbri meus olhos, não vou levantar, não quero. Fico encarando o teto, passo os olhos pelo quarto, dessa vez tem algo novo, me sento na cama e vejo que o guarda roupa já está aberto, tem um relógio de frente para a cam, marcando 17:25, ainda é cedo.
Me levanto e vou até o guarda roupa, tem uma calça cargo marrom e uma blusa Branca de alça básica, me visto e ouço batidas na porta, vou até ela e abro, encontrando o moço da noite anterior.
—Você dormiu bem?— ele abre um sorriso quando me vê.
—essa noite sim, e você?
—dormi bem, mas meu foco é você essa noite. Quero te mostrar uma coisa, você vem? — ele estende a mão para mim, se virando como se estivesse com pressa.
Balanço a cabeça, pondo minha mão sobre a sua e o seguindo, sua mão é quente, me pergunto se por acaso pra ele minha mão também é, acompanho ele, seus passos agitados, mas eu não saio da ponta do pé, andando em silêncio.
Paramos em frente a uma porta grande, ele solta minha mão, empurra a porta o lugar está um breu
Empoeirado, estantes, uma biblioteca
Não é usada a muito tempo, ele liga as lâmpadas dos lustres que iluminam o lugar, metade das estantes estão vazias, alguns livros empilhados sobre uma meda, três abertos jogados no chão, levo a mão ao peito quando vejo isso, alguns estão sobre estantes, não mais que quinze livros.
—Meu Deus...
Ele me olha, um lindo sorriso genuíno
— Está encantada? — dá para se ver ansiedade e preocupação em seu rosto.
— Horrorizada! Como deixam aos prantos uma biblioteca grande dessas? — o olhar muda novamente, mais melancólico, encosto na estante passando os dedos e olhando a poeira — sujo, encardido, o ar está muito úmido para os livros! Estas estantes então? Cheias de cupim, velhas demais para suportar peso de qualquer coisa, vai me dizer que algumas os insetos bibliófagos roeram os livros?
Ele olha para o chão e confirma com a cabeça.
— Desculpe-me senhorita, talvez se você quiser, pode ficar com o local, deixarei que mude tudo, pinte, arrume do seu jeito, só quero agrada-la, me perdoe.
Me encolho, chego perto dele e seguro sua mão. Me sinto culpada.
—Desculpe minha insolência, não é sua culpa não cuidar da biblioteca, aceito o presente de bom grado, tentarei deixar o ambiente agradável, eu adorei....— travo, ele me olha, ele sabe o aconteceu, eu não lembro o nome dele.
Ele sorri, me leva de volta ao quarto e vai embora, entro e me deito na cama, o relógio marca às 23:45, fecho os olhos penso no que aconteceu e durmo.
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Me & The Devil
FantasíaEla acorda sem a consciência, em um castelo na floresta. Ele é sua única comunicação.